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    quarta-feira, 14 de maio de 2014

    [Catolicos a Caminho] O PARTIR DO PÃO Som !

     











    • O PARTIR DO PÃO... 





    - "Tomou, então, o pão e, depois de dar graças partiu-o...". (Lc.22,17).

     




    A Liturgia da Palavra de hoje – 5 de Abril e 2ª-Feira da 3ª Semana da Páscoa – A, volta a falar-nos no milagre da Multiplicação dos pães, como protótipo da Eucaristia, e no significado do Partir do Pão. 

    Na sua Epístola aos Romanos, S. Paulo escreveu : 

    - "Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais os vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus; este é o culto racional que Lhe deveis prestar".(Ro.12,1). 

    Estas palavras lembram irresistivelmente as palavras de Jesus na Última Ceia : 

    - "Isto e o Meu corpo, que vai ser entregue por vós". (Lc.22,19). 

    Portanto, quando S. Paulo nos exorta a oferecer os nossos corpos como um sacrifício, é como se dissesse a cada um de nós : 

    - Tu, também, faz o que Jesus fez, tu, também, torna-te uma eucaristia para Deus !. Ele ofereceu-Se a Si mesmo a Deus como um sacrifício de suave odor; tu oferece-te a ti mesmo como um sacrifício vivo aceitável a Deus! 

    É o próprio Jesus, e não apenas o Apóstolo, que nos exorta a fazer isto. 

    Quando Jesus, logo após a instituição da Eucaristia, dissse : -"Fazei isto em Minha memória".(Lc.22,19), não disse apenas "fazei exactamente o que Eu fiz, repeti este mesmo ritual", mas as Suas palavras têm este sentidio: - "fazei essencialmente o que Eu fiz, oferecei os vossos corpos como sacrifício, como vistes que Eu fiz". 

    Foi, aliás, isto o que João escreveu : 

    - "Dei-vos o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também". (Jo.13,15). 

    Mas há ainda algo mais impressionante e mais apaixonante nas palavras de Jesus, como nos relata ainda S. Paulo : 

    - "...Como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora sejam muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo.".(1 Cor.12,12). 

    É como se Jesus nos tivesse dito : 

    - "Deixai-Me oferecer ao Pai o Meu "corpo todo"; não deixeis que Eu Me Ofereça só a Mim próprio ! Portanto, completai o que ficou incompleto no meu oferecimento: fazei a minha alegria perfeita !. 

    Vamos, pois, considerar o momento da consagração da Eucaristia a uma nova luz, pelo que nós agora sabemos, segundo escreveu Santo Agostinho : 

    - "É também o nosso mistério que é celebrado no Altar". 

    Para verdadeiramente celebrar a Eucaristia, nós devemos também "fazer" o que Jesus "fez". 

    Mas o que é que Jesus fez naquela noite ? 

    Acima de tudo Jesus cumpriu ou realizou uma acção : partiu o Pão ! 

    Todas os relatos do Novo Testamento a respeito da Instituição da Eucaristia, dão uma especial ênfase a esta acção, de tal maneira que a Eucaristia ficou conhecida primitvamente como "O partir do Pão".(fractio panis). 

    Talvez não tivéssemos ainda compreendido o sentido desta acção. 

    Porque é que Jesus "partiu o pão?" 

    Seria apenas para poder dar um pedaço dele a cada um dos Apóstolos ? 

    Certamente que não. 

    Esta acção, primariamente, teve um sentido sacrificial a ser consumado entre Jesus e o Pai, não significando apenas, partilhar, mas também "imolar". 

    O Pão era Ele; partindo o Pão, Jesus parte-Se a Si mesmo, no sentido do que disse Isaías do Servo Sofredor : 

    - "Foi castigado pelos nossos crimes, esmagado pelas nossas iniquidades, o castigo que nos salvou pesou sobre Ele, foram curados nas Suas chagas".(Is.53,5). 

    Uma criatura humana, que é todavia o eterno Filho de Deus, "parte-Se" a Si mesmo perante Deus e isso significa que "obedece até à morte", para reafirmar que os direitos de Deus foram violados pelo pecado, para proclamar que Deus é Deus, e isso diz tudo. 

    S. João apresenta-nos também o sentido do prtir do pão, no discurso na sinagoga de Cafarnaum, depois da Multiplicação dos pães e também depois dos discípulos de Emaús, que reconheceram Jesus no partir do pão : 

    -"A obra de Deus é esta : que acrediteis n'Aquele que Ele enviou".(Jo.6,29). 

    Seria impossível exprimir por palavras a essência do acto interior que acompanha a acção do "partir do Pão". 

    Parece desagradável e cruel visto que é o acto supremo de louvor e de ternura, que alguma vez foi feito ou que alguma vez se fará na terra. 

    Quando, na consagração, o celebrante toma nas suas mãos a hóstia delicada e frágil e repete as mesmas palavras "partiu o pão...", deve sentir-se envolvido nos mesmos sentimentos que encheram o coração de Jesus na quele momento : como Ele sujeitou completamente a Sua vontade humana ao Pai, ultrapassando toda a resitência e repetindo para si mesmo estas palavras da Escritura : 

    - "Não quiseste sacrifício nem oblação, mas preparaste-Me um corpo. Os holocaustos e sacrifícios pelo pecado não Te agradaram. Então Eu disse : Eis que venho – como está escrito de Mim no livro – para fazer, ó Deus, a Tua vontade".(Heb.10,5-7). 

    O que Jesus deu aos Seus discípulos para comer é o pão da Sua obediência e o Seu amor ao Pai. 

    Cada um de nós, portanto, deve entender que o que Jesus "fez" naquela noite, nós devemos também fazer, acima de tudo, que é "partir-nos a nós mesmos, isto é, colocarmos perante Deus os nossos scarifícios, rebeliões contra nós ou contra os outros, submeter a nossa vontade e dizer "sim" a tudo o que Deus nos pede. 

    E se asssim fizermos, estaremos sem dúvida a fazer da Eucaistia um verdadeiro meio de santificação. 

    Talvez este significado do "Partir do Pão", nem sempre esteja presente quando vamos comungar, pelo que a Comunhão nem sempre seja para alguns de nós um "Meio de santificação". 

    Vamos tentar recolher e sentir o verdadeiro significado do Partir do Pão, ao ritmo de uma vez por semana – Quintas-Feiras – como reflexo da Última Ceia em que Jesus Instituíu a Eucaristia e, pela primeira vez realizou o verdadeiro Partir do Pão. 



    John


    Nascimento

     















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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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