Lourdes e suas aparições
Posted: 16 Oct 2013 01:30 AM PDT
Santa Bernadette em foto de 18 outubro de 1864
Pelo fim da tarde do mesmo dia (25-02-1858) em que Nossa Senhora apontou a fonte milagrosa, um policial se apresentou na masmorra onde morava a família Soubirous.
— O Senhor Procurador Imperial pede para Bernadette Soubirous apresentar-se agora à tarde às 18 horas.
Santa Bernadette foi com sua mãe que, inteiramente em prantos, pediu para ser acompanhada pelo primo Sajous.
O Procurador Imperial Vital Dutour morava a 300 metros da masmorra e logo foi pondo para fora o homem que vinha com as duas mulheres.
— Você é seu pai?
— Não, seu tio e dono da casa onde ela fica.
— Entrai, Bernadette e sua mãe. Você aguarda aqui!
E fechou a porta.
O interrogatório foi conduzido como fazem os delegados.
Bernadette não ficou intimidada pela função do Procurador, nem pelo aparato da Justiça.
Com método e autoridade, ele começou fazendo as perguntas de praxe com as quais ele pega os delinquentes.
Mas as respostas de Bernadette deixavam-no desorientando. Ele começou a perder o fio do interrogatório, a ponto de não conseguir enfiar a pena no tinteiro.
Bernadette ria, vendo-o errar o tinteiro.
Ele esgotou todos os meios para detectar a fabulação, a exaltação, o interesse e outras amolações clássicas na matéria. Então tentou fechar o caso com o argumento de autoridade.
O Procurador Imperial Vital Dutour
esgotou todos os recursos para fazê-la desistir
— Tu vais me prometer de não mais voltar à gruta.
— Eu prometi a ela que iria quinze dias.
— Essa promessa feita a uma dama que ninguém vê não vale nada. É preciso que te abstenhas.
— Eu sinto muita alegria quando a vejo.
— A alegria é má conselheira, é preferível que escutes as religiosas, que te falaram ser uma ilusão.
— Eu sou arrastada por uma força irresistível.
— Então, se eu te meto no cárcere, o que farás?
— Bom, se eu não posso, então não irei.
O Procurador tentou a última intimidação.
— Digam para o delegado que venha pegar esta moça para passar a noite na prisão.
A mãe começou a chorar. Estava de pé havia duas horas, ao lado de Bernadette, que também estava de pé e começou a cambalear.
— Ali tem duas cadeiras, podem sentar.
A mãe sentou-se, mas Bernadette sentou-se no chão.
Ouviram-se pancadas nas janelas. Os vizinhos se acumulavam na porta e protestavam. O Procurador começou a tremer, sua mão já não acertava mais no tinteiro.
Por fim todos saíram. Quando Bernadette voltou à masmorra por volta das nove da noite, sua amiga Dominiquette Cazenave a aguardava na porta.
— Então, tu confessaste?
— Sim, eu lhe disse a verdade. Eles falam mentiras. Quando não se escreve bem, não se risca o escrito? O senhor Procurador ficava riscando o que tinha escrito.
Ela ria.
— Ah! Como és criança – disse-lhe a mãe.
A narração de Bernadette logo tomou proporções fantásticas na população de Lourdes. O tremor do Procurador virou mal de São Vito; seus rabiscos eram como grandes cruzes que ele se viu obrigado a desenhar no papel. E ainda se contou por toda a cidade que naquela noite as velas acenderam sozinhas na casa de Bernadette.
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