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    quarta-feira, 7 de maio de 2014

    [Catolicos a Caminho] PARTIR DO PÃO - EUCADRISTIA PARA A SANTIFICAÇÃO (001) RESPEITO E DIGNIDADE Som !

     











    PARTIR DO PÃO 




    EUCARISTIA PARA A SANTIFICAÇÃO 




    (001) – RESPEITO E DIGNIDADE! 


    Afirmar que a Eucaristia é inútil é um atentado sacrílego contra a Presença Real e uma negação do Mistério da Redenção. 

    Todavia, todos aqueles que se não santificam absolutamente nada apesar de receberem a Eucaristia frequentemente, na prática, tornam para si inútil a Eucaristia, e aqueles que a recebem sem as devidas disposições, cometem mesmo um grave Sacrilégio. 

    Nestas circunstâncias, e em vista da nossa própria santificação, é oportuno fazer esta pergunta : 

    - Qual a nossa resposta ao Mistério da Presença Real ? 

    Da nossa fé e do nosso "sentimento" da Presença Real deve surgir espontaneamente a "reverência" ou sentimento de respeito; mas, mais ainda, o sentido da ternura por Jesus no Sacramento. 

    Este é o mais delicado e pessoal sentimento que as palavras, sejam elas quais forem e venham donde vierem, nunca podem destruir. 

    S. Francisco de Assis, que tem sido apontado muitas vezes como o nosso Mestre da devoção à Eucaristia, nas suas reflexões, tem-nos mostrado estes sentimentos. 

    O seu coração mostrava-se inundado pelos sentimentos de reverência e ternura, e, numa carta aos clérigos, a respeito do Corpo de Cristo, ele escreveu, inundado do maior respeito, ternura e reverência : 

    - «Aqueles que são responsáveis por este Sagrado Mistério, e especialmente aqueles que estão encarregados de o guardar, deviam realizar que o cálice, o corporal e outros panos do altar em que o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo são oferecidos em sacrifício, devem ser convenientemente apropriados. E, todavia, muitos clérigos guardam o Santíssimo Sacramento em lugares inconvenientes, transportam-no sem a devida reverência, recebem-no indignamente, ou dão-no a toda a gente sem distinção... Seguramente, nós não podemos ficar imóveis e indiferentes perante estas faltas de respeito; no seu amor, Deus entrega-se a Si próprio, nas nossas mãos; nós tocamo-l'O e recebemo-l'O todos os dias nos nossos lábios. Porventura já nos esquecemos de que um dia havemos de cair nas Suas mãos, e que por isso nos devemos corrigir destes abusos ?». (Escritos 101). 

    S. Francisco sentia-se inundado de piedade e ternura perante Jesus Sacramentado, como se sentiu também inundado de ternura pelo Jesus do Belém, do Presépio. Ele sentiu-O sem ajuda, incarnado na humanidade, especialmente humilde. 

    Para S. Francisco, Ele foi sempre o mesmo Jesus, vivo e real, e não apenas uma abstracção teológica. 

    A Eucaristia, é a maior das responsabilidades da história da Igreja. A Eucaristia faz a Igreja e sem Igreja não há Eucaristia. 

    A Igreja é responsável por muitas coisas : A sã doutrina, a humanidade, a cultura, os tesouros da arte... 

    Mas tudo isto são pequenas responsabilidades, comparadas com o significado da realidade do Corpo e Sangue do Salvador que são o preço do nosso resgate. 

    No princípio da Cristandade, a chamada "Disciplina do segredo" (Disciplina arcani), esteve em força. 

    Não se podia falar da Eucaristia irreflectidamente ou com leviandade, e muito menos mostrá-la indiscriminadamente a toda a gente. 

    Mesmo os convertidos eram apenas introduzidos no mistério da Eucaristia uma semana depois do seu baptismo : como neófitos e não como catecúmenos. 

    Era um momento pelo qual eles esperavam ansiosamente, pelo segredo que a rodeava. 

    Hoje, os tempos são outros, dizemos nós, e nós estamos admirados porque é que se guardava então a Eucaristia com tantos cuidados. 

    Seria apenas medo ou simples receio de uma profanação dos pagãos ? 

    Este medo existiu, mas no coração era realmente um sinal de veneração e duma maravilhosa religiosidade perante a proximidade e intimidade com Deus. 

    Na Eucaristia, Jesus está escondido aos nossos olhos, mas realmente presente no coração e na fé, não na forma mas no espírito, não por perigo e medo de profanação (embora esse perigo ainda exista), mas para nossa santificação. 

    Mas há sobretudo muita ignorância ou um mal entendido sobre o Mistério da Presença Real, pelo que muitos cristãos ainda não sentiram a necessidade de dar a sua resposta de modo a não tornar inútil a Eucaristia. 

    A Igreja docente, acomodou-se, e, perante a quantidade das pessoas que se abeiram do Corpo e Sangue de Cristo, não adverte na falta da qualidade da sua preparação nem explica quem é que não está em condições de comungar. 

    Banalizou-se de tal modo o mistério da Presença Real que se perdeu o seu sentido, o seu significado e as suas exigências. 

    Os Sacerdotes deviam consciencializar-se, antes de mais, de que são eles que diariamente têm nas suas mãos, recebem e distribuem o Corpo e Sangue de Cristo, são os "guardas", encarregados pela Igreja para garantirem o respeito e a adoração devidos ao Corpo e Sangue de Cristo, para que a reverência acompanhe sempre a familiaridade. 

    E não esqueçam os ministros da Comunhão, que são também co-responsáveis pelo respeito e dignidade com que devem receber e distribuir a Comunhão, convencidos de que o devem fazer com a maior dignidade, de modo não tornar inútil a Eucaristia, mas a colocá-lo no seu próprio lugar de Santificação pessoal. 



    John

    Nascimento 












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    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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