lucianohenrique publicou: " O Imprensa Cristã, um site (até onde eu sei) voltado a cristãos, publicou a seguinte matéria Ação de ateus consegue a proibição de distribuição de Bíblia nas escolas. Não vou entrar no mérito da questão, até por que eu defendo o estado laico e vejo"
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O Imprensa Cristã, um site (até onde eu sei) voltado a cristãos, publicou a seguinte matéria Ação de ateus consegue a proibição de distribuição de Bíblia nas escolas.
Não vou entrar no mérito da questão, até por que eu defendo o estado laico e vejo que, nesta notícia, os neo-ateus jogaram o jogo corretamente, inclusive praticando a regra alinskyana de fazer o adversário sucumbir pelo seu próprio livro de regras. Veja este ponto da matéria: "Ateísta militante, Chouinard procurou a direção do distrito escolar e pediu para dar aos alunos um livro ateu que compara Deus ao Papai Noel e afirma que a Bíblia "está cheia de erros". Diante da recusa das autoridades escolares, Chouinard entrou com um processo na justiça canadense."
Basicamente é um "se ele não pode, entendo que eu não posso, mas se ele pode, então eu posso". Aliás, se os teístas usassem essa regra, poderiam vencer o movimento LGBT, pois "se eles podem criticar o estilo de vida cristão, então os teístas podem criticar o estilo de vida LGBT". Fica a dica.
Mas não é isso que me importa na notícia, como já disse, pois não quero discutir o mérito da questão, mas a dinâmica de como funciona uma vitória política na Internet.
Na primeira imagem temos uma conscientização feita por Eric Fernando (leitor deste blog), mas a interação de um neo-ateísta logo em seguida, usando um truque de inversão de tempo para dizer que os religiosos hoje são culpados por mortes causadas pela Inquisição séculos atrás. Repare no uso do termo "vocês". É por isso que eu digo que eles sabem jogar o jogo. (Não que isso se aplique a Eric, claro, mas à maioria dos participantes da guerra virtual pelo lado da direita)
No restante da imagem, vemos que a atuação neo-ateísta segue marcando espaço por jogar o jogo político. Ao mesmo tempo em que misturam comemorações de vitória e provocações de parquinho, também demonstram uma confiança que funciona estrategicamente para que eles ao mesmo tempo motivem seu exército e desanimem o exército oponente.
O que vemos acima é que a participação dos neo-ateus (em uma página cristã) é muito mais ativa, e seus militantes são muito mais motivados. Sendo assim, a vitória para eles está garantida. Ao menos na marcação de espaço na caixa de comentários desta matéria em questão, eles já ganharam.
A única forma de equilibrar o jogo seria explicar para os cristãos que isso se trata de guerra política, e não de um confronto de ideias. E como alguém quer ganhar uma guerra se não apresenta um décimo da disposição para a luta que o oponente?
Quando alguém perguntar-lhe: "Por que esquerdistas, humanistas e neo-ateístas conseguem o que querem?". Essa é a resposta que devemos prover: "Você já respondeu. É por que eles querem."
Este é o começo da conscientização imperativa para a obtenção de qualquer resultado. Todo o resto vem depois.
lucianohenrique | 13 de outubro de 2013 às 12:19 am | Tags: arte da guerra, estratégia política, guerra de posição, guerra política, guerra virtual, jogo político, neo-ateísmo, neo-ateístas, redes sociais, sun tzu | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7hY
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