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    domingo, 20 de outubro de 2013

    [Catolicos a Caminho] LITURGIA DA PALAVRA - 29o DOMINGO COMUM - C Som !

     












    É de aconselhar que se leia primeiro toda a Liturgia da Palavra.

    29º DOMINGO COMUM - ANO C !



    A Liturgia da Palavra deste 29º Domingo Comum – C, aponta para o valor da Oração como um clamor que nasce da nossa Pobreza.

    O tempo de expectativa pela última Vinda de Cristo é o tempo de Fé e de Oração.

    - "Quando o Filho do homem vier, encontrará fé sobre a terra?". (Lc.18,8).

    Fé e Oração estão intimamente unidas.

    Se é verdade que para orar é preciso crer, também não é menos verdade que para crer é necessário orar.

    A Oração feita com perseverança é expressão e alimento da Fé em Deus.

    O dirigir-se a Deus explicitamente é um acto de fé n'Ele, como Pessoa sempre presente e distinta de qualquer outra realidade.

    Para orar é preciso fazer silêncio para ouvir a Deus.

    A Oração de súplica é um verdadeiro acto de verdade e de fé, porque quem ora, sobretudo para pedir, acredita que Deus pode ouvir e tem poder para conceder.

    A oração cristã, antes de ser palavra que implora, é silêncio profundo para ouvir a acolher em si a Palavra de Deus.

    A 1ª Leitura, do Livro do Êxodo, da forma com o é descrita a luta entre Amalecitas e Judeus, particularmente o vai-vém de uma certa supremacia, de um para o outro lado, conforme Moisés orava ou não ao seu Deus, dá-nos uma ideia de uma prece mágica, se analisarmos o acontecimento sem nos reportarmos primeiro ao condicionalismo histórico, geográfico, cultural e religioso de então.

    - "Moisés, Aarão e Hur subiram ao cimo da colina. Enquanto Moisés tinha as mãos levantadas, Israel levava a melhor. Mas, quando as deixava cair, os Amalecitas tinham vantagem".(2ª Leitura).

    Apesar destes condicionalismos daquele tempo, nós colhemos de Moisés uma lição de confiança no Senhor, e ainda a certeza de que o Senhor não salva o homem sem o seu contributo, que, neste caso, é a oração, por meio da qual nos vem o auxílio do Senhor, como proclama o Salmo Responsorial :

    - "O nosso auxílio vem do Senhor, que fez o Céu e a Terra".

    Na 2ª Leitura, S. Paulo, na 2ª Epístola a Timóteo, diz-lhe a ele e hoje também a todos nós como mensageiros da Evangelização, que é preciso mantermo-nos firmes na doutrina que aprendemos na Sagrada Escritura.

    Na Bíblia encontramos descrita a História da Salvação humana desde o seu início até à realização total, em Jesus Cristo.

    Ela ajuda-nos a bem entendermos os acontecimentos do nosso dia-a-dia, projectando luz sobre eles.

    - "Mantém-te firme na doutrina que aprendeste e da qual adquiriste a certeza, pois conheces as pessoas com quem aprendeste. Tu sabes desde pequenino, as Sagradas Letras; elas podem-te dar a sabedoria que leva à salvação, pela fé em Cristo Jesus".(2ª Leitura).

    Divulgar esta Palavra, divinamente inspirada, é o conselho de S. Paulo ao discípulo Timóteo e a cada um de nós.

    Disponhamo-nos, portanto, à leitura frequente dos Livros Sagrados, acompanhando também a oração e reflexão comunitária que nos é proposta em cada domingo na Liturgia da Palavra.

    O Evangelho é de S. Lucas que, apresentando um episódio de uma viúva que insistia no seu pedido, nos recomenda que a oração, para ser agradável aos olhos de Deus, deve ser humilde, feita com muita fé e perseverança.

    - «É certo que eu não temo a Deus, nem respeito os homens. Uma vez, porém, que esta viúva me incomoda, vou fazer-lhe justiça, para que não venha moer-me indefinidamente». (Evangelho).

    Orar não é violentar a Deus, nem Deus Se incomoda com a nossa impertinência em pedir, como aquele juiz.

    É antes o reconhecimento da nossa dependência d'Ele, e da nossa insuficiência e pequenez.

    A perseverança da viúva, ao exigir repetidamente do juiz a justiça a que tinha direito, é exemplo claro para as palavras de Jesus quando disse :

    - "Escutai o que diz o juiz iníquo" !...

    A oração de súplica é sinal de confiança em Deus.

    Quando temos a certeza de que uma pessoa nos quer bem realmente, pedimos-lhe tudo de que necessitamos e que é bom, com espontaneidade e facilidade.

    S. João define a fé como "crer no amor de Deus por nós".

    Quem crê tem uma confiança tão grande no seu Deus, que Lhe pede tudo com simplicidade e se entrega a Ele com confiança.

    A parábola do juíz iníquo e da viúva persistente ensina-nos a necessidade de orar sem desanimar, mesmo que o Senhor tarde e pareça que não quer ouvir as nossas súplicas.

    O argumento de Jesus é simples : se um juiz mau termina por ceder à viúva, quanto mais Deus, que é justo, atenderá o nosso pedido de auxílio.

    A súplica cristã não é um pedido de intervenção imediata de Deus, não é uma fórmula mágica que resolve os problemas, mas adere e aceita a liberalidade e a paciência de Deus.

    Noutro trecho do Evangelho de Lucas, Jesus diz-nos que Deus nos dará, não tanto o que pedimos, mas o Espírito Santo para compreendermos o significado daquilo que nos compete e para sermos suas testemunhas :

    - "Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai dará o Espírito Santo aos que lhe pedem".(Lc,11,13).

    O modelo da oração de súplica é a da oração de Jesus no Getsemani :

    - "Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua".(Lc.22,42).

    Aquele que crê não pretende obrigar a Deus a fazer a vontade própria, utilizar a Deus para realizar os seus desejos, mas obter a graça de conformar a sua vontade com a vontade de Deus.

    Só Deus sabe qual é verdadeiramente o nosso melhor bem.

    A oração de súplica, quando autêntica, é fonte de energias para começarmos a fazer aquilo que pedimos.

    Por exemplo, orar pela paz, leva a começarmos a empenharmo-nos pela paz; orar para que cessem os sofrimentos leva-nos a ajudar quem sofre...

    Por isso a nossa perseverança na súplica, nunca nos aliena, mas aumenta a nossa responsabilidade.

    A nossa perseverança é uma garantia para o cumprimento do plano da História da Salvação.

    ...............................

    • Diz o Catecismo da Igreja Católica :

    2566. – O homem anda à procura de Deus. Pela Criação, Deus chama todo o ser do nada à existência. «Coroado de glória e esplendor»(Sl.8,6), o homem é, depois dos anjos, capaz de reconhecer «que o nome do Senhor é grande em toda a Terra» (Sl.8,2). Mesmo depois de, pelo pecado, ter perdido a semelhança com Deus, o homem permanece como ser criado à imagem do seu Criador. Conserva o desejo d'Aquele que o chamou à existência. E todas as religiões testemunham esta busca essencial do homem. 
    2567. – Mas é Deus que primeiro chama o homem. Muito embora o homem esqueça o seu Criador ou se esconda da sua face, corra atrás dos ídolos ou acuse Deus de o ter abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incansavelmente cada pessoa ao misterioso encontro da oração. Esta diligência amorosa do Deus fiel antecipa-se sempre, na oração, e a diligência do homem é sempre resposta, à medida que Deus se revela e revela o homem a si mesmo, a oração ressalta como um apelo recíproco, um drama de aliança. Através das palavras e dos actos, este drama compromete o coração, e manifesta-se através de toda a História da Salvação.

    2613. – S. Lucas transmite-nos três parábolas principais sobre a oração:

    A segunda, a da «viúva importuna» está centrada numa das qualidades da oração : é preciso orar sem cessar, com a paciência da fé. «Mas o Filho do Homem, quando voltar, achará porventura a fé sobre a Terra?»




    Orar é fazer um acto de fé... Deus vem ao nosso encontro...


















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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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