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segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Apostólica
Por Padre Leo Trese
"A quarta nota da autêntica Igreja de Cristo, a que “completa o quadrado”, é a apostolicidade, que significa, simplesmente, que a igreja que pretenda ser de Cristo deverá provar a sua legítima descendência dos Apóstolos, alicerce sobre o qual Jesus edificou a sua Igreja.
“A Igreja é apostólica porque está fundada sobre os Apóstolos. E isso em três sentidos:
"foi e continua a ser construída sobre o alicerce dos Apóstolos (Ef. 2,20; At. 21,14), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo;
-“Guarda e transmite, com a ajuda do Espírito Santo que nela habita, a doutrina, o bom depósito, as sãs palavras recebidas dos Apóstolos;
-“Continua a ser ensinada, santificada e dirigida pelos Apóstolos até ao regresso de Cristo, graças àqueles que lhes sucederam no ofício pastoral: o Colégio dos Bispos, < assistido pelos sacerdotes, em união com o sucessor de Pedro, pastor supremo da Igreja> (AG. 5)” (n.857; cf. também os ns. 858-62).
Que a Igreja Católica passa pela prova da apostolicidade é coisa muito fácil de demonstrar.
Temos a lista dos bispos de Roma, que remonta numa linha contínua do Papa atual até São Pedro.
E os outros bispos da Igreja Católica, verdadeiros sucessores dos Apóstolos, são os elos atuais na ininterrupta cadeia que se estende por mais de vinte séculos.
Desde o dia em que os Apóstolos impuseram as mãos sobre Timóteo e Tito, Marcos e Policarpo, o poder episcopal transmitiu-se pelo sacramento da Ordem Sagrada de geração em geração, de bispo para bispo.
E com isto, fechamos o “quadrado”.
A Igreja de Cristo é Una, Santa, Católica e Apostólica, como proclamamos no Credo. Esta é a Sua Marca. Não somos tão ingênuos a ponto de esperar que os convertidos acorram aos montões agora que lhes mostramos essa marca.
Os preconceitos humanos não cedem tão facilmente à razão
Mas ao menos tenhamos a prudência de vermos nós essa marca com lúcida segurança."
Estudos anteriores: Aqui
segunda-feira, 30 de julho de 2012
A Razão, a Fé e ...Eu.
Por PadreLeoTrese
"Deus concedeu ao homem a faculdade de raciocionar, e Ele deseja que a utilizemos. Existem duas maneiras de abusar dessa faculdade.
Uma é não utiliza-la.
Caso típico da pessoa que não aprendeu a usar da razão é, por exemplo, o daquela que toma como verdade do Evangelho tudo o que lê nos jornais e nas revistas, por mais absurdo que seja. Essa pessoa aceita ingenuamente as mais extravagantes afirmações de vendedores e anunciantes, uma arma sempre pronta a ser empunhada por publicitários espertos. Deslumbra-a o prestígio; se um famoso cientista ou industrial diz que Deus não existe, para ela é claro que não há Deus.
Noutras palavras, este não-pensante não possui senão opiniões pré-fabricadas. Nem sempre é a preguiça intelectual a que produz um não-pensante. Às vezes, infelizmente, são os pais e os mestres os causadores desta apatia mental, quando reprimem a natural curiosidade dos jovens e afogam os normais “porquês” com ao seus “porque eu o digo e pronto”.
No outro extremo está o homem que faz da razão um autêntico deus.
É aquele que não crê em nada que não veja e compreenda por si mesmo. Para ele, os únicos dados certos são os que vêm dos laboratórios científicos. Nada é verdade a não ser que ele assim o ache, a não ser que, já e agora, produza resultados práticos.
O que dá resultado é verdade; o que é útil, é bom. Este tipo de pensador é o que conhecemos por ‘positivista’ ou ‘pragmático’.
Mas, no fundo, não é que recuse qualquer verdade que se baseie na autoridade: crerá cegamente na autoridade de um Einstein e aceitará a teoria da relatividade, mesmo que não a entenda; crerá na autoridade dos físicos nucleares, ainda que continue a não entender nada; mas a palavra “autoridade” produz-lhe uma repulsa automática quando se refere à autoridade da Igreja.
O pragmático respeita as declarações das autoridades humanas porque acha que elas devem saber o que dizem, confia na sua competência. Mas esse mesmo pragmático olhará com um desdém impaciente o católico que, pela mesma razão, respeita as declarações da Igreja, confiado em que a Igreja sabe o que está dizendo através da pessoa do Papa e dos bispos.
É verdade que nem todos os católicos têm uma compreensão inteligente da sua fé. Para muitos, a fé é uma aceitação cega das verdades religiosas baseada na autoridade da Igreja. Esta aceitação sem raciocínio poderá ser devida à falta de estudo ou até, infelizmente, à preguiça mental.
Para as crianças e as pessoas sem instrução, as crenças religiosas devem ser desse gênero, sem provas, como a sua crença na necessidade de certos alimentos e a novicidade de certas substâncias é uma crença sem provas.
´O pragmático que afirma: “Eu creio no que diz Einstein porque não há dúvida de que ele sabe do que está falando”, deverá também achar lógico que uma criança diga: “Creio porque papai diz”, e que uma pessoa já mais crescida diga: “Creio porque assim o diz o padre”, e não poderá estranhar que um adulto sem instrução afirme: “É o Papa que o diz, e para mim basta”.
Não obstante, para um católico que raciocina, a aceitação das verdades da fé deve ser uma aceitação raciocinada, uma aceitação inteligente. É certo que a virtude da fé em si mesma – a faculdade de crer – é uma graça, um dom de Deus. Mas a fé adulta edifica-se sobre a razão; não é uma frustração da razão.
O católico instruído considera suficiente a clara evidência histórica de que Deus falou, e de que o fez por meio de seu Filho, Jesus Cristo; de que Jesus constituiu a Igreja como seu porta-voz, como sua manifestação visível à humanidade; de que a Igreja Católica é a mesma que Jesus estabeleceu; de que aos bispos dessa Igreja, como sucessores dos Apóstolos (e especialmente ao Papa, sucessor de São Pedro), Jesus Cristo deu o poder de ensinar, santificar e governar espiritualmente em seu nome.
A competência da Igreja para falar em nome de Cristo sobre matérias de fé doutrinal ou de ação moral, para administrar os sacramentos e exercer o governo espiritual, chamamos a autoridade da Igreja. O homem que, pelo uso da sua razão, vê com clareza satisfatória que a Igreja Católica possui este atributo de autoridade, não vai contra a razão, mas, pelo contrário, segue-a quando afirma: “Creio em tudo o que a Igreja Católica ensina”.
De igual modo, o católico segue tanto a razão como a fé quando aceita a doutrina da infalibilidade.
Este atributo significa simplesmente que a Igreja (seja na pessoa do Papa ou de todos os bispos juntos sob o Papa) não pode errar quando proclama solenemente que certa matéria de fé ou de conduta foi revelada por Deus e deve ser aceita e seguida por todos. A promessa de Cristo: Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo (Mt. 28,20), não teria sentido se a sua Igreja não fosse infalível.
Cristo certamente não estaria com a sua Igreja se lhe permitisse cair em erro em matérias essenciais à salvação. O católico sabe que o Papa pode pecar, como qualquer homem; sabe que as opiniões pessoais do Papa têm a força que a sua sabedoria humana lhes possa dar. Mas também sabe que, quando o Papa declara pública e solenemente que certas verdades foram reveladas por Cristo, seja pessoalmente ou por meio dos seus Apóstolos, não pode errar.
Jesus não estabeleceu uma Igreja que pudesse desencaminhar os homens.
O direito de falar em nome de Cristo e de ser escutada é o atributo (ou qualidade) da Igreja Católica a que chamamos autoridade.
A certeza de estar livre de erro quando proclama solenemente as verdades de Deus é o atributo a que chamamos infalibilidade.
Existe uma terceira qualidade característica da Igreja Católica.
Jesus não disse só: Quem vos ouve, a mim ouve, e o quem vos despreza, a mim despreza (Lc. 10,16) – autoridade -. Não disse só: Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo (MT. 28,20) – infalibilidade -. Também disse: Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt. 16,18), e com estas palavras indicoua terceira qualidade inerente à Igreja Católica: a indefectibilidade.
O atributo de indefectibilidade significa simplesmente que a Igreja permanecerá até o fim dos tempos como Jesus a fundou, que não é perecível, que continuará a existir enquanto houver almas a salvar. “Permanência” seria um bom sinônimo de indefectibilidade, mas parece que os teólogos sempre se inclinam pelas palavras mais longas.
Seria um grande equívoco que o atributo da indefectibilidade nos induzisse a um falso sentimento de segurança. Seria trágico que permanecêssemos impassíveis ante o perigo que representam nos nossos dias o materialismo, o hedonismo e o relativismo, pensando que nada de realmente mau pode acontecer-nos porque Cristo está na sua Igreja.
Se descurarmos a nossa exigente vocação de cristãos – e, por isso, de apóstolos -, a Igreja de Cristo poderá reduzir-se cada vez mais a um pequeno grupo clandestino, cercado por uma cultura anti-cristã, e muitas pessoas correrão o risco de condenar-se. Os meios de comunicação proclamam com tanto zelo um modo de vida indiferente a Deus e, no entanto, como nos mostramos apáticos – e até indiferentes – em levar a verdade aos outros!
“Quantas pessoas converti?” Ou, pelo menos, “quanto me preocupei, quanta dedicação pus na conversão dos outros?” É uma pergunta que cada um de nós deveria fazer a si mesmo de vez em quando.
Pensar que teremos de apresentar-nos diante de Deus, no dia do Juízo, de mãos vazias, deveria fazer-nos estremecer. “Onde estão os seus frutos, onde estão as suas almas?”, perguntar-nos-á Deus, e com razão. E o perguntará tanto aos cristãos comuns como aos sacerdotes e aos religiosos. Não podemos desfazer-nos desta obrigação pagando o dízimo à Igreja. Isso está bem, é necessário, mas é apenas o começo.
Também temos que rezar.
As nossas orações quotidianas ficariam lamentavelmente incompletas se não pedíssemos pelas obras de apostolado, para que seja abundante a eficácia de todos os que se dedicam a aproximar os outros da fé, sejam sacerdotes, sejam homens e mulheres comuns entre os seus familiares e amigos.
Mais ainda: rezamos todos os dias pedindo o dom da fé para os vizinhos da porta do lado, se não são católicos ou não praticam? Rezamos pelo companheiro de trabalho que está no escritório ao lado? Com que freqüência convidamos um amigo não católico a assistir à missa conosco, dando-lhe previamente um livrinho que explique as cerimônias?
Temos em casa alguns bons livros que expliquem a fé católica, uma boa coleção de folhetos, que damos ou emprestamos à menor oportunidade, a qualquer um que mostre um pouco de interesse? Se fazemos tudo isto, combinando até, para esses amigos uma entrevista com um sacerdote com quem possam conversar e, chegado o momento, abeirar-se do sacramento da confissão, então estamos cumprindo uma parte, pelo menos, da nossa responsabilidade para com Cristo, pelo tesouro que nos confiou.
Naturalmente, nenhum de nós pensa que todos os não católicos vão para o inferno, assim como não pensamos que chamar-se católico seja suficiente para introduzir-nos no céu. A sentença “fora da Igreja não há salvação” significa que não há salvação para os que se acham fora da Igreja por culpa própria.
Alguém que seja católico e abandone a Igreja deliberadamente não poderá salvar-se se não retornar; a graça da fé não se perde a não ser por culpa própria. Um não-católico que, sabendo que a Igreja Católica é a verdadeira, permanece fora por sua culpa, não poderá salvar-se. Um não católico cuja ignorância da fé católica seja voluntária, com cegueira deliberada, não poderá salvar-se.
Mas aqueles que se encontram fora da Igreja sem culpa própria, e que fazem tudo o que podem conforme o seu reto entender, fazendo bom uso das graças que Deus certamente lhes dará em vista da sua boa vontade, esses poderão salvar-se. Deus não pede o impossível a ninguém; recompensará cada um segundo o uso que tenha feito do que foi concedido.
Mas isto não quer dizer que nós possamos eludir a nossa responsabilidade dizendo: “ Afinal, já que o meu vizinho pode ir para o céu sem se fazer católico, por que me vou preocupar?” Também não quer dizer que “tanto faz uma igreja como outra”.
Deus quer que todos pertençam à Igreja que Ele fundou. Jesus Cristo quer “um só rebanho e um só Pastor”.
E nós devemos desejar que os nossos parentes, amigos e conhecidos alcancem essa maior confiança na salvação de que gozamos na Igreja de Cristo; maior plenitude de certeza; mais segurança em saber o que está certo e o que é errado; os inigualáveis auxílios que a Santa Missa e os sacramentos nos oferecem.
Levamos pouco a sério a nossa fé se convivemos com os outros, dia após dia, sem nunca nos perguntarmos: “Que posso fazer para ajudar esta pessoa a reconhecer a verdade da Igreja Católica e a unir-se a mim no Corpo Místico de Cristo?”
O Espírito Santo vive na Igreja permanentemente, mas com frequência tem que esperar por mim para achar um modo de entrar na alma daquele que está ao meu lado"
Fonte: A Fé Explicada
Mais estudo Aqui
segunda-feira, 23 de julho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Católica
Por padre Leo Trese
“Em todos os tempos, todas as verdades, em todos os lugares”.
Esta frase descreve de uma forma condensada a terceira das quatro notas da Igreja. É o terceiro lado do quadrado que constitui a “marca” de Cristo e que nos prova a origem divina da Igreja. É o selo da autenticidade que só a Igreja Católica possui.
A palavra Católica significa que abrange tudo, e provém do grego, e significa o mesmo que a palavra “universal”, que vem do latim. É católica porque nela está presente Cristo: (Santo Inácio de Antioquia). Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça, o que implica que ela receba dEle a plenitude.(AG.6) que Ele quis instituir: confissão da fé correta e completa, vida sacramental e ministério ordenado na sucessão apostólica.
Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e o será sempre até o dia da Parusia”.
“É católica, porque Cristo a enviou em missão à universalidade do gênero humano: (LG.13)” (ns. 830-1).Quando dizemos que a Igreja Católica (com “C” maiúsculo) é católica (com “c” minúsculo) ou universal, queremos dizer antes de mais nada que existiu todo o tempo desde o Domingo de Pentecostes até os nossos dias.
As páginas de qualquer livro de história darão fé disto, e não é necessário sequer que seja um livro escrito por um católico. A Igreja Católica tem uma existência ininterrupta de mais de mil e novecentos anos, e é a única Igreja que pode dize-lo de verdade.
Digam o que quiserem as outras “igrejas” sobre a purificação da primitiva Igreja ou os “ramos” da Igreja, o certo é que, nos primeiros séculos da história cristã, não houve outra Igreja além da Católica.
As comunidades cristãs não-católicas mais antigas são as nestorianas, as monofisitas e as ortodoxas.
A ortodoxa grega, por exemplo, teve o seu começo no século IX, quando o arcebispo de Constantinopla recusou a comunhão ao imperador Bardas, que vivia publicamente em pecado. Levado pelo despeito, o imperador separou a Grécia da sua união com Roma, e assim nasceu a confissão ortodoxa.
A confissão protestante mais antiga é a luterana, que começou a existir no século XVI, quase mil e quinhentos anos depois de Cristo. Teve a sua origem na rebelião de Martinho Lutero, um frade católico de personalidade magnética, e ficou devendo a sua rápida difusão ao apoio dos príncipes alemães, que se insurgiram contra o poder do Papa em Roma.
A tentativa de Lutero de corrigir os abusos da Igreja (e não há dúvida de que havia abusos) acabou num mal muito maior: a divisão da Cristandade. Lutero abriu um primeiro furo no dique, e atrás dele veio a inundação.
Mencionamos Henrique VIII, John Knox e John Wesley.
Mas as primeiras confissões protestantes subdividiram-se e proliferaram (especialmente nos países de língua alemã e inglesa), dando lugar a centenas de seitas diferentes, num processo que ainda não terminou. Mas nenhuma delas existia antes de 1517, ano em que Lutero afixou as suas famosas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha.
A Igreja Católica não só é a única cuja história não se interrompe desde os tempos de Cristo, como também é a única que ensina todas as verdades que Jesus ensinou e como Ele as ensinou.
Os sacramentos da Penitência e Unção dos Enfermos, a Missa e a Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia, a supremacia espiritual de Pedro e seus sucessores, os Papas, a eficácia da graça e a possibilidade de o homem merecer a graça e o céu – são pontos que nem todas as igrejas não-católicas aceitam.
Há hoje comunidades que pretendem ser “igrejas cristãs” e chegam até a duvidar da divindade de Jesus Cristo.
Em contrapartida, não há uma só verdade revelada por Jesus Cristo (pessoalmente ou pelos seus Apóstolos) que a Igreja Católica não proclame e ensine. Além de ser universal no tempo (todos os dias desde o Pentecostes) e universal na doutrina (todas as verdades ensinadas por Jesus Cristo), a Igreja Católica levou a mensagem de salvação a todas as latitudes e longitudes da face da terra, lá onde houvesse almas que salvar.
A Igreja Católica não é uma igreja “alemã” (como os luteranos) ou “inglesa” (como os anglicanos), ou “escocesa” (os presbiterianos), ou “holandesa” (a Igreja Reformada), ou “norte-americana” (centenas de seitas distintas). A Igreja Católica está em todos esses países, e, além disso, em todos aqueles que permitiram a entrada aos seus missionários.
Mas não é propriedade de nenhuma nação ou raça.
Acha-se em casa em qualquer parte, sem ser propriedade de ninguém.
Foi assim que Cristo a quis.
A sua Igreja Católica é a única a cumprir esta condição, a única que está em toda a parte, por todo o mundo.
Estudos anteriores Aqui
“Em todos os tempos, todas as verdades, em todos os lugares”.
Esta frase descreve de uma forma condensada a terceira das quatro notas da Igreja. É o terceiro lado do quadrado que constitui a “marca” de Cristo e que nos prova a origem divina da Igreja. É o selo da autenticidade que só a Igreja Católica possui.
A palavra Católica significa que abrange tudo, e provém do grego, e significa o mesmo que a palavra “universal”, que vem do latim. É católica porque nela está presente Cristo: (Santo Inácio de Antioquia). Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça, o que implica que ela receba dEle a plenitude.(AG.6) que Ele quis instituir: confissão da fé correta e completa, vida sacramental e ministério ordenado na sucessão apostólica.
Neste sentido fundamental, a Igreja era católica no dia de Pentecostes e o será sempre até o dia da Parusia”.
“É católica, porque Cristo a enviou em missão à universalidade do gênero humano: (LG.13)” (ns. 830-1).Quando dizemos que a Igreja Católica (com “C” maiúsculo) é católica (com “c” minúsculo) ou universal, queremos dizer antes de mais nada que existiu todo o tempo desde o Domingo de Pentecostes até os nossos dias.
As páginas de qualquer livro de história darão fé disto, e não é necessário sequer que seja um livro escrito por um católico. A Igreja Católica tem uma existência ininterrupta de mais de mil e novecentos anos, e é a única Igreja que pode dize-lo de verdade.
Digam o que quiserem as outras “igrejas” sobre a purificação da primitiva Igreja ou os “ramos” da Igreja, o certo é que, nos primeiros séculos da história cristã, não houve outra Igreja além da Católica.
As comunidades cristãs não-católicas mais antigas são as nestorianas, as monofisitas e as ortodoxas.
A ortodoxa grega, por exemplo, teve o seu começo no século IX, quando o arcebispo de Constantinopla recusou a comunhão ao imperador Bardas, que vivia publicamente em pecado. Levado pelo despeito, o imperador separou a Grécia da sua união com Roma, e assim nasceu a confissão ortodoxa.
A confissão protestante mais antiga é a luterana, que começou a existir no século XVI, quase mil e quinhentos anos depois de Cristo. Teve a sua origem na rebelião de Martinho Lutero, um frade católico de personalidade magnética, e ficou devendo a sua rápida difusão ao apoio dos príncipes alemães, que se insurgiram contra o poder do Papa em Roma.
A tentativa de Lutero de corrigir os abusos da Igreja (e não há dúvida de que havia abusos) acabou num mal muito maior: a divisão da Cristandade. Lutero abriu um primeiro furo no dique, e atrás dele veio a inundação.
Mencionamos Henrique VIII, John Knox e John Wesley.
Mas as primeiras confissões protestantes subdividiram-se e proliferaram (especialmente nos países de língua alemã e inglesa), dando lugar a centenas de seitas diferentes, num processo que ainda não terminou. Mas nenhuma delas existia antes de 1517, ano em que Lutero afixou as suas famosas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha.
A Igreja Católica não só é a única cuja história não se interrompe desde os tempos de Cristo, como também é a única que ensina todas as verdades que Jesus ensinou e como Ele as ensinou.
Os sacramentos da Penitência e Unção dos Enfermos, a Missa e a Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia, a supremacia espiritual de Pedro e seus sucessores, os Papas, a eficácia da graça e a possibilidade de o homem merecer a graça e o céu – são pontos que nem todas as igrejas não-católicas aceitam.
Há hoje comunidades que pretendem ser “igrejas cristãs” e chegam até a duvidar da divindade de Jesus Cristo.
Em contrapartida, não há uma só verdade revelada por Jesus Cristo (pessoalmente ou pelos seus Apóstolos) que a Igreja Católica não proclame e ensine. Além de ser universal no tempo (todos os dias desde o Pentecostes) e universal na doutrina (todas as verdades ensinadas por Jesus Cristo), a Igreja Católica levou a mensagem de salvação a todas as latitudes e longitudes da face da terra, lá onde houvesse almas que salvar.
A Igreja Católica não é uma igreja “alemã” (como os luteranos) ou “inglesa” (como os anglicanos), ou “escocesa” (os presbiterianos), ou “holandesa” (a Igreja Reformada), ou “norte-americana” (centenas de seitas distintas). A Igreja Católica está em todos esses países, e, além disso, em todos aqueles que permitiram a entrada aos seus missionários.
Mas não é propriedade de nenhuma nação ou raça.
Acha-se em casa em qualquer parte, sem ser propriedade de ninguém.
Foi assim que Cristo a quis.
A sua Igreja Católica é a única a cumprir esta condição, a única que está em toda a parte, por todo o mundo.
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sexta-feira, 4 de maio de 2012
Igreja Una, Santa
Por Padre Leo Trese
O argumento mais forte contra a Igreja Católica é a vida dos maus católicos e dos católicos relaxados. Se perguntássemos a um católico tíbio: “Não será que tanto faz uma igreja como outra?”, certamente nos responderia indignado: “Claro que não! Há uma só Igreja verdadeira, a Igreja Católica”.
E pouco depois passaria por mentiroso aos olhos dos seus amigos não-católicos ao contar as mesmas piadas imorais que eles, ao embebedar-se nas mesmas reuniões, ao colaborar com eles em mexericos maliciosos, ao comprar os mesmos anticoncepcionais e até, talvez, ao mostrar-se menos escrupuloso que eles nos seus negócios ou na sua atuação política.
Sabemos que estes homens e mulheres são a minoria, ainda que já seria excessivo que houvesse um só. Também sabemos que não nos pode surpreender que na Igreja de Cristo haja membros indignos. O próprio Jesus comparou a sua Igreja à rede que apanha peixes maus e bons (cf. MT. 13,47-50); ao campo, onde o joio cresce entre o trigo (cf. MT.13,24-30); à festa de casamento, em que um dos convidados se apresenta sem a veste nupcial (cf. MT.22,11-14).
Sempre haverá pecadores: até o fim dos tempos serão a cruz que Jesus Cristo deve carregar aos ombros do seu Corpo Místico. E, não obstante, Jesus sublinhou a santidade como uma das notas distintivas da sua Igreja. Pelos seus frutos os conhecereis, disse Ele. Porventura colhem-se uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Assim toda a árvore boa dá bons frutos, e toda a árvore má dá maus frutos. (MT.7,16-17).
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a Igreja é [...], aos olhos da fé, indefectivelmente santa”. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai e o Espírito proclamado ‘o único Santo’, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para santificar, uniu-a a Si como seu Corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo para a glória de Deus (LG. 39).
Todas e cada uma destas palavras são verdades, mas não são um ponto fácil de aceitar para o nosso amigo não-católico, especialmente se na noite anterior esteve de farra com um católico e se, além disso, sabia que esse seu amigo pertence à Confraria de Nossa Senhora das Dores da paróquia de São Pafúncio.
Sabemos que Jesus Cristo fundou a Igreja e que as outras comunidades que se autodenominam “igrejas” foram fundadas por homens. Mas o luterano, provavelmente, zombará da nossa afirmação de que Martinho Lutero fundou uma nova igreja, e dirá que ele nada fez senão purificar a antiga Igreja dos seus erros e abusos. O anglicano, sem dúvida, dirá algo parecido: Henrique VIII e Thomas Cranner não iniciaram uma nova igreja, simplesmente, separaram-se do “ramo romano” e estabeleceram o “ramo inglês”da Igreja cristã original. Os presbiterianos dirão o mesmo de John Knox, e os metodistas de John Wesley, e assim sucessivamente em toda a longa lista das seitas protestantes. Todas elas sem exceção proclamam Jesus Cristo como seu fundador.
Acontecerá o mesmo quando, como prova da sua origem divina, afirmamos que a Igreja ensina uma doutrina santa. “A minha igreja também ensina uma doutrina santa”, responderá o nosso amigo não-católico. “Concordo sem reservas”, podemos responder. “Penso, evidentemente, que a sua igreja está a favor do bem e da virtude. Mas também creio que não há igreja que promova a caridade cristã e o ascetismo tão plenamente como a Igreja Católica”. Com toda a certeza, o nosso amigo continuará impassível e porá de lado a questão da “santidade da doutrina” como questão de opinião. Mas não poderíamos ao menos apontar os santos como prova de que a santidade de Cristo continua a operar na Igreja Católica? Sim, porque é uma evidência difícil de se ignorar.
Os milhares e milhares de homens, mulheres e jovens que levaram uma vida de santidade eminente, e cujos nomes estão inscritos no santoral, são algo que se torna bastante difícil de não ver, como também que as outras igreja não têm coisa parecida, nem de longe. Não obstante, se o nosso interlocutor possui um verniz de psicologia moderna, poderá tentar derrubar os santos com palavras como “neurose”, “sublimação de instintos básicos”... E, de qualquer maneira, dir-nos-á que esses santos estão só nos livros e que não podemos mostrar-lhe um santo aqui mesmo, agora.
Bem, e agora, que podemos dizer? Só ficamos você e eu. O nosso amigo perguntador (esperemos que pergunte com interesse sincero) pode proclamar Cristo como seu fundador, pode atribuir uma doutrina santa à sua igreja e pode qualificar os santos como um tema discutível. Porém, não nos pode ignorar a nós; não pode permanecer surdo e cego ao testemunho de nossas vidas.
Se cada católico que o nosso inquiridor imaginário encontrasse fosse uma pessoa de eminentes virtudes cristãs – amável, paciente, abnegado e amistoso; casto, delicado e reverente na palavra; honrado, sincero e simples; generoso, sóbrio, leal e puro na conduta -, com que impressão você pensa que ele ficaria? Que testemunho arrasador daríamos da santidade da Igreja de Cristo! Temos de recordar-nos uma e mil vezes de que somos os guardiões do nosso irmão. Não podemos tolerar as nossas pequenas debilidades, o nossos egoísmo, pensando que tudo se resolve sacudindo o pó numa confissão.
Teremos de responder diante de Cristo não só pelos nossos pecados, mas também pelos pecados das almas que poderão ir para o inferno por nossa culpa. Esqueçamo-nos de todos os restantes católicos e concentremo-nos exclusivamente, agora mesmo, você em si e eu em mim. Então a nota de santidade da Igreja Católica se tornará evidente ao menos na pequena área em que você e eu vivemos e nos movemos.
Fonte: A Fé Explicada
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O argumento mais forte contra a Igreja Católica é a vida dos maus católicos e dos católicos relaxados. Se perguntássemos a um católico tíbio: “Não será que tanto faz uma igreja como outra?”, certamente nos responderia indignado: “Claro que não! Há uma só Igreja verdadeira, a Igreja Católica”.
E pouco depois passaria por mentiroso aos olhos dos seus amigos não-católicos ao contar as mesmas piadas imorais que eles, ao embebedar-se nas mesmas reuniões, ao colaborar com eles em mexericos maliciosos, ao comprar os mesmos anticoncepcionais e até, talvez, ao mostrar-se menos escrupuloso que eles nos seus negócios ou na sua atuação política.
Sabemos que estes homens e mulheres são a minoria, ainda que já seria excessivo que houvesse um só. Também sabemos que não nos pode surpreender que na Igreja de Cristo haja membros indignos. O próprio Jesus comparou a sua Igreja à rede que apanha peixes maus e bons (cf. MT. 13,47-50); ao campo, onde o joio cresce entre o trigo (cf. MT.13,24-30); à festa de casamento, em que um dos convidados se apresenta sem a veste nupcial (cf. MT.22,11-14).
Sempre haverá pecadores: até o fim dos tempos serão a cruz que Jesus Cristo deve carregar aos ombros do seu Corpo Místico. E, não obstante, Jesus sublinhou a santidade como uma das notas distintivas da sua Igreja. Pelos seus frutos os conhecereis, disse Ele. Porventura colhem-se uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos? Assim toda a árvore boa dá bons frutos, e toda a árvore má dá maus frutos. (MT.7,16-17).
O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a Igreja é [...], aos olhos da fé, indefectivelmente santa”. Com efeito, Cristo, Filho de Deus, que é com o Pai e o Espírito proclamado ‘o único Santo’, amou a Igreja como sua esposa, entregou-Se por ela para santificar, uniu-a a Si como seu Corpo e cumulou-a com o dom do Espírito Santo para a glória de Deus (LG. 39).
Todas e cada uma destas palavras são verdades, mas não são um ponto fácil de aceitar para o nosso amigo não-católico, especialmente se na noite anterior esteve de farra com um católico e se, além disso, sabia que esse seu amigo pertence à Confraria de Nossa Senhora das Dores da paróquia de São Pafúncio.
Sabemos que Jesus Cristo fundou a Igreja e que as outras comunidades que se autodenominam “igrejas” foram fundadas por homens. Mas o luterano, provavelmente, zombará da nossa afirmação de que Martinho Lutero fundou uma nova igreja, e dirá que ele nada fez senão purificar a antiga Igreja dos seus erros e abusos. O anglicano, sem dúvida, dirá algo parecido: Henrique VIII e Thomas Cranner não iniciaram uma nova igreja, simplesmente, separaram-se do “ramo romano” e estabeleceram o “ramo inglês”da Igreja cristã original. Os presbiterianos dirão o mesmo de John Knox, e os metodistas de John Wesley, e assim sucessivamente em toda a longa lista das seitas protestantes. Todas elas sem exceção proclamam Jesus Cristo como seu fundador.
Acontecerá o mesmo quando, como prova da sua origem divina, afirmamos que a Igreja ensina uma doutrina santa. “A minha igreja também ensina uma doutrina santa”, responderá o nosso amigo não-católico. “Concordo sem reservas”, podemos responder. “Penso, evidentemente, que a sua igreja está a favor do bem e da virtude. Mas também creio que não há igreja que promova a caridade cristã e o ascetismo tão plenamente como a Igreja Católica”. Com toda a certeza, o nosso amigo continuará impassível e porá de lado a questão da “santidade da doutrina” como questão de opinião. Mas não poderíamos ao menos apontar os santos como prova de que a santidade de Cristo continua a operar na Igreja Católica? Sim, porque é uma evidência difícil de se ignorar.
Os milhares e milhares de homens, mulheres e jovens que levaram uma vida de santidade eminente, e cujos nomes estão inscritos no santoral, são algo que se torna bastante difícil de não ver, como também que as outras igreja não têm coisa parecida, nem de longe. Não obstante, se o nosso interlocutor possui um verniz de psicologia moderna, poderá tentar derrubar os santos com palavras como “neurose”, “sublimação de instintos básicos”... E, de qualquer maneira, dir-nos-á que esses santos estão só nos livros e que não podemos mostrar-lhe um santo aqui mesmo, agora.
Bem, e agora, que podemos dizer? Só ficamos você e eu. O nosso amigo perguntador (esperemos que pergunte com interesse sincero) pode proclamar Cristo como seu fundador, pode atribuir uma doutrina santa à sua igreja e pode qualificar os santos como um tema discutível. Porém, não nos pode ignorar a nós; não pode permanecer surdo e cego ao testemunho de nossas vidas.
Se cada católico que o nosso inquiridor imaginário encontrasse fosse uma pessoa de eminentes virtudes cristãs – amável, paciente, abnegado e amistoso; casto, delicado e reverente na palavra; honrado, sincero e simples; generoso, sóbrio, leal e puro na conduta -, com que impressão você pensa que ele ficaria? Que testemunho arrasador daríamos da santidade da Igreja de Cristo! Temos de recordar-nos uma e mil vezes de que somos os guardiões do nosso irmão. Não podemos tolerar as nossas pequenas debilidades, o nossos egoísmo, pensando que tudo se resolve sacudindo o pó numa confissão.
Teremos de responder diante de Cristo não só pelos nossos pecados, mas também pelos pecados das almas que poderão ir para o inferno por nossa culpa. Esqueçamo-nos de todos os restantes católicos e concentremo-nos exclusivamente, agora mesmo, você em si e eu em mim. Então a nota de santidade da Igreja Católica se tornará evidente ao menos na pequena área em que você e eu vivemos e nos movemos.
Fonte: A Fé Explicada
Estudos anteriores AQUI
sexta-feira, 23 de março de 2012
A "Unidade" da Igreja Católica
Por Padre Leo Trese.
Há muitas “igrejas” no mundo de hoje que se chamam cristãs. Abreviemos o nosso trabalho de escrutínio examinando a nossa própria igreja, a Igreja Católica, e se encontrarmos nela a marca de Cristo, não precisaremos examinar as outras.
Por muito errado que você esteja sobre alguma coisa, sempre é desagradável que alguém lho diga sem rodeios. E enquanto esse alguém lhe for explicando cuidadosamente por que está enganado, é provável que você se mostre mais e mais obstinado. Talvez nem sempre suceda isso consigo, ou talvez você seja muito santo e nunca tenha essa reação. Mas, em geral, nós, os homens, somos assim.
Todos devemos estar dispostos a expor a nossa religião em qualquer ocasião; mas nunca a discutir sobre ela. No momento em que dissermos a alguém: “A sua religião é falsa e eu lhe direi por quê”, fecharemos com uma batida de porta a mente dessa pessoa, e nada do que dissermos depois conseguirá abri-la.
Por outro lado, devemos ver que, se conhecermos bem a nossa religião, poderemos explicá-la, inteligente e amavelmente, ao vizinho que não é católico ou que não pratica: haverá bastantes esperanças de que nos escute. Se pudermos demonstrar-lhe que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja estabelecida por Jesus Cristo, não há razão para dizer-lhe que a “igreja” dele é falsa. Poderá ser que seja teimoso, mas não será estúpido, e é de confiar que tire as suas próprias conclusões.
Tendo isto em mente, examinemos agora a Igreja Católica para ver se apresenta a marca de Cristo, se Jesus a indicou como sua, sem possibilidades de erro.
Primeiro, vejamos a UNIDADE, que o Senhor estabeleceu como característica do seu rebanho.
Observemos esta unidade em suas três dimensões: unidade de credo, unidade de culto e unidade de autoridade.
“ A unidade da Igreja peregrina é assegurada também por laços visíveis de comunhão:
- “a profissão duma só fé recebida dos Apóstolos;”
- “a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos”;
- “a sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, mantendo a concórdia fraterna da família de Deus” (n. 815).
Sabemos que os membros da Igreja de Cristo devem manifestar unidade de credo. As verdades em que cremos são as que foram dadas a conhecer pelo próprio Cristo; são verdades que procedem diretamente de Deus.
Não há verdades mais “verdadeiras” que a mente humana possa conhecer e aceitar do que as reveladas por Deus. Deus é a verdade; sabe tudo e não pode errar; é infinitamente verdadeiro e não pode mentir. É mais fácil crer, por exemplo, que não existe sol em pleno dia do que pensar que Jesus tenha podido enganar-se ao dizer-nos que existem três Pessoas num só Deus.
Por este motivo, consideramos o princípio do “juízo privado” como absolutamente ilógico. Há pessoas que estendem o princípio do juízo privado às questões religiosas. Admitem que Deus nos deu a conhecer certas verdades, mas dizem que cada homem tem de interpretar essas verdades de acordo com o seu critério. Que cada um leia a sua Bíblia, e aquilo que chegue a pensar que a Bíblia significa, esse é o significado para ele.
Não está em nossas mãos escolher e acomodar a revelação de Deus às nossas preferências ou às nossas conveniências. Essa teoria do´“juízo privado” levou, naturalmente, a dar um passo mais: a negar toda a verdade absoluta.
Hoje, muita gente pretende que a verdade e a bondade são termos relativos. Uma coisa será verdadeira enquanto a maioria dos homens pensar que é útil, enquanto parecer que essa coisa “funciona”. Se crer em Deus ajuda você, então creia em Deus; mas, se você pensa que essa crença dificulta a marcha do progresso, deve estar disposto a afastá-la.
E o mesmo se passa com a bondade. Uma coisa ou uma ação é boa se contribui para o bem-estar e a felicidade do homem. Mas se a castidade, por exemplo, parece que refreia o avanço de um mundo que está sempre evoluindo, então a castidade deixa de ser boa.
Em resumo, bom ou verdadeiro é apenas o que, aqui e agora, é útil para a comunidade, para o homem como elemento construtivo da sociedade, e é bom ou verdadeiro somente enquanto continua a ser útil. Esta filosofia tem o nome de pragmatismo.
É muito difícil dialogar com um pragmático sobre a verdade, porque minou o terreno que você pisa começando por negar a existência de qualquer verdade real e absoluta. Tudo o que um homem de fé pode fazer por ele é rezar e demonstrar-lhe com uma vida cristã autêntica que o cristianismo “funciona”.
Talvez nos tenhamos desviado um pouco do nosso tema principal: o de que não há igreja que possa dizer que é de Cristo se todos os seus membros não crêem nas mesmas verdades, já que essas verdades são de Deus, eternamente imutáveis, as mesmas para todos os povos. Sabemos que na Igreja Católica todos cremos nas mesmas verdades: bispos, sacerdotes ou crianças; norte-americanos, franceses e japoneses; brancos ou negros; cada católico, esteja onde estiver, diz exatamente o mesmo quando recita o Credo dos Apóstolos.
Estamos unidos também no culto, como nenhuma outra igreja.
Temos um só altar, sobre o qual Jesus Cristo renova, todos os dias, o seu oferecimento na cruz.
Só um católico pode dar a volta ao mundo sabendo que, aonde quer que vá – à África ou à Índia, à Alemanha ou à América do Sul -, se encontrará sempre em casa, do ponto de vista religioso. Em toda a parte, a mesma Missa; em toda a parte, os mesmos sete sacramentos.
Não estamos unidos entre nós apenas pelo que cremos e pelo que celebramos, mas também por estarmos sob a mesma autoridade.
Jesus Cristo designou São Pedro como pastor supremo do seu rebanho, e tomou as medidas necessárias para que os sucessores do Apóstolo até o fim dos tempos fossem a cabeça da sua Igreja e quem guardasse as suas verdades.
A lealdade ao bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente Santo Padre, será sempre o centro obrigatório da Igreja de Cristo: “Onde está Pedro, ali está a Igreja”.
Uma fé, um culto, uma cabeça.
Esta é a unidade pela qual Cristo orou, a unidade que estabeleceu como um dos sinais que identificariam perpetuamente a sua Igreja.
É uma unidade que só pode ser encontrada na Igreja Católica
Por muito errado que você esteja sobre alguma coisa, sempre é desagradável que alguém lho diga sem rodeios. E enquanto esse alguém lhe for explicando cuidadosamente por que está enganado, é provável que você se mostre mais e mais obstinado. Talvez nem sempre suceda isso consigo, ou talvez você seja muito santo e nunca tenha essa reação. Mas, em geral, nós, os homens, somos assim.
Todos devemos estar dispostos a expor a nossa religião em qualquer ocasião; mas nunca a discutir sobre ela. No momento em que dissermos a alguém: “A sua religião é falsa e eu lhe direi por quê”, fecharemos com uma batida de porta a mente dessa pessoa, e nada do que dissermos depois conseguirá abri-la.
Por outro lado, devemos ver que, se conhecermos bem a nossa religião, poderemos explicá-la, inteligente e amavelmente, ao vizinho que não é católico ou que não pratica: haverá bastantes esperanças de que nos escute. Se pudermos demonstrar-lhe que a Igreja Católica é a verdadeira Igreja estabelecida por Jesus Cristo, não há razão para dizer-lhe que a “igreja” dele é falsa. Poderá ser que seja teimoso, mas não será estúpido, e é de confiar que tire as suas próprias conclusões.
Tendo isto em mente, examinemos agora a Igreja Católica para ver se apresenta a marca de Cristo, se Jesus a indicou como sua, sem possibilidades de erro.
Primeiro, vejamos a UNIDADE, que o Senhor estabeleceu como característica do seu rebanho.
Observemos esta unidade em suas três dimensões: unidade de credo, unidade de culto e unidade de autoridade.
“ A unidade da Igreja peregrina é assegurada também por laços visíveis de comunhão:
- “a profissão duma só fé recebida dos Apóstolos;”
- “a celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos”;
- “a sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, mantendo a concórdia fraterna da família de Deus” (n. 815).
Sabemos que os membros da Igreja de Cristo devem manifestar unidade de credo. As verdades em que cremos são as que foram dadas a conhecer pelo próprio Cristo; são verdades que procedem diretamente de Deus.
Não há verdades mais “verdadeiras” que a mente humana possa conhecer e aceitar do que as reveladas por Deus. Deus é a verdade; sabe tudo e não pode errar; é infinitamente verdadeiro e não pode mentir. É mais fácil crer, por exemplo, que não existe sol em pleno dia do que pensar que Jesus tenha podido enganar-se ao dizer-nos que existem três Pessoas num só Deus.
Por este motivo, consideramos o princípio do “juízo privado” como absolutamente ilógico. Há pessoas que estendem o princípio do juízo privado às questões religiosas. Admitem que Deus nos deu a conhecer certas verdades, mas dizem que cada homem tem de interpretar essas verdades de acordo com o seu critério. Que cada um leia a sua Bíblia, e aquilo que chegue a pensar que a Bíblia significa, esse é o significado para ele.
Não está em nossas mãos escolher e acomodar a revelação de Deus às nossas preferências ou às nossas conveniências. Essa teoria do´“juízo privado” levou, naturalmente, a dar um passo mais: a negar toda a verdade absoluta.
Hoje, muita gente pretende que a verdade e a bondade são termos relativos. Uma coisa será verdadeira enquanto a maioria dos homens pensar que é útil, enquanto parecer que essa coisa “funciona”. Se crer em Deus ajuda você, então creia em Deus; mas, se você pensa que essa crença dificulta a marcha do progresso, deve estar disposto a afastá-la.
E o mesmo se passa com a bondade. Uma coisa ou uma ação é boa se contribui para o bem-estar e a felicidade do homem. Mas se a castidade, por exemplo, parece que refreia o avanço de um mundo que está sempre evoluindo, então a castidade deixa de ser boa.
Em resumo, bom ou verdadeiro é apenas o que, aqui e agora, é útil para a comunidade, para o homem como elemento construtivo da sociedade, e é bom ou verdadeiro somente enquanto continua a ser útil. Esta filosofia tem o nome de pragmatismo.
É muito difícil dialogar com um pragmático sobre a verdade, porque minou o terreno que você pisa começando por negar a existência de qualquer verdade real e absoluta. Tudo o que um homem de fé pode fazer por ele é rezar e demonstrar-lhe com uma vida cristã autêntica que o cristianismo “funciona”.
Talvez nos tenhamos desviado um pouco do nosso tema principal: o de que não há igreja que possa dizer que é de Cristo se todos os seus membros não crêem nas mesmas verdades, já que essas verdades são de Deus, eternamente imutáveis, as mesmas para todos os povos. Sabemos que na Igreja Católica todos cremos nas mesmas verdades: bispos, sacerdotes ou crianças; norte-americanos, franceses e japoneses; brancos ou negros; cada católico, esteja onde estiver, diz exatamente o mesmo quando recita o Credo dos Apóstolos.
Estamos unidos também no culto, como nenhuma outra igreja.
Temos um só altar, sobre o qual Jesus Cristo renova, todos os dias, o seu oferecimento na cruz.
Só um católico pode dar a volta ao mundo sabendo que, aonde quer que vá – à África ou à Índia, à Alemanha ou à América do Sul -, se encontrará sempre em casa, do ponto de vista religioso. Em toda a parte, a mesma Missa; em toda a parte, os mesmos sete sacramentos.
Não estamos unidos entre nós apenas pelo que cremos e pelo que celebramos, mas também por estarmos sob a mesma autoridade.
Jesus Cristo designou São Pedro como pastor supremo do seu rebanho, e tomou as medidas necessárias para que os sucessores do Apóstolo até o fim dos tempos fossem a cabeça da sua Igreja e quem guardasse as suas verdades.
A lealdade ao bispo de Roma, a quem chamamos carinhosamente Santo Padre, será sempre o centro obrigatório da Igreja de Cristo: “Onde está Pedro, ali está a Igreja”.
Uma fé, um culto, uma cabeça.
Esta é a unidade pela qual Cristo orou, a unidade que estabeleceu como um dos sinais que identificariam perpetuamente a sua Igreja.
É uma unidade que só pode ser encontrada na Igreja Católica
domingo, 4 de março de 2012
As Notas e os Atributos da Igreja de Cristo
Por Padre Leo Trese
“Não é produto genuíno se não traz esta marca”.
Encontramos com frequência este lema nos anúncios dos produtos.
Talvez não acreditemos em toda a tagarelice sobre os “produtos de qualidade” e “os entendidos o recomendam”, mas, quando vão fazer compras, muitos insistem em que lhes sirvam determinadas marca, e quase ninguém compra um artigo de prata sem lhe dar a volta para verificar se traz o selo que garante que é prata de lei, e muito poucos compram um anel sem antes olhar a marca dos quilates.
Sendo a sabedoria de Cristo a própria sabedoria de Deus, era de esperar que, ao estabelecer a sua Igreja, tivesse Ele previsto alguns meios para reconhecê-la, não menos inteligentes que os dos modernos comerciantes; umas “marcas” para que todos os homens de boa vontade pudessem reconhecê-la facilmente.
Era de esperar que o fizesse, especialmente tendo em conta que Jesus fundou a sua Igreja à custa da sua própria vida. Jesus não morreu na Cruz por gosto. Não deixou aos homens a escolha de pertencer ou não à Igreja, segundo as suas preferências. A sua Igreja é a Porta do Céu, pela quais todos (ao menos com um desejo implícito) devem entrar.
Ao constituir a Igreja como pré-requisito para a nossa felicidade eterna, o Senhor não deixou de estampar nela, claramente, a sua marca, o sinal da sua origem divina, e tão à vista que não pudéssemos deixar de reconhecê-la no meio da miscelânea de mil seitas, confissões e religiões do mundo atual. Podemos dizer que a “marca” da Igreja é um quadrado, e que o próprio Jesus Cristo nos disse que devíamos olhar para cada lado desse quadrado.
Primeiro, a unidade:
"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco, e é preciso que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor "(Jo 10,16).
E também: "Pai santo guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, como nós somos um "(Jo 17,11)
Depois, a santidade:
"Santifica-os na verdade [...]. Por eles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade" (Jo 17,17 e 19). Esta foi a oração do Senhor pela sua Igreja, e São Paulo recorda-nos que Jesus Cristo se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e purificar para sim um povo aceitável, zeloso pelas boas obras (TI.2,14).
O terceiro lado do quadrado é a catolicidade ou universalidade.
A palavra “católico” vem do grego, como a palavra “universal” vem do latim, mas ambas significam o mesmo: “tudo”. Todo o ensinamento de Cristo a todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares.
Escutemos as palavras do Senhor:
"Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, em testemunho a todas as gentes (MT.24,14). Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (MC. 16,15). Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até os confins da terra (AT. 1,8).
O quadrado completa-se com a nota da Apostolicidade
Esta palavra parece um pouco complicada de se pronunciar, mas significa simplesmente que a Igreja que proteste ser de Cristo deve ser capaz de remontar a sua linhagem, em linha ininterrupta, até os Apóstolos. Deve ser capaz de mostrar a sua legítima descendência de Cristo por meio dos Apóstolos.
De novo fala Jesus: E eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (MT.16,18).
E, dirigindo-se a todos os Apóstolos: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar todas as coisas que mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo (MT. 28,18-20).
São Paulo sublinha este sinal de apostolicidade quando escreve aos Efésios:
Vós, pois, já não sois hóspedes, nem adventícios, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra angular (EF.2,19-20).
Qualquer Igreja que reclame ser de Cristo deve mostrar essas quatro notas.
Primeiro, a unidade:
"Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco, e é preciso que eu as traga. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor "(Jo 10,16).
E também: "Pai santo guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, como nós somos um "(Jo 17,11)
Depois, a santidade:
"Santifica-os na verdade [...]. Por eles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade" (Jo 17,17 e 19). Esta foi a oração do Senhor pela sua Igreja, e São Paulo recorda-nos que Jesus Cristo se entregou por nós, a fim de nos resgatar de toda a iniquidade e purificar para sim um povo aceitável, zeloso pelas boas obras (TI.2,14).
O terceiro lado do quadrado é a catolicidade ou universalidade.
A palavra “católico” vem do grego, como a palavra “universal” vem do latim, mas ambas significam o mesmo: “tudo”. Todo o ensinamento de Cristo a todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares.
Escutemos as palavras do Senhor:
"Será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, em testemunho a todas as gentes (MT.24,14). Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura (MC. 16,15). Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até os confins da terra (AT. 1,8).
O quadrado completa-se com a nota da Apostolicidade
Esta palavra parece um pouco complicada de se pronunciar, mas significa simplesmente que a Igreja que proteste ser de Cristo deve ser capaz de remontar a sua linhagem, em linha ininterrupta, até os Apóstolos. Deve ser capaz de mostrar a sua legítima descendência de Cristo por meio dos Apóstolos.
De novo fala Jesus: E eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (MT.16,18).
E, dirigindo-se a todos os Apóstolos: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar todas as coisas que mandei. Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo (MT. 28,18-20).
São Paulo sublinha este sinal de apostolicidade quando escreve aos Efésios:
Vós, pois, já não sois hóspedes, nem adventícios, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Jesus Cristo a principal pedra angular (EF.2,19-20).
Qualquer Igreja que reclame ser de Cristo deve mostrar essas quatro notas.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Igreja Católica - Parte IV
Por: Padre Léo Trese.
Sabemos também que há três Sacramentos pelos quais Cristo nos marca os nossos deveres:
Primeiro, o Sacramento do Batismo, pelo qual nos tornamos membros do Corpo Místico de Cristo. Dissemos que, pelo Batismo, somos incorporados em Cristo.
“Os crentes que respondem à Palavra de Deus e se tornam membros do Corpo de Cristo ficam intimamente unidos a Cristo (LG. 7). Isto é particularmente verdade a respeito do Batismo, que nos une à morte e à Ressurreição de Cristo” (n. 790).
O cristão batizado, quando exerce conscientemente o sacerdócio comum que compartilha com Cristo, participa da Missa de uma maneira que uma pessoa não batizada jamais poderá alcançar. Mas, além da Missa, adoramos a Deus de outras maneiras: pela oração, pelo sacrifício e pela prática das virtudes da fé, da esperança e da caridade, especialmente da caridade. Caridade significa amor a Deus e amor às almas que Deus criou e pelas quais Jesus morreu.
A nossa condição de membros do Corpo Místico de Cristo e a nossa participação no seu sacerdócio eterno incita-nos a trabalhar ativamente com Cristo na obra da Redenção. Para sermos fiéis à nossa vocação de batizados, devemos sentir zelo pelas almas; todos e cada um de nós devemos ser apóstolos e, se fazemos parte do laicato, devemos ser apóstolos leigos.
São duas palavras que vêm do grego. Nessa língua, apóstolo significa “enviado”.
Os doze homens que Jesus enviou ao mundo para estabelecer a sua Igreja são os Doze Apóstolos, assim, com maiúsculas. Mas não haviam de ser os únicos apóstolos. Na pia batismal, Jesus envia-nos, a cada um, a continuar o que os Doze Apóstolos iniciaram. Nós também somos apóstolos, com “a” minúsculo.
Os clérigos, termo que abrange os bispos, os sacerdotes e os diáconos; Os religiosos, homens e mulheres que vivem em comunidade e fazem voto de pobreza, castidade e obediência; e finalmente os leigos, os cristãos comuns. Este termo compreende todos os batizados que não sejam clérigos nem religiosos.
Juntas, as três categorias de membros compõem o Corpo Místico de Cristo.
Não apenas os clérigos, nem os clérigos com os religiosos, mas os clérigos, os religiosos e os leigos, todos unidos num Corpo, num só Povo de Deus, constituem a Igreja de Cristo.
Nesse Corpo, cada categoria tem a sua função própria.
Mas todos têm em comum, independentemente da categoria a que pertençam, a chamada – recebida no momento em que receberam o Batismo – para serem apóstolos, cada um segundo o seu estado. Jesus compartilha conosco o seu sacerdócio eterno pelo Batismo e, de forma mais completa, pela Confirmação. No Batismo, compartilha a sua função de adoração da Trindade e, na Confirmação, a função “profética”, a função docente.
Assim como no Batismo fomos marcados com um selo indelével como membros do Corpo de Cristo e partícipes do seu sacerdócio, na Confirmação somos marcados de novo com o selo indelével de canais da verdade divina.
Agora temos direito a qualquer graça de que possamos necessitar para ser fortes na fé, e a quaisquer luzes de que precisemos para tornar a nossa fé inteligível aos outros, sempre partindo da base, é claro, de que fazemos o que está ao nosso alcance para aprender as verdades da fé e nos deixamos guiar pela autoridade docente da Igreja, que reside no Papa e nos bispos. Uma vez confirmados, temos como que uma dupla responsabilidade de ser apóstolos e uma dupla fonte de graça e fortaleza para cumprir esse dever.
Finalmente, o terceiro dos sacramentos que fazem participar do sacerdócio é a Ordem. Desta vez, Cristo compartilha plenamente o seu sacerdócio: completamente nos bispos e em grau subordinado nos sacerdotes.
No sacramento da Ordem, não há apenas uma chamada, não há apenas uma graça, mas há, além disso, um poder. O sacerdote recebe o poder de consagrar e perdoar, de santificar e abençoar.O bispo, além disso, recebe o poder de ordenar outros bispos e sacerdotes, e a jurisdição de governar as almas e de definir as verdades de fé.
Este poder de definir verdades de fé reside no Colégio Episcopal – todos os bispos do mundo juntos – quando, em união com o Papa, exerce o seu supremo magistério. “O colégio ou corpo episcopal não tem autoridade se nele não se considerar incluído, como chefe, o Romano Pontífice”. Como tal, este colégio é também ele detentor do poder supremo e pleno sobre a Igreja inteira. Todavia, este poder não pode ser exercido senão com o consentimento do Romano Pontífice (LG. 22) (n. 883).
Mas todos somos chamados a ser apóstolos. Todos recebemos a missão de ajudar o Corpo Místico de Cristo a crescer e a manter-se são. Cristo espera que cada um de nós contribua para a salvação do mundo, da pequena parcela do mundo em que vive: o seu lar, o seu ambiente de trabalho e de lazer, as suas relações sociais, etc. Espera que, por meio das nossas vidas, O tornemos visível àqueles com quem trabalhamos.
Espera que sintamos um pleno sentido de responsabilidade para com as almas dos que nos cercam, que os seus pecados nos penalizem, que a sua incredulidade nos preocupe. Cristo espera de cada um de nós que participemos, cada um de acordo com a sua vocação, da única missão salvadora da Igreja.
Diz o Concílio Vaticano II que “é específico dos leigos, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus”. E acrescenta que é nas condições ordinárias da vida familiar e social que os leigos devem contribuir, a modo de fermento, para a santificação do mundo.
Há, além disso, a possibilidade de se inscreverem em associações de natureza apostólica que tenham uma clara finalidade de santificação pessoal e alheia, sem deixarem por isso de ser leigos.
“Uma vez que todos os fiéis,em virtude do Batismo e da Confirmação, são encarregados por Deus de exercer o apostolado,os leigos têm a obrigação e o direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra”. (n.900).
Fonte: A Fé Explicada
Depois veremos: As Notas e os Atributos da Igreja
Veja o estudo AQUI
domingo, 15 de janeiro de 2012
A verdadeira riqueza da Igreja Católica
"A Igreja é de fato riquíssima e acumulou nos seus vinte séculos um tesouro incalculável!
Na verdade ela é rica desde a sua origem, porque o seu Criador e mentor é o próprio Deus; é D'Ele que vem toda a sua riqueza. Ela é o próprio Corpo de Cristo (1 Cor 12,27).
Mas ela é rica também, porque é a "Igreja dos Santos", como disse George Bernanos. Os Santos são a sua grande riqueza, como que reprodução do próprio Cristo.
Ela é a Igreja de Pedro de Cafarnaum, que deixou as redes para seguir o Senhor e morreu, por ama-la, de cabeça para baixo sob Nero; é a Igreja de Paulo de Tarso, que rodou o mundo até Roma, para ali ser martirizado por ela.
Ela é a Igreja dos Santos Apóstolos, revestidos do próprio Cristo, um a um martirizados pela sua fidelidade ao Senhor...
Ela é a Igreja dos Santos Inocentes que ainda na tenra idade, derramaram o seu sangue inocente pelo menino Deus ...
Ela é a rica Igreja dos Santos Padres: Agostinho de Hipona, que enfrentou o pelagianismo, o arianismo e o maniqueismo; Atanásio que enfrentou o arianismo; Irineu que enfrentou o gnosticismo; Inácio de Antioquia que enfrentou os leões, Policarpo que enfrentou a fogueira ... Tomás de Aquino que escreveu a Suma Teológica e transformou a Filosofia, Teresa D´Avila e João da Cruz que reformaram os Carmelos masculino e Feminino, Jerônimo que traduziu a Biblia para o latim; Basílio, Gregório de Nissa, Gregório de Nazianzo, Afonso de Ligório, Francisco de Assis, João Bosco e tantos outros que mudaram a face da terra...
Sim, é uma Igreja riquissima!
Ela é a Igreja daqueles que de tanto ama-la, derramaram o seu sangue nas arenas romanas, nas espadas dos imperadores, nos cárceres comunistas e nazistas ... Pedro, Tiago, Paulo ... Inácio de Antioquia, Policarpo, Sebatião, Perpétua, Felicidade, Cecília ... Maxiliano Kolbe ... e tantos outros gigantes que fizeram do seu sangue " a semente dos novos cristãos" (Tertualino †220).
Ela é a Igreja das belas ordens religiosas de Bento, Domingos, Agostinho, Benedito, Francisco, Inácio de Loyola, Camilo de Lélis ...
Ela é a igreja das Santas Virgens: Maria, Ana, Inez, Cecília, Luzia, Teresinha, Mazzarello, Clara de Assis ... que formam um verdadeiro exército de Esposas do Senhor.
Sim, é uma Igreja riquissima!
Além de ser a rica Igreja dos Santos, dos Profetas, dos Mártires, dos Apóstolos, das Vírgens, dos Confessores ... é também a Igreja dos Papas. É a Igreja de João Paulo I com o seu sorriso inesquecível, de João XXIII do Concílio Vaticano II, de Paulo VI com o seu apaixonado amor a Igreja, de Gregório, que a posteridade chamou de Magno e que criou o canto que recebeu o seu nome.
Ela é a grande e rica Igreja de Leão Magno deteve as grandes heresias às portas da Igreja, enfrentando os bárbaros Átila e Genserico às portas de Roma. É a casa de Pedro, que é o principio de tudo e a pedra sobre a qual os outros se sucederam. É a Igreja dessa cadeia viva e ininterrupta de 265 pontífices, o "doce Cristo na Terra", como dizia Santa Catarina de Sena.
Todos os santos se inclinaram diante do Papa e nenhum foi sem ele.
Paulo, o apostolo dos gentios, foi ao encontro de Pedro; Francisco o enamorado da pobreza, ajoelhou-se diante de Inocêncio III; Teresinha suplicou a Leão XIII que a deixasse entrar no Carmelo aos quinze anos ...
Que outra Igreja teve um Pio XI que proclamou Maria Imaculada; e José, Padroeiro Universal da Igreja?
Que outra Igreja tem um João Paulo II, filho de operário, ator de teatro, esquiador, sacerdote, poliglota, bispo, diplomata, cardeal - cardeal da Igreja do Silêncio e da Polonia Mártir?
A Igreja é riquíssima, de fato é a Igreja dos Santos e dos Papas.
É a Igreja dos Sacramentos que o Senhor derramou do seu Coração ferido pela lança do alto da Cruz. É a Igreja da salvação universal de todos os homens ... É a barca de Pedro que salva do dilúvio do pecado!
Esta é a verdadeira fortuna da Igreja, acumulada no sangue dos Mártires, na fidelidade dos Confessores, na riqueza dos Padres, no discernimento dos Doutores, na pureza das Vírgens, no sangue dos Inocentes, na palavra dos Apostolos e dos Profetas, no zelo dos Patriarcas, na lei dos Profetas e na infalibilidade dos Papas. Sim, é riquíssima!
E é a nossa Igreja. Demos graças a Deus por ela!!"
(Infelizmente não sei o autor deste texto, mas o trouxe, ele é otimo)
Eu concluo: É a Igreja de Bento XVI, que ama como ninguém a santa Liturgia, que tem resgatado o decoro e a reverencia para com Cristo, que tem trazido de volta à casa aqueles que haviam desviado, quase sempre no silêncio de um diálogo sincero e verdadeiro. Que nos faz amar a Igreja, ensinando que apesar das grandes heresias, dos erros enormes deste mundo, ela avança erguida, na sua Tradição e nos seus valores que não esmorecem. Sim , ela é a Igreja de Bento XVI e pela graça de Deus, pertenço a ela.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Igreja Católica - Parte III
Por: Padre Léo Trese.
O que é um ser humano?
Poderíamos dizer que é um animal que anda ereto sobre as suas extremidades posteriores, e pode raciocinar e falar. A nossa definição seria correta, mas não completa. Dir-nos-ia apenas o que é o homem visto de fora, mas omitiria a sua parte mais maravilhosa: o fato de possuir uma alma espiritual e imortal.
O que é a Igreja?
Também poderíamos responder dando uma visão externa da Igreja.
Poderíamos defini-la (e, de fato, frequentemente o fazemos) :como a sociedade dos batizados, unidos na mesma fé verdadeira, sob a autoridade do Papa, sucessor de São Pedro.
Mas, ao descrevê-la nestes termos, enquanto organização hierárquica composta pelo Papa, bispos, sacerdotes e leigos, devemos ter presente que estamos descrevendo o que se chama a Igreja jurídica. Quer dizer, encaramos a Igreja como uma organização, como uma sociedade pública cujos membros e dirigentes estão ligados entre si por laços de união visíveis e legais. De certo modo, é algo semelhante à maneira como os cidadãos de uma nação estão unidos entre si por laços de cidadania, visíveis e legais.
Os Estados Unidos da América, por exemplo, são uma sociedade jurídica.
Jesus Cristo, evidentemente, estabeleceu a sua Igreja como uma sociedade jurídica. Para cumprir a sua missão de ensinar, santificar e reger os homens, a Igreja devia ter uma organização visível.
O Papa Pio XII, na sua encíclica sobre o Corpo Místico de Cristo, apontou-nos esse aspecto. E o mesmo fez a constituição Lúmen gentium (Luz dos povos) do Concílio Vaticano II, que ensina que “a Igreja é constituída e organizada neste mundo como uma sociedade”.
E, como tal, é a sociedade jurídica mais perfeita que existe, pois tem o mais nobre dos fins: a santificação dos seus membros para a glória de Deus.
Mas a Igreja é muito mais que uma organização jurídica. É o próprio Corpo de Cristo, um corpo tão especial, que deve ter um nome especial: o Corpo Místico de Cristo. Cristo é a Cabeça do Corpo: cada batizado é uma parte viva, um membro desse Corpo, cuja alma é o Espírito Santo.
Trata-se de um mistério oculto, que durante este exílio terreno só podemos enxergar obscuramente. Mas procuremos fazê-lo, ainda que seja à meia-luz. Sabemos que o nosso corpo físico é composto de milhões de células individuais, todas trabalhando conjuntamente para o bem de todo o corpo, sob a direção da cabeça.
As diferentes partes do corpo não se ocupam em fins próprios e privados. Os olhos, os ouvidos e os demais sentidos captam conhecimentos para a utilidade de todo o corpo. Os pés levam o corpo inteiro para onde ele queira ir;as mãos levam o alimento à boca, o intestino absorve a nutrição necessária a todo o corpo; o coração e os pulmões enviam sangue e oxigênio a todas as partes da anatomia. Todos vivem e atuam para todos.
E a alma dá vida e unidade a todas as diferentes partes, a cada uma das células individuais.
Quando o aparelho digestivo transforma o alimento em substâncias corporal, as novas células não se agregam ao corpo de forma eventual, como o esparadrapo à pele. As novas células tornam-se parte do corpo vivo, porque a alma se torna presente nelas, do mesmo modo que no resto do corpo.
Apliquemos agora esta analogia ao Corpo Místico de Cristo.
Quando somos batizados, o Espírito Santo toma posse de nós, de maneira muito semelhante àquela com que a nossa alma toma posse das células que se vão formando no corpo.
Este mesmo Espírito Santo é por sua vez o Espírito de Cristo, que “se compraz em morar na amada alma do nosso Redentor como no seu santuário mais estimado; é o Espírito que Cristo nos mereceu na Cruz, pelo derramamento do seu sangue[...].Porém, após a exaltação de Cristo na cruz, o seu espírito derrama-se superabundantemente sobre a Igreja, a fim de que ela e os seus membros individuais possam tornar-se dia a dia mais semelhantes ao seu Salvador” (Pio XII).
Pelo Batismo, o Espírito de Cristo torna-se também o nosso Espírito. “A Alma da Alma” de Cristo torna-se também Alma da nossa alma. Assim é, pois, a Igreja vista por “dentro”.
É uma sociedade jurídica, sim, com uma organização visível dada pelo próprio Cristo.
Mas é muito mais, é um organismo vivo, um Corpo que vive, cuja Cabeça é Cristo, cujos membros somos nós, os batizados, e cuja alma é o Espírito Santo. É um Corpo vivo do qual podemos separar-nos por heresia, cisma ou excomunhão, do mesmo modo que um dedo é extirpado pelo bisturi do cirurgião.
É um Corpo em que o pecado mortal – como um torniquete aplicado a um dedo – pode interromper temporariamente o fluxo vital, até que seja retirado pelo arrependimento.
É um Corpo em que cada membro se beneficia de cada Missa que se celebra, de cada oração que se oferece, de cada boa obra que se faz por cada um dos outros membros, em qualquer lugar do mundo. É o Corpo Místico de Cristo!
Sociedade e Corpo Místico são, porém, uma só realidade, como explica a Lúmen gentium: “A sociedade provida de órgãos hierárquicos e o Corpo Místico de Cristo, a assembléia visível e a comunidade espiritual,a Igreja terrestre e a Igreja enriquecida de bens celestes, não devem ser consideradas duas coisas, mas uma só realidade complexa, em que se fundem o elemento divino e o humano”.
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo.
Eu sou membro desse Corpo.
Que representa isto para mim?
Sei que no corpo humano cada parte tem uma função a realizar: os olhos, ver; o ouvido, ouvir; a mão, apanhar; o coração, impulsionar o sangue. Há no Corpo Místico de Cristo uma função que me esteja designada? Todos sabemos que a resposta a esta pergunta é sim.
Fonte: A Fé Explicada
Veja:
- Parte I
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Igreja Católica - Parte II
Igreja Católica - Parte I
Por: Padre Léo Trese.
Membros da Igreja
Uma pessoa passa a ser membro da Igreja pelo Batismo e continua a sê-lo enquanto dela não se separar por:
- cisma: negação ou contestação da autoridade papal
- heresia: negação de uma ou mais verdades da fé proclamadas pela Igreja
- excomunhão: exclusão da Igreja por certos pecados graves sem arrependimento.
Mas mesmo essas pessoas, se forem batizadas validamente, permanecem basicamente súditos da Igreja e estão obrigadas a cumprir as suas leis, a não ser que delas sejam dispensadas especificamente.
Não podemos considerar a Igreja de um ponto de vista apenas externo, ela é infinitamente mais que mera organização exterior visível. A alma da Igreja é a que a torna, além da organização, um organismo vivo. Assim, como a inabitação das três pessoas divinas dá a alma a vida sobrenatural a que chamamos graça santificante. Assim a inabitação da Santíssima Trindade dá a Igreja a sua vida inextinguível, a sua perene vitalidade. O Espírito Santo é a alma da Igreja cuja cabeça é Cristo
Deus criou a Igreja de uma forma muito semelhante a criação do homem: Ele desenhou o Corpo da Igreja na Pessoa de Jesus Cristo. Esta tarefa se estendeu por três anos, desde o primeiro milagre público de Jesus, em Caná, até a sua Ascenção ao céu.
Jesus escolheu os seus doze apóstolos, destinados a serem os primeiros Bispos da sua Igreja. Durante três anos, instruiu-os e treinou-os nos seus deveres, na missão de estabelecer o Reino de Deus. Neste mesmo período desenhou também os sete canais os sete sacramentos, pelos quais fluiriam as almas dos homens as graças que Ele ganharia na cruz
Ao mesmo tempo, Jesus confiou aos Apóstolos uma tríplice missão, que é a tríplice missão da Igreja:
Membros da Igreja
Uma pessoa passa a ser membro da Igreja pelo Batismo e continua a sê-lo enquanto dela não se separar por:
- cisma: negação ou contestação da autoridade papal
- heresia: negação de uma ou mais verdades da fé proclamadas pela Igreja
- excomunhão: exclusão da Igreja por certos pecados graves sem arrependimento.
Mas mesmo essas pessoas, se forem batizadas validamente, permanecem basicamente súditos da Igreja e estão obrigadas a cumprir as suas leis, a não ser que delas sejam dispensadas especificamente.
Não podemos considerar a Igreja de um ponto de vista apenas externo, ela é infinitamente mais que mera organização exterior visível. A alma da Igreja é a que a torna, além da organização, um organismo vivo. Assim, como a inabitação das três pessoas divinas dá a alma a vida sobrenatural a que chamamos graça santificante. Assim a inabitação da Santíssima Trindade dá a Igreja a sua vida inextinguível, a sua perene vitalidade. O Espírito Santo é a alma da Igreja cuja cabeça é Cristo
Deus criou a Igreja de uma forma muito semelhante a criação do homem: Ele desenhou o Corpo da Igreja na Pessoa de Jesus Cristo. Esta tarefa se estendeu por três anos, desde o primeiro milagre público de Jesus, em Caná, até a sua Ascenção ao céu.
Jesus escolheu os seus doze apóstolos, destinados a serem os primeiros Bispos da sua Igreja. Durante três anos, instruiu-os e treinou-os nos seus deveres, na missão de estabelecer o Reino de Deus. Neste mesmo período desenhou também os sete canais os sete sacramentos, pelos quais fluiriam as almas dos homens as graças que Ele ganharia na cruz
Ao mesmo tempo, Jesus confiou aos Apóstolos uma tríplice missão, que é a tríplice missão da Igreja:
1 - Ensinar: "Ide, pois, ensinai a todos os povos [...]. Ensinando-os a observar todas as coisas que vos mandei"(Mt. 28,19-20).
2 - Santificar: "Batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28,19); Isto é o meu corpo [...]; fazei-o em memória de mim (Lc. 22,19); Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jo. 20,23).
3 - Governar em seu nome: "Se se recusar a ouvi-los, dize-o à Igreja. Se não ouvir a Igreja, considera-o como um gentio ou um publicano. [...] Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desatardes sobre a terra, será desatado no céu (Mt. 18,17-18); Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos despreza, a mim despreza (Lc. 10,16).
"Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja, uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Guia o Povo de Deus, sob a guia do Magistério vivo da Igreja" (cf. LG. 12,DV 10).
“A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo como seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está assim ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes” (ns. 889-90; cf. também ns. 888 e 891-2).
“O bispo e os presbíteros santificam a Igreja pela sua oração e trabalho, pelo ministério da palavra e dos sacramentos. Santificam-na pelo seu exemplo, não agindo como senhores daqueles que vos couberam por sorte, mas, antes, como modelos do rebanho (1Pd. 5,3)” (n. 893).
“Os bispos dirigem as suas Igrejas particulares, como vigários e delegados de Cristo, mediante conselhos, exortações e exemplos; mas também pela sua autoridade e pelo seu poder sagrado. (LG. 27), que devem, no entanto, exercer para edificação e no espírito de serviço que caracteriza o do seu Mestre” (n. 894; cf. também os ns. 895-6).S
2 - Santificar: "Batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28,19); Isto é o meu corpo [...]; fazei-o em memória de mim (Lc. 22,19); Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados. Àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos (Jo. 20,23).
3 - Governar em seu nome: "Se se recusar a ouvi-los, dize-o à Igreja. Se não ouvir a Igreja, considera-o como um gentio ou um publicano. [...] Tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desatardes sobre a terra, será desatado no céu (Mt. 18,17-18); Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos despreza, a mim despreza (Lc. 10,16).
"Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja, uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Guia o Povo de Deus, sob a guia do Magistério vivo da Igreja" (cf. LG. 12,DV 10).
“A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo como seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos desfalecimentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está assim ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes” (ns. 889-90; cf. também ns. 888 e 891-2).
“O bispo e os presbíteros santificam a Igreja pela sua oração e trabalho, pelo ministério da palavra e dos sacramentos. Santificam-na pelo seu exemplo, não agindo como senhores daqueles que vos couberam por sorte, mas, antes, como modelos do rebanho (1Pd. 5,3)” (n. 893).
“Os bispos dirigem as suas Igrejas particulares, como vigários e delegados de Cristo, mediante conselhos, exortações e exemplos; mas também pela sua autoridade e pelo seu poder sagrado. (LG. 27), que devem, no entanto, exercer para edificação e no espírito de serviço que caracteriza o do seu Mestre” (n. 894; cf. também os ns. 895-6).S
Outra missão de Jesus, ao formar o Corpo da sua Igreja, foi a de prover uma autoridade para o seu Reino na terra. Atribuiu essa tarefa ao Apóstolo Simão, filho de João, e, ao fazê-lo, impôs-lhe um nome novo, Pedro, que quer dizer pedra.
A promessa foi esta:" Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas [...]. E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus "(Mt. 16,17-19). E Jesus cumpriu essa promessa depois de ressuscitar, segundo lemos no cap. 21 do Evangelho de São João.
Após obter de Pedro uma tríplice manifestação de amor (Simão, filho de Jonas, tu me amas?), fez dele o pastor supremo do seu rebanho. "Apascenta os meus cordeiros," disse-lhe Jesus, apascenta as minhas ovelhas.
Todo o rebanho de Cristo – ovelhas e cordeiros, bispos, sacerdotes e fiéis porque, é evidente, Jesus não veio à terra para salvar só as almas contemporâneas dos Apóstolos. Jesus veio para salvar todas as almas, enquanto houver almas que salvar.
“O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, (LG.23). (LG. 22)” (n. 882; cf. também os ns. 880-1 e 883-7).
O tríplice dever (e poder) dos Apóstolos – ensinar, santificar e governar – foi por eles transmitido a outros homens, a quem, pelo sacramento da Ordem, ordenariam e consagrariam para continuarem a sua missão. Os bispos atuais são sucessores dos Apóstolos.
Cada um deles recebeu o seu poder episcopal de Cristo, por meio dos Apóstolos, em continuidade ininterrupta. E o poder supremo de Pedro, a quem Cristo constituiu cabeça de tudo, reside hoje no bispo de Roma, a quem chamamos com amor o Santo Padre.
Isto é assim porque, pelos desígnios da Providência, Pedro foi a Roma e lá morreu como primeiro bispo da cidade. Consequentemente, quem for bispo de Roma será automaticamente o sucessor de Pedro e, portanto, possui o especial poder de Pedro de ensinar e governar toda a Igreja.
A promessa foi esta:" Bem aventurado és, Simão, filho de Jonas [...]. E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus "(Mt. 16,17-19). E Jesus cumpriu essa promessa depois de ressuscitar, segundo lemos no cap. 21 do Evangelho de São João.
Após obter de Pedro uma tríplice manifestação de amor (Simão, filho de Jonas, tu me amas?), fez dele o pastor supremo do seu rebanho. "Apascenta os meus cordeiros," disse-lhe Jesus, apascenta as minhas ovelhas.
Todo o rebanho de Cristo – ovelhas e cordeiros, bispos, sacerdotes e fiéis porque, é evidente, Jesus não veio à terra para salvar só as almas contemporâneas dos Apóstolos. Jesus veio para salvar todas as almas, enquanto houver almas que salvar.
“O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, (LG.23). (LG. 22)” (n. 882; cf. também os ns. 880-1 e 883-7).
O tríplice dever (e poder) dos Apóstolos – ensinar, santificar e governar – foi por eles transmitido a outros homens, a quem, pelo sacramento da Ordem, ordenariam e consagrariam para continuarem a sua missão. Os bispos atuais são sucessores dos Apóstolos.
Cada um deles recebeu o seu poder episcopal de Cristo, por meio dos Apóstolos, em continuidade ininterrupta. E o poder supremo de Pedro, a quem Cristo constituiu cabeça de tudo, reside hoje no bispo de Roma, a quem chamamos com amor o Santo Padre.
Isto é assim porque, pelos desígnios da Providência, Pedro foi a Roma e lá morreu como primeiro bispo da cidade. Consequentemente, quem for bispo de Roma será automaticamente o sucessor de Pedro e, portanto, possui o especial poder de Pedro de ensinar e governar toda a Igreja.
Este é, pois, o Corpo da Igreja de Cristo, tal como Ele a criou:
Não uma mera irmandade invisível de homens unidos pelos laços da graça, mas uma sociedade visível de homens subordinada a uma cabeça investida em autoridade e governo.
É o que chamamos uma sociedade hierárquica, com as sólidas e admiráveis proporções de uma pirâmide.
No cume o Papa, com suprema autoridade espiritual. Imediatamente abaixo, formando com o Papa o Colégio Episcopal, do qual o Sumo Pontífice é a cabeça, os outros bispos, cuja jurisdição, cada um na respectiva diocese, procede da sua união com o sucessor de Pedro. Mais abaixo, os sacerdotes que, como cooperadores dos bispos, em virtude do sacramento da Ordem, são consagrados para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino. Finalmente, está a ampla base do povo de Deus, as almas de todos os batizados, para quem os outros existem. Este é o Corpo da Igreja tal como Jesus o constituiu nos seus três anos de vida pública.
Como o corpo de Adão, jazia à espera da alma. Esta alma havia sido prometida por Jesus quando disse aos seus Apóstolos antes da Ascensão: "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até as extremidades da terra" (At. 1,8).
Conhecemos bem a história do Domingo de Pentecostes, décimo dia depois da Ascensão e quinquagésimo depois da Páscoa (Pentecostes significa “qüinquagésimo”): "Apareceram-lhes repartidas umas como línguas de fogo, que pousaram sobre cada um deles [dos Apóstolos], ficando todos repletos do Espírito Santo" (At. 2,3-4).
E, nesse momento, o Corpo tão maravilhosamente desenhado por Jesus durante três pacientes anos aflorou subitamente à vida.
O Corpo Vivo levanta-se e começa a sua expansão.
Nasceu a Igreja de Cristo!
Não uma mera irmandade invisível de homens unidos pelos laços da graça, mas uma sociedade visível de homens subordinada a uma cabeça investida em autoridade e governo.
É o que chamamos uma sociedade hierárquica, com as sólidas e admiráveis proporções de uma pirâmide.
No cume o Papa, com suprema autoridade espiritual. Imediatamente abaixo, formando com o Papa o Colégio Episcopal, do qual o Sumo Pontífice é a cabeça, os outros bispos, cuja jurisdição, cada um na respectiva diocese, procede da sua união com o sucessor de Pedro. Mais abaixo, os sacerdotes que, como cooperadores dos bispos, em virtude do sacramento da Ordem, são consagrados para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino. Finalmente, está a ampla base do povo de Deus, as almas de todos os batizados, para quem os outros existem. Este é o Corpo da Igreja tal como Jesus o constituiu nos seus três anos de vida pública.
Como o corpo de Adão, jazia à espera da alma. Esta alma havia sido prometida por Jesus quando disse aos seus Apóstolos antes da Ascensão: "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até as extremidades da terra" (At. 1,8).
Conhecemos bem a história do Domingo de Pentecostes, décimo dia depois da Ascensão e quinquagésimo depois da Páscoa (Pentecostes significa “qüinquagésimo”): "Apareceram-lhes repartidas umas como línguas de fogo, que pousaram sobre cada um deles [dos Apóstolos], ficando todos repletos do Espírito Santo" (At. 2,3-4).
E, nesse momento, o Corpo tão maravilhosamente desenhado por Jesus durante três pacientes anos aflorou subitamente à vida.
O Corpo Vivo levanta-se e começa a sua expansão.
Nasceu a Igreja de Cristo!
Fonte: A Fé explicada.
Depois veremos: O que é um ser humano?
Depois veremos: O que é um ser humano?
sábado, 26 de novembro de 2011
Igreja Católica - Parte I
São João da Cruz nos diz:
" Guiemo-nos, pois, pela doutrina de Cristo-homem, de sua Igreja e seus Ministros,e por este caminho, humano e visível, encontraremos remédios para nossas ignorancias e fraquezas espirituais, pois pra todas as necessidades aí se acha abundante remédio"
Fonte: A Fé explicada. - Padre Léo Trese.
*******
O Espírito Santo e a Igreja.
Ao se instruir um possível converso, normalmente se ensina sobre o significado do perfeito amor a Deus, explica-lhe o que quer dizer um ato de contrição perfeita. Ainda que esse converso deva esperar meses até receber o Batismo, não há razão para que viva esse tempo em pecado. Um ato de de perfeito amor a Deus - que inclui o desejo de se batizar-se - purifica-lhe a alma antes do Batismo. Com certeza a alegria de seu coração já é enorme, mas este converso, se aliviará muito mais e se alegrárá tanto quanto , ao receber o sacramento, porque até este momento, não podia ter a certeza de que seus pecados estavam perdoados.
Por muito que nos esforcemos por fazer um ato perfeito de amor a Deus, nunca poderemos estar certos de te-lo conseguido. Mas quando a agua salvífica lhe é derramada sobre a cabeça o neófito passa a ter a certeza de que Deus veio a ele. A paz da alma, a gozosa confiança que esta certeza proporciona, é uma das razões pelas quais Jesus Cristo instituiu uma Igreja visível.
As graças que Ele nos adquiriu no Calvário, podia te-las aplicado a cada alma direta e invisivelmente, sem recorrer a sinais externos ou cerimonias. No entanto, como conhecia a nossa necessidade de uma segurança visível, preferiu canalizar as suas graças através de símbolos sensíveis.
Cristo instituiu os Sacramentos, para que pudéssemos saber: quando, como e que espécie de graça recebemos. E uns sacramentos visíveis necessitam de um agente visível no mundo, que os guarde e distribua. Este agente visível que é a Igreja instituída por Jesus Cristo.
A necessidade de uma Igreja não se limita, evidentemente, à guarda dos sacramentos. Ninguém pode querer os sacramentos senão os conhece. Como ninguém pode crer em Cristo se antes não lhe falaram dEle. Pra que a vida e a morte de Cristo não sejam em vão, tem que existir uma voz viva no mundo que transmita os ensinamentos de Cristo através dos séculos. Deve haver uma voz audível, deve haver um porta-voz visível, cuja autoridade todos os homens de boa vontade possam reconhecer. ...e tem!
A necessidade de uma Igreja não se limita, evidentemente, à guarda dos sacramentos. Ninguém pode querer os sacramentos senão os conhece. Como ninguém pode crer em Cristo se antes não lhe falaram dEle. Pra que a vida e a morte de Cristo não sejam em vão, tem que existir uma voz viva no mundo que transmita os ensinamentos de Cristo através dos séculos. Deve haver uma voz audível, deve haver um porta-voz visível, cuja autoridade todos os homens de boa vontade possam reconhecer. ...e tem!
Conseqüentemente, Jesus fundou a sua Igreja não só para santificar a humanidade por meio dos sacramentos, mas, antes de tudo, para ensinar aos homens as verdades que Jesus Cristo ensinou, as verdades necessárias à salvação. Basta um momento de reflexão para nos darmos conta de que, se Jesus não tivesse fundado uma Igreja, até mesmo o nome de Jesus Cristo nos seria hoje desconhecido.
Porém, não nos basta ter à nossa disposição a graça dos sacramentos visíveis da Igreja visível, nem nos basta ter a verdade proclamada pela voz viva da Igreja docente. Precisamos também saber o que devemos fazer por Deus; necessitamos de um guia seguro que nos indique o caminho que devemos seguir de acordo com a verdade que conhecemos e as graças que recebemos.
Da mesma maneira que seria inútil para os cidadãos de um país ter uma Constituição se não houvesse um governo para interpreta-la e faze-la observar mediante uma legislação adequada, o conjunto da Revelação cristã precisa de uma instância que o interprete de modo apropriado.
Como fazer-se membro da Igreja e como permanecer nela? Quem pode receber este ou aquele sacramento, quando e como?
Como fazer-se membro da Igreja e como permanecer nela? Quem pode receber este ou aquele sacramento, quando e como?
Quando a Igreja promulga as suas leis, responde a perguntas como essas, cumprindo sob Cristo o seu terceiro dever, além de ensinar e santificar: governar.
Conhecemos a definição clássica da Igreja como a" congregação de todos os batizados, unidos na mesma fé verdadeira, no mesmo sacrifício e nos mesmos sacramentos, sob a autoridade do Sumo Pontífice e dos bispos em comunhão com ele”.
Depois continuamos
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