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Fonte: Brasil247
Certamente como nenhum outro cidadão brasileiro, Fábio Luís Lula da Silva tem sido vítima, nos últimos anos, de frequentes boatos na internet. O filho do ex-presidente Lula já foi apontado como sócio do frigorífico JBS, o maior do País, dono de um jatinho com valor estimado em US$ 50 milhões, o que faria do aparelho o mais caro do Brasil, e proprietário de uma grande fazenda na região Centro-Oeste, descrita, também, como uma das maiores joias do agronegócio nacional.
Com a aproximação das eleições presidenciais de 2014, os boatos contra Lulinha cresceram em intensidade. Pelo menos cinco blogs e um site tornaram-se especialistas em divulgar notícias falsas sobre aquisições, que teriam sido feitas por ele, de bens de alto valor.
O próprio ex-presidente Lula chegou a declarar publicamente que telefonara para a direção da JBS para que a empresa negasse, oficialmente, a participação de seu filho no bloco acionário da companhia. Agora, é Lulinha quem quer saber quem está assacando contra a sua honra.
A partir de informações colhidas por seus advogados, Lulinha conseguiu que um inquérito policial fosse aberto na 78ª Delegacia de São Paulo, no bairro do Jardim Paulista. Ali, a delegada Victoria Lobo Guimarães já expediu ordens formais para que os responsáveis pelos blogs e site que veiculam os boatos contra ele compareçam para prestar informações e esclarecimentos.
"Meu cliente está cansado de ser vítima desse bulliyng eletrônico, feito com a manifesta intenção de atacar a sua honra", disse ao 247 o advogado Cristiano Zanin Martins, da banca Teixeira, Martins e Advogados. "Um do efeitos colaterais dessa boataria é, claramente, prejudicar também os demais membros de sua família".
Os boatos contra Lulinha chegaram a tal ponto que, atualmente, em grandes cidades como São Paulo já se pode escutar de motoristas de táxi a garantia de que o filho do ex-presidente tornou-se um dos homens mais ricos do País.
A prestigiada revista Forbes, dois meses atrás, publicou notícia em que registra que nem ele nem seu pai são bilionários. O esclarecimento se fez necessário para responder a uma dúvida de uma leitora, que escrevera para a redação motivada pelo que lia na internet sobre Lulinha.
Em 247, o colunista Davis Sena Filho publicou artigo, em agosto, ironizando a situação criada contra Lulinha pela onda de boatos. Para mostrar o patrimônio atribuído ao filho do ex-presidente, ele publicou uma série de fotos de bens caríssimos, como uma limousine, um transatlântico e até mesmo um ônibus espacial, além de um manto real e um hambúrguer gigante (aqui), para mostrar o padrão dos exageros.
- Meus comentários
Ninguém duvida que a Internet seja uma fonte de informações falsas, algumas delas mentiras deliberadas. Por outro lado, também sabemos que se o filho de Lula não é bilionário, ao menos tem muito a explicar sobre o seu enriquecimento.
O que me importa aqui é julgar a falta de senso de proporções. Se realmente as informações falsas sobre a fortuna do filho de Lula incomodam tanto à família dele, e isso já é motivo para ações policiais, então existem motivos iguais para que os difamadores da Igreja Católica e da liderança evangélica na Internet sejam investigados da mesma forma. Até por que, se a apenas o filho de Lula não pode ser vítima de mentiras na Internet, estaríamos então provando a falta de proporção na aplicação de direitos.
O mesmo direito que o filho de Lula tem de não ser vitimado por informações falsas na Internet, a Igreja Católica e os líderes evangélicos também possuem. Senão teríamos que reconhecer que Lulinha recebe, certamente como nenhum outro cidadão brasileiro, proteção injustificada.
Sendo assim, sempre que alguém disser que Marco Feliciano "falou que os negros são amaldiçoados" (quando na verdade ele falou sobre o continente africano), temos que cobrar uma ação da Polícia Federal aí. Da mesma forma quando alguém disser que o trono em que o Papa se senta é de ouro maciço (quando na verdade é de madeira, apenas coberto em bronze), também temos que cobrar uma ação da Polícia Federal.
Eu até acho que devemos ter um nível de tolerância, mas, a partir do momento em que o filho de Lula estabelece a regra de que "informação falsa na Internet ativa a Polícia Federal", então pau que bate em Chico deve bater em Francisco.
lucianohenrique | 13 de outubro de 2013 às 3:08 am | Tags: esquerda, esquerdismo, Fábio Luís Lula da Silva, guerra política, internet, judicialismo político, lulinha, marxismo, socialismo | Categorias: Outros | URL: http://wp.me/pUgsw-7ii
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