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    quinta-feira, 21 de novembro de 2013

    [Catolicos a Caminho] NOVEMBRO MÊS DAS ALMAS (21) O MÉRITO Som !

     












    • NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS!




    Como estamos a findar um Ano Litúrgico para recomeçar outro, parece oportuno, já no fim do mês da Almas, lembrar que a Igreja nos ensina que Cristo nos mereceu a graça da nossa reconciliação com Deus, e que é também oportuno fazer uma reflexão sobre o significado do Mérito, com que nós, por meio da Igreja, podemos sufragar as almas do Purgatório.






    (21) - O MÉRITO (21-XI-2007)




    Nas relações humanas, o Mérito é a recompensa por acções praticadas em benefício de outros e em que se procura avaliar o preço da recompensa.

    Diz o Catecismo da Igreja Católica :

    2006. - A palavra "Mérito" designa, em geral, a retribuição devida por uma comunidade ou sociedade à acção de um dos seus membros, provada como um benefício ou um malefício, digna de recompensa ou de castigo. O mérito diz respeito à virtude da justiça, em conformidade com o princípio da igualdade que a rege.

    Na Teologia da Igreja é o fruto da graça, é o efeito ou recompensa da santificação ou da graça cooperante, como diz o Catecismo da Igreja Católica :

    2007. - Em relação a Deus, não há, da parte do homem, mérito no sentido dum direito estrito. Entre Deus e nós, a desigualdade é sem medida, pois nós tudo recebemos d'Ele, nosso Criador.

    A recompensa do Mérito pode estar baseada na Justiça (meritum de condigno), ou na equidade (meritum de côngruo).

    Com o Mérito "condigno" o prémio é merecido estritamente; mas com o Mérito "côngruo", o prémio é muito maior.

    A aplicação do conceito de Mérito às relações humanas com Deus é muito difícil porque a pessoa humana é uma mera criatura e não merece estritamente nada.

    Tudo quanto se recebe de Deus é um dom gratuito e nós devemos a Deus um serviço perfeito e obediência.

    Cada boa acção é apenas o cumprimento de um dever e não há que receber prémios pelas boas acções.

    O Cristianismo adoptou o conceito de Mérito para explicar o sacrifício de Jesus, porque, em virtude da Sua dignidade Jesus satisfez plenamente no sentido estrito, expiando os pecados da humanidade e assim ganhando a salvação para nós.

    Lutero afirmava que a salvação foi merecida só por Cristo porque nós somos incapazes de qualquer acto salutar por causa do pecado original e da concupiscência.

    Afirmava ainda que qualquer valor do merecimento das acções humanas contradiz as exigências da fé.

    A justificação para Lutero, significa que Deus não nos imputa os pecados por causa da nossa fé.

    A fé católica ensina que a justificação muda a natureza inerente, tornando-nos capazes de fazer actos de valor intrínseco.

    À maneira que nós participamos nos Méritos de Cristo, a graça que nós recebemos transforma-se em acções humanas livres que adquirem mérito por meio de Cristo.

    Este é toda a obra da graça de Deus, mas é através da nossa união com Cristo que nós merecemos gratuitamente de Deus pelo que nós fazemos com a graça santificante em Cristo.

    Diz ainda o Catecismo da Igreja Católica :

    2009. - A adopção filial, tornando-nos, pela graça, participantes da natureza divina, pode conferir-nos, segundo a justiça gratuita de Deus, um verdadeiro mérito. É um dom gratuito, o direito pleno do amor que nos faz «co-herdeiros» de Cristo e dignos de obter a «herança prometida da vida eterna»(Conc. de TrentoDS 1546). Os méritos das nossas boas obras são dons da bondade divina(Conc. de Trento DS1548). «A graça precedeu; agora dá-se o que é devido...Os méritos são dons de Deus».(S.Agostinho).

    Pela graça santifícante nós tornamo-nos participantes (co-herdeiros) com Cristo na nossa própria salvação, e este mérito aumenta a nossa graça santificante e as virtudes infusas.

    2008. - O mérito do homem perante Deus, na vida cristã, provém do facto de que Deus dispôs livremente associar o homem à obra da Sua graça. A acção paterna de Deus é primeira, pelo seu impulso, e o livre agir do homem é segundo, na sua colaboração; de modo que os méritos das obras devem ser atribuídos à graça de Deus, primeiro, e depois ao fiel. Aliás, o próprio mérito do homem depende de Deus, porque as suas boas acções procedem, em Cristo, das disposições e ajudas do Espírito Santo.

    As acções morais naturais não merecem a graça sobrenatural porque estão fora da proporção da ordem sobrenatural.

    2010. - Uma vez que, na ordem da graça, a iniciativa pertence a Deus, ninguém pode merecer a graça primeira, que está na origem da conversão, do perdão e da justificação. Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos depois merecer, para nós mesmos e para os outros, as graças úteis para a santificação e o crescimento da garça e da caridade, bem como para a obtenção da vida eterna. Os próprios bens temporais, tais como a saúde e a amizade, podem ser merecidos segundo a sabedoria de Deus. Estas graças e estes bens são objecto da oração cristã. Essa provê à nossa necessidade da graça para as acções meritórias.

    A doutrina do Mérito afirma que a pessoa humana pode ser aperfeiçoada através da graça de Deus, que as obras da Criação não estão irremediavelmente perdidas pelo poder do mal.

    O grande perigo desta visão errónea é o de que nos pode levar ao Pelagianismo e à ideia de que nós podemos, com a justificação, esperar que Deus nos conceda o Mérito pelas nossas acções.

    Falar do Mérito supõe o conhecimento da Graça Santificante, indispensável para termos parte no Mérito da Paixão de Cristo, em nosso proveito e em sufrágio pelas Almas do Purgatório..


    John
    Nascimento

















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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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