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"A nossa era é de decadência da religião (e, espero, renascimento). Nossos contemporâneos, especialmente os que se inclinaram para a religião popular, têm frequentemente reduzido a fé à concordância com frases de propaganda desprovidas de significado. Ao presumir a realidade de essências e seres cuja existência não pode ser verificada pela experimentação científica, um número demasiado grande de pessoas liberou-se de qualquer senso de responsabilidade pelo assunto, entregando essa responsabilidade a um Deu vago, o qual, segundo lhes disseram, existie e se ocupa Ele mesmo dessas questões importantes. A pessoa comum deve ocupar-se, franca e completamente, de uma existência puramente secular: ganhar dinheiro, prazeres e sucesso. Suas prudentes excursões ao domínio do sagrado devem se limitar a umas poucas preces e a uns poucos gestos comunais, necessários à obtenção do auxílio divino para levar a bom termo os propósitos seculares. Essa "fé" é sem dúvida uma superstição moderna."
Thomas Merton, A experiência interior. São Paulo: Martins Fontes, 2007. p. 151
Postado por Fábio Graa
- Marcadores: Espiritualidade, Thomas Merton
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