- APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA!
(21 de Novembro)
A Apresentação de Nossa Senhora encerra dois sacrifícios: A dos pais e da menina Maria. Diz a lenda que Joaquim e Ana ofereceram a Deus a filhinha no templo, quando esta tinha três anos. Sem dúvida, foi para estas santas pessoas um sacrifício muito grande separar-se da filhinha que se achava numa idade em que não há pais que queiram confiar os filhos a mãos estranhas. Três anos é a idade em que a criança já recompensa de algum modo os trabalhos e sacrifícios dos pais, formulando palavras e fazendo já exercícios mentais que encantam e divertem, dando ao mesmo tempo provas de gratidão e amor filiais. São Joaquim e Santa Ana não teriam experimentado o sacrifício em toda a sua amargura? O coração dos amorosos pais não teria sentido a dor da separação? Que foi que os levou a fazer tal sacrifício? A lenda fala de um voto que tinham feito. Votos desta natureza não eram raros no Antigo testamento. As crianças eram educadas em colégios anexos ao templo, e ajudavam nos múltiplos serviços e funções da casa de Deus. Não erramos em supor que Joaquim e Ana, quando levaram a filhinha ao templo, fizeram-no por inspiração sobrenatural, querendo Deus que sua futura esposa e mãe recebesse uma educação e instrução esmeradíssima.
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A Igreja celebra a Apresentação de Nossa Senhora no dia 21 de Novembro, como simples Memória.
Seus pais levaram-na ao Templo para a oferecerem ao Senhor e foi no Templo que ela foi educada.
Este facto não é mencionado nos Evangelhos, mas dele fazem referência os Apócrifos.
A Igreja reconhece e aceita o facto, mas não os detalhes da narração.
Talvez a origem desta Memória da Apresentação, seja palestiniana.
A vida de S. João Silenciário informa-nos que em Novembro de 543 houve dedicação de Santa Maria-a-Nova, em Jerusalém.
E a restauração, por Justiniano, deste dia de Nossa Senhora, celebrado a 20 de Novembro, pode ter alguma relação com a Memória que temos hoje, a 21 de Novembro, que já existia em Constantinopla no século VIII.
E chegaram até nós afirmações semelhantes ou pouco mais tardias sobre Jerusalém, Creta, Nicomédia, etc.
O Ocidente foi menos pronto que o Oriente.
Mas as narrativas sobre Maria Menina a servir no Templo, não deixaram de influenciar, embora a festa da Apresentação tenha sido introduzida apenas cerca dos princípios do século VIII, e não antes, juntamente com a Anunciação, a Dormição, a Natividade e a Purificação da Virgem Maria.
A Inglaterra teve uma festa litúrgica da Apresentação de Maria desde o século XI.
No princípio do século XIII aparece a festa da Oblação de Maria, que depois cai em desuso.
No mesmo século XIII aparece ainda na Hungria a Representação de Santa Maria, que deve ter tido influências gregas.
A Santa Sé admitiu a festa somente em 1372, a pedido do embaixador do rei de Chipre e de Jerusalém.
No ano seguinte, Carlos V de França introdu-la na capela real e em 1374 convida o seu país todo a imitá-lo; todavia, a correspondência ao seu pedido não foi muito brilhante.
Só em 1415 aparece esta festividade num missal em Rennes; já vigorava entre os carmelitas e começou a vigorar, para os cartuxos em 1474, e, para Cister em 1540.
Os eremitas de Santo Agostinho tinham também uma vigília no século XV.
Contemporaneamente encontra-se a festa em breviários franciscanos espanhóis e franceses.
Em Toledo, em 1500, a data litúrgica foi a 30 de Setembro.
A Apresentação foi recebida na Saxónia em 1460.
Na Lorena e na Reanânia pelo fim do século XIV ou no princípio do século XV.
Ficou sendo obrigatória na Prússia em 1593 e, nalgumas dioceses alemãs, a data foi a de 26 de Novembro .
Esta festa aparece no missal romano a partir de 1505, e estamos a celebrá-la em 21 de Novembro.
Maria é o Templo de Deus !
Desde há muito que os pintores se tem ocupado a representar a chegada de Maria ao Templo.
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A festa da Apresentação de Nossa Senhora encerra belos ensinamentos para a família cristã, para pais e filhos. Que modelo mais perfeito pais cristãos poderiam procurar, que Joaquim e Ana? Que exemplo de verdadeiro amor de Deus eles nos dão! Os pais não devem sacrificar os filhos ao egoísmo e às paixões, mas a Deus, que lhos deu. Como Joaquim e Ana devem estar prontos a oferecer os filhos, quando Deus os chamar para o seu serviço. Todos nós, vemos em Maria o exemplo que devemos imitar, se queremos que nossa vida seja agradável a Deus. Oração, pureza de coração e trabalho eis os capítulos principais da vida cristã.
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