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    quarta-feira, 12 de setembro de 2012

    CHESTERTONBRASIL.ORG

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    Como ler Poesia

    Posted: 11 Sep 2012 04:17 PM PDT

    G. K. Chesterton * 1874 / + 1936 
    Traduzido do inglês por Márcia Xavier de Brito


    Há somente uma informação ou talento que é, no mínimo, necessário para ler poesia. Isto é, para perceber que é poesia e para perceber o que a poesia é. Não é necessariamente uma coisa que precise, de qualquer modo, ser ensinada. Um número enorme de pessoas simples e honestas sabem muito bem, por instinto, o que a poesia é, e a compreendem muito melhor que a prosa. A maior parte da humanidade, em todas as eras e países, sabe melhor o que uma canção realmente exprime do que o que é, realmente, expresso em um artigo importante, pois a poesia não é algo artificial, bem estudado ou altamente civilizado; é mais antiga que qualquer outra forma literária. Os modernos traduzem sua poética em poemas, e os povos rudes e antigos põem a história e a política, o noticiário dos esportes e os conselhos para os jardineiros, em poemas. Caso nossa sociedade estivesse saudável, não seria necessário dizer a ninguém como ler ou escrever poesia, pois, naturalmente, recorreriam à forma poética sempre que desejassem escrever uma coluna sobre costura ou a história das leis secas.

    Do modo como está, todavia, é necessário, em certa medida, chamar a atenção dos que leem poesia, para o que ela é. Pois, caso vos aproximeis do mais sublime poema com a noção fundamentalmente errada a respeito da natureza da poesia, é bem evidente que quanto melhor for o poema, pior heis de pensar dele. Estareis julgando-o pela excelência de algo bastante diferente, tal como se estivésseis a criticar um cinzel por ser uma navalha ruim. Há somente duas coisas, na verdade, que devemos recordar sobre a natureza da poesia, antes de lermos qualquer tipo de poema. Primeiro, a natureza da poesia é, por assim dizer, exclamatória. É a expansão da emoção humana via uma irrupção de vocábulos que expressarão melhor a emoção, pois é constituída de palavras mais generosas e nobres que os termos comuns que utilizamos. Os verdadeiros sentimentos dentro de nós são demasiado grandes, demasiado preciosos e dolorosos para serem transmitidos por nossa fraseologia diária. Portanto, temos de clamar, subitamente, por algo maior -- pelas estrelas, pela humanidade ou pela beleza de uma mulher. O que mais se parece com poesia na vida cotidiana são expressões como "Graças a Deus" ou "Piedade de nós". Nelas percebeis que a emoção do falante é tamanha que é obrigado, para expressar os próprios sentimentos quanto a pegar um trem ou receber um telegrama, a usar um vocabulário extraordinário de uma grande ideia religiosa. Nossos sentimentos, até mesmo sobre coisas mínimas, quando são suficientemente intensos, demandam uma linguagem altiva e heroica, e, às vezes, sobrenatural. Este é o primeiro ponto que devemos recordar a respeito da poesia; é uma exclamação esplêndida.

    A segunda coisa que devemos lembrar sobre a poesia é ser uma esplêndida exclamação proferida sujeita às regras das ditas convenções. Isto é, todo poeta ao vos pedir que, com ele, tomeis parte na irrupção de nobres palavras, pede que concordeis (uma convenção, certamente, significa um acordo) que determinadas coisas devam ficar entendidas entre vós, que certas afirmações deverão ser feitas, e que algumas objeções não deverão ser feitas. Quando o poeta escocês Robert Burns (1759-1796), digamos, escreve uma canção de amor, praticamente, diz: "Caso consiga manifestar os inequívocos sentimentos de um homem apaixonado, de vossa parte, não objetareis à minha rima a cada segundos e quartos versos, que, certamente, nenhum homem ao declarar sua paixão terá paciência de fazê-lo". Tão logo a exclamação liberte a emoção muda, não nos importamos da própria exclamação ser artificial. Assim, novamente, se um homem comunica sua grande surpresa nas palavras "Por Júpiter", não o censuramos por admitir a existência de uma divindade pagã e desacreditada. Podem ser dados inumeráveis exemplos; talvez, o leitor possa também referir-se ao discurso fúnebre de John de Gaunt na peça Ricardo II de William Shakespeare (1564-1616). Nesta cena, um ancião à beira da morte produz um rico e elaborado discurso retórico, repleto de metáforas e música, a respeito da decadência da Inglaterra. No que diz respeito ao fato material, o vetusto senhor deveria apenas ter murmurado "O país está indo por água abaixo", uma meia dúzia de vezes. Mas os verdadeiros sentimentos de orgulho e de agonia pelo patriotismo insultado realmente iriam ficar reprimidos em seu coração, sem expressão. Shakespeare lhes dá vazão, e ao ler uma estrofe de versos brancos, sentimos o que sentira John de Gaunt. Eis o triunfo e a definição da poesia.
    Este artigo é protegido pelas leis de Direitos Autorais, sua reprodução é proibida sem a autorização do Centro interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP). A publicação do artigo no site Chesterton Brasil foi gentilmente permitida pelo CIEEP.

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