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Quinta-feira, 24 de Outubro de 2013
24 de outubro de 2013Sem comentários
Marcos Luiz Garcia
Até algum tempo atrás podíamos ver meninos correndo de um lado para o outro numa brincadeira sadia e divertida. No mais das vezes eram heróis perseguindo bandidos para fazer justiça. Ao som de bang-bang epara-papá, nas mentes infantis ia se formando a noção do certo e do errado, além do direito de se defender do mal e de puni-lo.
Outros eram os tempos em que brinquedos inocentes como bonecos de cowboys, cavaleiros e soldados, espadas, cavalos e “armas” eram os mais desejados pelos pequenos, e, ganhá-los meritoriamente através do bom comportamento e das boas notas na escola deixava pais e filhos felizes.
Num país de maioria católica como o nosso, nunca passou pela cabeça de sacerdote ou bispo algum condenar tal brincadeira, pois a consciência católica se matinha tranquila em face desse antigo costume. Mas a mentalidade moderna inverteu o que até então servia de modelo para as crianças.
No lugar de heróis perseguindo o mal, deparamo-nos com brinquedos monstruosos para fazer o papel de heróis, sem nenhum predicado moral dos antigos cavaleiros e cowboys. A propaganda e a TV se encarregam de impor aos jovens brinquedos que misturam sensualidade e monstruosidade, removendo assim a noção do bem, do belo e do feio juntamente com a inocência e a pureza.
Basta visitar alguma loja de brinquedos para ver como muitas bonecas se parecem mais commulheres públicas, e como muitos brinquedos provocam mais medo que os antigos filmes de terror. Mais uma vez, procura-se apagar a noção natural de defesa, seja de si mesmo, da família ou da nação.
A antipática proibição da venda de armas de brinquedo – aliás, ignorando o sonoro NÃO sufragado em referendo sobre o desarmamento – acarretará um verdadeiro vácuo na formação da mentalidade dos novos brasileiros, que se concretizará numa incapacidade de se defender dos bandidos.
A quem aproveita isso senão aos próprios bandidos? Nossos filhos estão crescendo num mundo onde roubar e matar tornou-se corriqueiro, e todos estão instruídos a não reagir diante da perda da carteira e até da ameaça de perder a vida. Será que a proibição no Distrito Federal da venda de armas de brinquedo atende aos anseios da população?
Ao visitar algumas lojas de brinquedos antes do dia das crianças, pude comprovar que os mais destacados nas prateleiras – e os mais procurados pelos pais – eram justamente as “armas”… Quererá o governo petista nos impor mais esta despótica política?
Caso afirmativo, só os bandidos lucrarão, pois nossos filhos e netos serão formados segundo a mentalidade de que roubar e matar é a coisa mais fácil do mundo, uma vez que as pessoas estão preparadas para não reagir e ver seus bens ou suas vidas se escoarem vilmente sem a menor resistência. No que isso difere de uma escravidão?
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(*) Marcos Luiz Garcia é colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)
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