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Nova publicação em Luciano Ayan
Fonte: O Globo (citado no blog Perca Tempo)
Se houvesse correlação de fato entre tendência política autodeclarada e escolha nas eleições, não haveria espaço para a esquerda no Brasil
A classificação de ideologias pelos termos "direita" e "esquerda", inspirados na localização física dos blocos conservador e revolucionário na Assembleia Nacional durante a Revolução Francesa, no final do século XVIII, nem sempre consegue ser fiel à realidade. E cada vez menos.
O fim do "socialismo real", com a implosão da União Soviética, provocada por suas próprias contradições — como explicaria um marxista — embaralhou ainda mais as coisas. O populismo chavista é de direita ou de esquerda? Vargas, saudado pela esquerda, namorou o Terceiro Reich nazista e o fascismo de Mussolini. A lista de aparentes paradoxos é extensa. A situação fica também confusa quando se pergunta, hoje, ao eleitor brasileiro em que ponto cardial ele se situa no mapa da ideologia, e se cruza a informação com a intenção de voto de cada um. É o que o Datafolha fez na última pesquisa eleitoral, segundo a "Folha de S.Paulo".
Há um enorme desencontro entre a autodeclarada posição ideológica e a opção de voto. Um exemplo é a presidente Dilma Rousseff, do PT, símbolo da esquerda, receber 39% dos votos dos que se dizem de direita, mais que o tucano Aécio Neves (24%), considerado candidato direitista pela militância do PT.
Se houvesse uma correlação lógica entre ideologia autodeclarada e eleição, os partidos e candidatos ditos de esquerda não teriam vez. Afinal, 49% do eleitorado brasileiro se consideram de "centro-direita" e "direita", contra apenas 30% de "esquerda" e "centro-esquerda".
Há várias possibilidades de análise, como a que questiona a capacidade de a grande massa da população se qualificar entre direita e esquerda. Mais ainda nestes tempos de geleia geral ideológica. Pode ser, ainda, que, dada a baixa qualidade da educação política em geral, o voto seja, na sua essência, destinado a quem, em troca, concede ao eleitorado melhorias de qualidade de vida — emprego, aumentos salariais, inflação baixa. Independentemente do posicionamento ideológico do governante.
Por trás de tudo, há, ainda, uma estrutura partidária distorcida, sem legitimidade e, portanto, de baixa qualidade de representação. Dos 32 partidos, dos quais 24 com bancadas no Congresso, poucos têm uma postura ideológica com alguma definição clara.
A grande maioria é de legendas nanicas, usadas no balcão de negociatas político-eleitorais. Como a legislação é leniente, há uma excessiva pulverização de partidos, especializados em negociar, literalmente, a cessão de tempo na propaganda gratuita em TV e rádio, a moeda de troca do baixo clero.
Os partidos políticos brasileiros não contribuem, então, para o aprimoramento político-ideológico do eleitorado, nem de espaço de formulação de efetivas propostas de governo e poder. São apenas meio de vida, às vezes escuso. Um dos reflexos deste quadro de mediocridade está nesta pesquisa da Datafolha.
Meus comentários
O editorial é interessante, embora no começo propague a fraude tradicional da esquerda de dizer que o fascismo é "de direita", assim como seria o nazismo. Já demoli este engodo mais de uma vez. (Aqui e aqui estão apenas alguns exemplos)
Porém, o texto falha ao não conseguir identificar o detalhe que faz com que a direita, mesmo com a maior preferência do eleitorado (e é assim no mundo todo), tenha muito menos votos do que a esquerda, chegando ao ponto de não ter sequer um candidato concorrendo às eleições presidenciais.
Se olharmos a estratégia gramsciana de forma mais cirúrgica, encontramos a resposta. Gramsci descobriu antes de Konrad Lorenz que em períodos críticos do desenvolvimento das crianças e jovens, percepções podem ser mais facilmente alteradas, mesmo que não sejam compreendidas racionalmente pelos indivíduos a terem seu comportamento modificado.
A conquista de corações, para a conquista das mentes (de forma não percebida pela "vítima" dessa conquista) é feita através de um conjunto de inserções, que funcionam muito bem, pois zumbis da esquerda são criados em quantidade industrial tanto na educação fundamental (com as cartilhas do MEC), como em universidades de humanas. Essa é a essência da estratégia gramsciana, baseada em criar uma legião de esquerdistas através de lavagens cerebrais, a partir do trabalho de professores desde o ensino fundamental.
Essa legião de doutrinados irá buscar posições onde influenciem opiniões, após sairem da faculdade. Outros continuarão dando aula, para manter a esteira de produção de zumbis de esquerda girando. Mesmo que as ideias esquerdistas sejam auto-destrutivas para nossa civilização, isso não importa, pois os novos reflexos condicionados passam por baixo da camada de racionalização da mente humana.
Tudo isso não seria muito crítico não fosse a complexa malha de truques usados pela esquerda para obtenção de poder político. O problema não é termos uma legião de esquerdistas doutrinados, mas sim uma legião de esquerdistas que, após doutrinados em usinas de lavagem cerebral marxista, saem em campo com um sem número de truques, a maioria deles ainda imperceptíveis pela maioria daqueles de direita.
É por isso que esquerdistas conseguem maquiar suar propostas, vencendo a guerra política, usando o controle de frame, dominando a arte da propaganda, e tendo no bolso uma série de rotinas fraudulentas. E todas estas fraudes contam pontos para eles, quando deveriam tirá-los do jogo. Isso ocorre quando a direita não percebe essas fraudes sendo praticadas. Ou seja, quase sempre. Não é fácil descobrir como eles conseguem angariar votos até de eleitores da direita. E com um detalhe adicional: mesmo que a maioria do eleitorado seja de direita, ainda assim a maior parte deles está com seu senso comum infectado por algumas ideias de esquerda, em maior ou menor nível.
Mais do que nunca, o eleitorado de direita do Brasil clama de forma subconsciente para que a direita consiga jogar o jogo político. Mesmo que a neutralização parcial da estratégia gramsciana seja trabalhosa (e demorará ao menos uma geração para gerar frutos), ainda há algo a ser feito neste momento, que é o desmascaramento público das fraudes dos esquerdistas, pois este é o recurso principal em seu modelo de atuação.
O que precisamos, então, é casar a vontade do povo brasileiro com a execução uma uma estratégia política de fato pela direita brasileira, e isso independe de partidos. Pelo contrário, começa em ações de grupos não associados oficialmente a políticos. Eu estou fazendo a minha parte, em nome do desejo do povo brasileiro. Quantos mais pessoas fizerem a sua, melhor.
Lembremos que nem todos precisam criar blogs, ou conteúdo novo. A mera divulgação de memes contra a esquerda, ou mesmo o desmascaramento de esquerdistas em caixas de comentários em blogs ou até sites de grande porte como UOL, Terra e outros. Tudo isso faz parte de uma ação política que deve ser executada de forma estratégica.
lucianohenrique | 19 de outubro de 2013 às 7:25 pm | Tags: direita, esquerda, estratégia gramsciana, guerra cultural, guerra política, jogo político, marxismo, marxismo cultural, política | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7jM
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