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    domingo, 18 de maio de 2014

    [Catolicos a Caminho] MÊS DE MAIO DE 2014 - MENÓRIAS DA IRMÃ LÚCIA (08) RETRATO DA JACINTA Som !

     











    • MÊS DE MAIO DE 2014 
    • MEMÓRIAS DA IRMÃ LÚCIA 




     

    (08)– RETRATO DE JACINTA Continuação 





    9 Amor aos pecadores. 



    A Jacinta tomou, tanto a peito os sacrifícios pela conversão dos pecadores, que não deixava escapar ocasião alguma. 

    Havia umas crianças, filhos de duas famílias da Moita, que andavam pelas portas a pedir. 

    Encontrámo-las, um dia, quando íamos com o nosso rebanho. 

    A Jacinta, ao vê-los, disse-nos : 

    - Damos a nossa merenda àqueles pobrezinhos, pela conversão dos pecadores ? 

    E correu a levar-lha. 

    Pela tarde, disse-me que tinha fome. 

    Havia ali algumas azinheiras e carvalhos. 

    A bolota estava ainda bastante verde, no entanto disse-lhe que podíamos comer dela 

    O Francisco subiu a uma azinheira para encher os bolsos, mas a Jacinta lembrou-se que podíamos comer da dos carvalhos, para fazer o sacrifício de comer a amarga. 

    E lá saboreámos, aquela tarde, aquele delicioso manjar ! 

    A Jacinta tomou este por um dos seus sacrifícios habituais. 

    Colhia as bolotas dos carvalhos ou a azeitona das oliveiras. 

    Disse-lhe um dia : 

    - Jacinta, não comas isso, que amarga muito. 

    - Pois é por amargar que o como, para converter os pecadores. 

    Não foram só estes os nossos jejuns. 

    Combinámos, sempre que encontrássemos os tais pobrezinhos, dar-lhes a nossa merenda; e as pobres crianças, contentes com a nossa esmola, procuravam encontrar-nos pelo caminho. 

    Logo que os víamos, a Jacinta corria a levar-lhes todo o nosso sustento desse dia, com tanta satisfação, como se não lhe fizesse falta. 

    Era, então, o nosso sustento, nesses dias : pinhões, raízes de campainhas (é uma florzinha amarela que tem na raiz uma bolinha do tamanho duma azeitona), amoras, cogumelos e ums coisas que colhíamos na raiz dos pinheiros, que não me lembro agora como se chamam; ou fruta, se a havia perto, em alguma propriedade pertencente a nossos pais. 

    A Jacinta perecia insaciável na prática do sacrifício. 

    Um dia, um vizinho ofereceu a minha Mãe uma boa pastagem para o nosso rebanho; mas era bastante longe e estávamos no pino do Verão. 

    Minha Mãe aceitou o oferecimento feito com tanta generosidade e mandou-nos para lá. 

    Como havia perto uma lagoa, onde o rebanho podia ir beber, disse-me que era melhor passarmos lá a sesta, à sombra das árvores. 

    Pelo caminho, encontrámos os nossos queridos pobrezinhos e a Jacinta correu a levar-lhes a esmola. 

    O dia estava lindo, mas o sol era ardente; e naquela pregueira árida e seca, parecia querer abrasar tudo. 

    A sede fazia-se sentir e não havia pinga d'água para beber ! 

    A princípio, oferecíamos o sacrifício com generosidade pela conversão dos pecadores; mas, passada a hora do meio-dia, não se resistia. 

    Propus, então, aos meus companheiros, ir a um lugar, que ficava cerca, pedir uma pouca de água. 

    Aceitaram a proposta e lá fui bater à porta duma velhinha que, ao dar-me uma infusa com água, me deu também um bocadinho de pão que aceitei com reconhecimento e corri a distribuir com os meus companheiros. 

    Em seguida, dei a infusa ao Francisco e disse-lhe que bebesse. 

    - Não quero beber – respondeu. 

    - Porquê ? 

    - Quero sofrer pela conversão dos pecadores ! 

    - Bebe tu, Jacinta ! 

    - Também quero oferecer o sacrifício pelos pecadores ! 

    Deitei, então, a água em a cova duma pedra, para que a bebessem as ovelhas e fui levar a infusa à sua dona. 

    O calor tornava-se cada vez mais intenso. 

    As cigarras e os grilos juntavam o seu cantar ao das rãs da lagoa vizinha e faziam uma grita insuportável. 

    A Jacinta, debilitada pela fraqueza e pela sede, disse-me, com aquela simplicidade que lhe era habitual : 

    - Diz aos grilos e às rãs que se calem ! Dói-me tanto a minha cabeça ! 

    Então o Francisxco perguntou-lhe : 

    - Não queres sofrer isto pelos pecadores ? 

    A pobre criança, apertando a cabeça entre as mãzinhas, respondeu : 

    - Sim, quero, deixa-as cantar. 



    John
    Nascimento









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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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