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    sábado, 19 de maio de 2012

    Declaração preocupante de Lewandowski: “Julgamento do mensalão ocorrerá neste ano”. Neste ano???


    Blogs e Colunistas
    Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)
    18/05/2012
    às 22:46

    Declaração preocupante de Lewandowski: “Julgamento do mensalão ocorrerá neste ano”. Neste ano???

    Muito preocupante a declaração de Ricardo Lewandowski, minitro revisor do processo do mensalão. Leiam o que informa Evandro Fadel, no Estadão Online. Comentarei nesta madrugada.
    O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revisor da ação penal sobre o mensalão, garantiu nesta sexta-feira, 18, em Curitiba (PR), que o processo será julgado ainda este ano. “Este ano ainda julgaremos. A expectativa é não só dos ministros, mas da sociedade e também minha”, acentuou.
    Para que isso ocorra, Lewandowski declarou que tem trabalhado “intensamente”. “A equipe de meu gabinete está praticamente toda dedicada a isso”, reforçou. “Quanto mais cedo puder julgar é melhor. Estamos trabalhando para ser o mais rápido possível.”
    O ministro ponderou, no entanto, que tem muitos outros trabalhos além do processo do mensalão, e que trabalha às noites e fins de semana. “No meu gabinete há o processo que envolve a CPI do Cachoeira, tem muita coisa para fazer”, afirmou, durante o Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral.
    Mais tarde, a ministra Cármen Lúcia, que também participou do evento, disse que está pronta para o julgamento. “Da minha parte, estarei habilitada a votar na hora em que ele for colocado em pauta”, garantiu. “Nós somos servidores e queremos dar respostas o mais rápido possível.” Ela reforçou que está “estudando há algum tempo” o processo, assim como seus colegas.
    No entanto, disse que não tinha como prever uma data, visto que dependeria do relator, ministro Joaquim Barbosa, que já o entregou ao revisor, Ricardo Lewandowski, e, finalmente, do presidente do STF, ministro Ayres Britto, colocar em pauta.
    Segundo Cármen Lúcia, a demora deve-se ao fato de que não é comum ações penais serem apreciadas no STF, além do que há 38 réus e mais de 600 testemunhas. “É um processo longo”, ponderou. “Se fosse (julgado) em primeira instância, o juiz talvez não tivesse todo o aparato necessário para chegar a esse julgamento.”
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 22:42

    Justiça quebra sigilo bancário e fiscal de ex-presidente do TJ-SP

    Por Fausto Macedo, no Estadão Online:
    SÃO PAULO - A Justiça decretou nesta sexta-feira, 18, a quebra do sigilo bancário e fiscal do desembargador Antonio Carlos Vianna Santos, ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Vianna Santos ocupou o cargo em 2010 e morreu em 26 de janeiro de 2011, no exercício da função. A devassa é extensiva à advogada Maria Luiza Pereira Vianna Santos, viúva do magistrado. Ambos tinham conta conjunta.
    O juiz Adriano Marcos Laroca, da 8.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, autorizou o acesso aos dados confidenciais do desembargador e de Maria Luiza, acolhendo integralmente os termos do requerimento apresentado pelo Ministério Público, que investiga suposto esquema de venda de sentenças na gestão Vianna Santos como mandatário máximo do TJ paulista, maior corte estadual do País. A investigação é conduzida pela Procuradoria Geral de Justiça. Relatos indicam que lobistas, empresários e advogados tinham trânsito livre na cúpula do TJ.
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 22:38

    Staff de Dilma tentou convencer manifestantes da Unifesp a não usarem nariz de palhaço

    Por Cristiane Nascimento, no Estadão Online:
    A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação Aloizio Mercadante participariam nesta sexta-feira, 18, da inauguração de dois novos prédios da Unifesp no campus Diadema. A visita, no entanto, foi adiada de última hora. Segundo a assessoria da Presidência, as mudanças aconteceram meramente por “questões de agenda”.
    Muitos dos professores e alunos da instituição não foram avisados a tempo sobre o cancelamento da visita se prepararam para a inauguração, mas foram impedidos de entrar. “Demos com a cara na porta”, disse uma docente da universidade. Juntos, eles se preparavam para uma manifestação pacífica, na qual entregariam uma carta ao ministro.
    Segundo a professora, os assessores da presidente se reuniram com alunos e docentes durante a semana e tentaram convencê-los a não irem à cerimônia vestidos de preto e com narizes de palhaço - a caracterização reforçaria a adesão dos dois grupos à Campanha Nacional de Reestruturação da Carreira Docente.”Eles nos diziam que as fotos do dia seguinte, produzidas pela imprensa, poderiam ficar feias.”
    Mesmo diante do cancelamento da solenidade, a diretoria do campus recebeu deputados e o prefeito de Diadema, Mário Reali. Segundo a assessoria da Unifesp, não houve tempo hábil para que a estrutura já montada fosse desfeita, o que inclui a presença dos convidados externos e o serviço do coquetel.
    Greve
    Os professores do câmpus Diadema decidiram em assembleia realizada na última quinta-feira, 17, entrar em greve por tempo indeterminado. A paralisação é parte de um movimento nacional dos docentes das universidades federais deflagrada esta semana em dezenas de instituições.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 22:29

    Lula vai fazer campanha eleitoral antecipada em favor de Haddad no “Programa do Ratinho”. É o caso de acionar a Justiça Eleitoral, não?

    Vejam como são as coisas. O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) imprimiu num jornal as fotos de Sérgio Cabral em Paris, e a Justiça Eleitoral mandou recolher: “propaganda eleitoral antecipada”. Luiz Inácio ApeDELTA da Silva vai ao programa de Ratinho, no SBT, como parte da estratégia para tornar Fernando Haddad um nome conhecido. Sozinho, a gente já sabe do que é capaz o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo: 3%.
    A Justiça Eleitoral só atua quando provocada. E nesse caso? Um jornal pode ser recolhido antes de chegar ao público. Qualquer punição a um programa de TV só pode ser aplicada depois de ir ao ar. Mas Lula vai mesmo fazer propaganda antecipada? Leiam o que informa a Folha Online. Volto depois.
    *
    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na próxima terça-feira (22) do “Programa do Ratinho”, transmitido ao vivo pelo SBT às 21h15. A entrevista de Lula ao apresentador Carlos Massa faz parte da estratégia do partido para dar visibilidade a Fernando Haddad, pré-candidato do PT a prefeito de São Paulo. Principal cabo eleitoral de seu ex-ministro da Educação, Lula deve aproveitar a ocasião para turbinar sua campanha. O petista aparece na última pesquisa Datafolha, de março, com 3% das intenções de voto. Seu principal adversário, o tucano José Serra, tem 29%. Lula é a principal esperança do PT para alçar Haddad.
    Na pesquisa, 44% dos eleitores disseram que o apoio declarado do ex-presidente poderia levá-los a escolher o candidato. O índice é superior ao dos principais apoiadores de Serra, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (PSD), com poder de influência sobre 31% e 14%, respectivamente. Por isso, Lula intensificará sua atuação em prol de Haddad. Um dia antes do “Programa do Ratinho”, o ex-presidente levará o pré-candidato à Câmara Municipal em evento em que será homenageado. Nos dias seguintes, dará entrevistas a rádios. Nesta semana, Lula já apareceu ao lado de Haddad nos programas do PT na TV e, nesta sexta (18), visitou a exposição “Guerra e Paz” ao lado dele e da presidente Dilma Rousseff.
    Encerro
    Acho que tudo está aí. Algo mais?
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 21:58

    Justiça Eleitoral manda recolher jornais do PR-RJ, ligado a Garotinho, com fotos de Cabral em Paris. Decisão de jeito de censura, cara de censura, corpo de censura, membros de censura…

    Não tenho nem nunca tive a menor simpatia pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Também não me alinho com aqueles que consideram que “inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Ainda que me alinhasse, não seria o caso porque não é assim que vejo o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), ou qualquer outro político. Deixei isso muito claro quando começou aquela cascata ridícula contra Belo Monte — o tal movimento, ou algo assim, “Gota d’Água”. Não é porque aquela gente criticava os petistas que eu entrei na onda. Afirmei, então, que críticas obscurantistas ao PT não me serviam. Do mesmo modo, eventuais críticas obscurantistas a Cabral — político pelo qual não tenho a mais remota admiração — também não me interessam. Posto isso, vamos adiante.
    A Constituição Brasileira veta qualquer forma de censura. O Supremo Tribunal Federal revogou o que restava da Lei da Imprensa — aliás, uma outra, pautada pela democracia, se faz necessária porque pistoleiros estão fazendo mau uso do vazio legal. Apontei esse risco quando o Supremo tomou aquela decisão, Não é crítica de agora. Não sou petralha oportunista. Os arquivos estão aí. Atenção! “Recolher jornais”, sob qualquer pretexto, viola a Constituição.
    Não obstante, aqui e ali, sob o pretexto de aplicar a lei que regula eleições, a Justiça Eleitoral se coloca no lugar de censora. Já fez isso em São Paulo em 2010, quando panfletos impressos pelos católicos recomendando voto em candidatos que fossem contrários ao aborto foram recolhidos. Tratou-se de um caso escandaloso de autoritarismo. Houve pessoas detidas só porque estavam com um daqueles papéis na mão. Quem recorreu à Justiça Eleitoral foi o PT. O texto nem sequer mencionava o nome do partido. Leiam agora o que informa a Folha Online. Volto em seguida.
    *
    A Justiça Eleitoral determinou a apreensão de todos os exemplares de jornais do PR do Rio, sigla comandada pelo deputado Anthony Garotinho, com fotos do governador Sérgio Cabral (PMDB) e três secretários estaduais em festas com empresários em Paris. A juíza da 192ª zona eleitoral Ana Paula Pontes Cardoso considerou, em sua decisão, que a publicação é propaganda eleitoral extemporânea. Ela aponta ainda que o jornal atribui “atos ilícitos a membros” do PMDB, o que pode ser considerado crime, segundo o Código Eleitoral. O jornal publicou as fotos divulgadas por Garotinho em seu blog durante a viagem oficial de Cabral a Paris em setembro de 2009.
    O material, diz a decisão liminar, “visa a promover o partido representado [PR] em detrimento do representante [PMDB], o que revela sua natureza de disputa, e por consequência, de propaganda com fins eleitorais, o que extrapola os limites da propaganda partidária”. O PR recorreu da decisão, alegando que a publicação faz críticas políticas e não promove qualquer pré-candidato do partido, o que configuraria propaganda antecipada. O secretário-geral do partido no Rio, Fernando Peregrino, disse que foram impresso entre 20 mil e 30 mil exemplares, todos recolhidos por oficiais de Justiça na sede da sigla. Garotinho também foi condenado a retirar informações publicadas sobre as empresas do secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, e de sua mulher, Inês Helena Fernandes. Ele diz que ainda não foi notificado sobre a decisão.
    Voltei
    Vamos ver.
    Não li os jornais. Escrevo sobre o que circula por aí. Os jornais do PR falam, por acaso, algo como: “Não votem em Cabral em 2014 (porque, que eu saiba, ele não é candidato a nada em 2012)? Em princípio, duvido. Um partido se apresentar como melhor do que o outro me parece coisa normal, não? O que a juíza queria? O contrário é que não seria possível.
    As fotos tornadas públicas, convenham, são de interesse mais do que público. Goste-se ou não de Garotinho (e eu, por exemplo, não gosto), ele prestou um favor à transparência. Ou não? Dada a realidade do país, era o caso de evidenciar a intimidade de Sérgio Cabral  com Fernando Cavendish? Quanto há contratos de mais de R$ 1 bilhão entre sua construtora e o governo do Rio, acho que sim!
    “Ah, mas o jornal relaciona o caso com o PMDB e tal…” Bem, Cabral é do PMDB, não é mesmo? Candido Vaccarezza que o diga! Vou ver se consigo um exemplar do jornal apreendido. Pelo que veio a público até agora, parece-me que a Justiça Eleitoral está atuando como censora de novo, ao arrepio da Constituição, a exemplo do que se viu em 2010, com aqueles panfletos impressos por católicos sobre o aborto.
    E isso, definitivamente, não é bom!
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 21:19

    Torpedo de Vaccarezza para Cabral está sendo comparado à “Dança da Pizza” de deputada petista, em 2006

    O torpedo enviado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), com a mensagem de sentido inequívoco, já está sendo comparado à “Dança da Pizza”, protagonizada pela então deputada federal petista Angela Guadagnin no dia 23 de março de 2006. Ela comemorava a absolvição do deputado João Magno (PT-MG), que recebeu R$ 426 mil (e não R$ 476 mil) do esquema de Marcos Valério. Ele se livrou da cassação pelo seguinte placar: 207 votos contra, 201 a favor, 5 brancos, 3 nulos e 10 abstenções.
    Ela ficou tão feliz com a impunidade do colega, mas tão feliz, que não se conteve. Relembrem.

     
    Seis anos depois, em outra CPI, com os petistas de sempre fazendo o que sempre fazem quando aliados seus enfrentam dificuldades, temos Vaccarezza. Angela não conseguiu se reeleger deputada federal em 2006. Em 2008, candidatou-se a vereadora em São José dos Campos e se elegeu com 4.329 votos.
    Cuidado, Vaccarezza! Se fosse em Dois Córregos, não seria eleito de jeito nenhum!!!
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 20:10

    Zé Dirceu, acreditem!, já se apresenta como o sucessor de Lula; por isso precisa desesperadamente ser absolvido no Supremo. Isso explica a tramoia contra a imprensa, o Judiciário e a Procuradoria-Geral da República

    Mandam-me aqui um link de um desses delírios que andam por aí. Não é de todo imprestável. Trata-se de um site que funciona como porta-voz do José Dirceu — uma coisa, assim, de parceria mesmo, semelhante à relação entre Carlinhos Cachoeira e a Delta…
    O texto trata José Dirceu como o homem mais importante do PT depois de Lula!!! Como não sai nada ali que não conte com a aprovação do Zé, isso é que ele pensa de si mesmo e o que anda espalhando na praça.
    Viram só? Acreditem em mim! No dia 11 deste mês, publiquei aqui um post intitulado “José Dirceu, acreditem!, prevê massas nas ruas se for condenado pelo STF!!! Ou: na raiz da pantomima do Zé está a briga pelo espólio do PT. A lenta sucessão no partido já começou“. Nesse texto, eu indagava por que Lula e Dirceu estavam tão desesperados para centrar fogo na imprensa e melar o processo do mensalão. E respondi (volto depois):
    “Lula e Dirceu se uniram nessa batalha por motivos diferentes. O primeiro não quer que seu governo fique com a marca de ter protagonizado o maior escândalo da história republicana. Se for superado, será pelo próprio petismo - algo me diz que, bem investigada, as relações do governo federal com a Delta pode disputar o primeiro lugar. Lula já reescreveu o passado, fez com o presente o que bem quis - porque boa parte da crítica política houve por bem suspender o juízo - e agora pretende aprisionar o futuro. Tem alma de ditador, mas contida por uma institucionalidade que nunca foi de seu agrado. De todo modo, está de olho na história.
    Dirceu não! Dirceu está mesmo é de olho num, como direi, futuro mais próximo, que já começa a ser presente.  Lula, é fato, perdeu muito de seu vigor. Ainda que venha a recobrar  a saúde possível, já não é mais aquela força da natureza. Poucos se deram conta de que o PT começa a ensaiar os primeiros passos da sucessão - não sucessão formal, claro! Esta é irrelevante. O partido começa a dar os primeiros passos em busca da nova força unificadora. A máquina é gigantesca, e esse é um processo muito lento.”
    Voltei
    Viram só? O Zé já se apresenta como o sucessor de Lula. Afinal, o que acontece com o “mais importante” depois do primeiro quando esse primeiro começa a sair de cena?
    O Zé sabe que, para que isso seja possível (não que seja fácil; há setores do próprio petismo que o abominam), ele não pode contar com o peso de uma condenação nas costas. A primeira condição é não ser um condenado. Daí a campanha de difamação contra a imprensa, o STF e a Procuradoria-Geral da República.
    Tudo está mais claro que nunca! E, vocês sabem, descobri primeiro, certo?
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 19:31

    A divulgação do salário dos servidores e o debate errado

    Uma questão que não chega lá a ter grande importância, dado o conjunto da obra, mas leitores me pedem que faça um comentário a respeito. Serei breve. É claro que sou favorável a que se tornem públicos os salários dos funcionários… públicos.
    “Ah, mas é uma invasão de privacidade”… Olhem: eu tenho certas opiniões sobre essas questões que deixam algumas pessoas irritadas, eu sei, mas não posso fazer nada a não ser dizer o que penso. O “patrão”, por assim dizer, de um servidor, permanente ou em caráter temporário (contratado para um cargo de confiança), é o conjunto da população. Sabemos quanto ganha um governador, um presidente da República e um ministro do Supremo: por que a regra não valeria para os demais?
    Sim, claro, sabemos o salário de Dilma, por exemplo, mas ignoramos o custo (portanto, ganho indireto) dos múltiplos benefícios de que ela dispõe por força do cargo. Se quiser, pode passar quatro anos (que, acho, serão oito…) sem gastar um tostão. Casa, comida e roupa lavada estão garantidas — e não é errado que assim seja. Assim, seu salário, obviamente, é muito maior, na prática, do que os R$ 26.700 (brutos). Ainda que ela possa gastar um tanto por mês para comprar coisinhas de uso pessoal, dá para guardar, depois de todos os descontos, uns “quinzão” por mês… Ao fim do ano, é uma boa poupança. Ao fim de quatro, uma poupança e tanto — caso emplaque oito, como tudo indica…
    Também parlamentares e ministros do Supremo, por exemplo, gozam de benefícios que lhes permitem economizar bem mais do que nós, os mortais comuns. Assim, querem alguns que a decisão de tornar públicos os salários tem um lado demagógico, já que as vantagens dos graúdos não estariam precificadas.
    Bem, meus queridos, o que dizer? Eu apoio, sim, a divulgação do salários dos servidores públicos, de todos, e acho que é preciso começar uma campanha, então, para aumentar a transparência. Vamos começar a reivindicar que sejam tornado público o custo do… homem público! Vamos sair da lógica ruim para a boa: em vez de se afirmar “ou tudo ou nada”, que se peça “tudo”.
    Penso o que penso… Já me manifestei aqui contrário, por exemplo, a greves de servidores e de trabalhadores que prestam serviços públicos, ainda que de empresas privadas, porém concessionárias. Que busquem outras formas de protesto. Ninguém é obrigado a ser um servidor. Trata-se de uma escolha. Feita, o profissional tem de saber que está mais sujeito a controles do que um trabalhador da iniciativa privada.
    De resto, é bom que se conheça a realidade salarial do funcionalismo. Ajudará a acabar com certos mitos — entre eles, o de que a categoria ganha mal. Aqui e ali, até pode ser. No geral,  dada a realidade salarial do país, situa-se muito acima da média do que paga o setor privado.
    Vamos corrigir os males da transparência com mais transparência? Vamos, então, exigir o acesso a todos os benefícios dos funcionários que estão do topo da administração dos Três Poderes, em vez de ficar reclamando que só os peixes pequenos terão sua vida exposta.
    De resto, a lei, se aplicada como deve, vai nos permitir saber os expedientes a que recorrem muitas autoridades e homens públicos para receber muito acima do teto estabelecido por lei.
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 18:34

    Agência Brasil corrige texto pela segunda vez, mas faltou a admissão explícita do erro

    Escrevi dois posts sobre erros publicados pela Agência Brasil (aqui e aqui). Na primeira versão de uma reportagem, reproduzindo afirmação falsa que circula nos blogs sujos, informava-se que jornalista da VEJA havia prestado depoimento à CPI dos Bingos! Nunca aconteceu! Na segunda versão, ao fazer a correção, deu-se curso a outra informação falsa, esta passada pelo gabinete do senador Fernando Collor: o jornalista teria prestado depoimento à CPI da Loterj. Também é mentira. Nem os blogs sujos nem Collor são boas fontes quando o assunto é VEJA. Ademais, a verdade está devidamente registrada em páginas sérias da Internet. A Agência Brasil corrigiu também essa segunda versão, eliminando a segunda mentira. Louvo o esforço, mas foi insuficiente. Noto que falou algo que me parece essencial, que já fiz aqui em meu blog várias vezes: ADMITIR O ERRO!!! E tem de ser sem subterfúgios e expedientes oblíquos: “A Agência Brasil errou ao informar que jornalista da VEJA prestou depoimento à CPI do Bingos e à CPI da Loterj. Isso não aconteceu”. E ponto! Aliás, a Agência Brasil fez isso no caso do Pinheirinho. Não sei qual foi a dificuldade desta vez, envolvendo justamente outro órgão de imprensa.
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 17:47

    Bem-vinda de volta, Lucy!!!

    lucy
    Lembram-se de “Lucy_in_sky_”, aquele perfil no Twitter usado por um robô, conforme informou reportagem da VEJA desta semana, para espalhar palavras de ordem daquela gente estranha? Pois é… Tão logo o truque veio a público, desapareceu do ar. A “pessoa” por trás do apelido teria ficado tão magoada, mas tão magoada!, que resolveu cair fora. Os petralhas começaram a acusar a minha crueldade e truculência com uma suposta pobre senhora de 59 anos, que só estava interessada em se expressar! E eu nem sou o autor da reportagem!
    Eu… O Verdugo de perfis no Twitter!!! Chegaram a dizer que o apelido começou a sofrer ameaças físicas!!! Como isso seria possível? Não tenho a menor ideia.
    Num movimento absolutamente previsível, houve a ressurreição! O perfil está de volta. A “pessoa” ainda está muito chocada, sabem?, machucada mesmo, mas está aí, sobrevivendo na rede.  Olhem que coisa fofa, emocionada mesmo:
    “ter deixado o Twitter naquele momento de bombardeio me deu a serenidade que me possibilitou ver a importancia desse espaço (cont)
    pra mim, e também que não havia motivo pra fazê-lo, uma vez que não estou cometendo nenhum delito. Estou apenas exercendo (cont)
    direito meu: o da cidadania. Quero porém, continuar a exercê-lo como fiz até agora: do meu jeito. Não quero (cont)
    representar lado nenhum nem de ninguém, quero apenas ter o direito de representar apenas a mim mesma, o que não é pouca coisa(cont)”
    Uma nuvem de lágrimas insiste em escurecer-me a razão com a emoção. Nunca antes na história do Twitter um “nickname” foi tão… gente, gente!!!
    Atenção! As duas primeiras fases das minhas previsões já foram cumpridas. Agora falta a terceira, que é inventar um rosto para esta senhora. Tem de ser, assim, uma dona de casa com ar meio beato, porém de olhar firme, que só quer “participar” do debate, apesar do Reinaldo Azevedo, esse monstro que combate senhorinhas na rede…
    A quem essa gente acha que engana? Bem, engana os de sempre, não é?
    Estão furiosos porque o truque foi desmascarado e será cada vez mais. Tudo está dando errado. A tramoia contra a imprensa e a favor dos mensaleiros foi desmascarada.
    Até que não se cumpra a terceira fase da “construção de Lucy” — e como tenho certa dificuldade de dar um rosto a um apelido —, escolho como referência a Lucy mais famosa da história, aquele exemplar do sexo feminino do Australopithecus afarensis — ou melhor, pedaços do exemplar — encontrado na Etiópia. Seria uma prima nossa, que teria vivido há uns 3,2 milhões de anos. A imagem que se vê lá no alto é uma simulação de computador.
    Arqueólogos já tentaram desbancar Lucy muitas vezes, minimizando a importância da descoberta. Mas eu sou conservador. Já me afeiçoei à priminha…
    PS: Ah, sim! Os fascistas da rede não têm inteligência, humor, graça, nada… A quantidade de ofensas a que se dedicam e a que dão curso é um troço espantoso! Não seriam a expressão contemporânea do fascismo se assim não fosse. Estão chateados porque há milhões de pessoas furiosas com eles. Descobriram que estavam sendo enganadas por perfis falsos e robôs. Quem participa das redes sociais, ainda que por intermédio do mundo virtual, gosta de pessoas reais.
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 16:53

    O Metrô de SP — o discurso vergonhoso de Marta, que compara acidente no Metrô em SP a atentados terroristas de Madri e Londres. Que ninguém tome suas palavras como sugestão, não é mesmo?

    Fez muito bem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao reagir com indignação à exploração política vigarista que o PT está tentando fazer do acidente do metrô. É inacreditável! Os petistas agem como se estivessem satisfeitos com a ocorrência. Há um festival de declarações infelizes, ilações, acusações sem evidência. Nem mesmo conhecem ainda as razões do acidente. Trata-se, obviamente, de antecipação de campanha eleitoral. É natural que um partido de oposição faça críticas à administração de turno. Mas há um modo decoroso e um indecoroso de fazê-lo.
    Ontem, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), vice-presidente do Senado e exercendo a presidência interinamente, resolveu tomar a palavra para tratar do assunto. Não poderia ter descido mais baixo. Segundo ela, as cenas remetiam aos atentados terroristas ao metrô de Madri, em 2004, e ao de Londres, em 2005.
    É uma fala asquerosa! Ficaram feridas 49 pessoas em São Paulo — sem gravidade, felizmente! Na capital espanhola, morreram 198 pessoas, e houve 1.421 feridos; no da capital inglesa, foram 52 mortos e mais de 700 feridos. A comparação estúpida feita pela senadora demonstra muito bem qual é o intento dos petistas: caracterizar uma situação de inexistente caos na cidade e no estado para ver se consegue levantar os índices de Fernando Haddad.
    Marta não seria Marta não fossem essas ligeirezas irresponsáveis. Debatendo consigo mesma, naquela autossuficiência muito característica, afirmou, referindo-se à própria gestão: “Vão dizer: ‘ah, por que não investiu em metrô’?”. E ela se defendeu: porque veio depois da gestão Maluf/Pitta, pegou a prefeitura quebrada etc. Só se esqueceu de lembrar que também largou a Prefeitura quebrada, com dívidas de curto prazo de mais de R$ 2 bilhões e credores que faziam fila de dobrar o quarteirão.
    Marta quer fazer campanha eleitoral desde já? Então tá! Os tucanos deveriam levar ao ar, quando chegar a hora, a intervenção que esta senhora fez no Senado. Vamos ver o que acha o eleitorado de sua “grande sacada”. Ela parece não ter muita sensibilidade para lidar com a dor alheia. Afinal, está imortalizada na vida pública por aquela frase disparada logo depois de um acidente aéreo, convidando as pessoas a não interromper suas programações de férias: “Relaxa e goza!”.
    Que ninguém tome suas palavras irresponsáveis sobre o metrô como uma sugestão. Não custa lembrar que os atentados praticados em Madri contribuíram para eleger o governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero. E Zapatero contribuiu para levar a Espanha à falência — a exemplo do que fizeram todos os esquerdistas europeus…
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 16:13

    Vaccarezza tenta negar o óbvio: proteção a Cabral

    Na VEJA Online, por Carolina Freitas e Thais Arbex:
    O deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) tem uma árdua missão pela frente: explicar o inexplicável. Ele foi flagrado trocando mensagens de texto pelo celular com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), durante sessão da CPI do Cachoeira nessa quinta-feira.
    “Não tem nenhuma blindagem e a mensagem não tratava do Cabral na CPI. Não tem nenhuma proteção nem aos membros do PT nem do PMDB”, afirmou o deputado ao site de VEJA. “Eu estava conversando sobre a relação PT-PMDB. Há várias questões, de alianças políticas no Brasil inteiro, alianças eleitorais, várias coisas…”
    Correspondência privada
    Questionado sobre que motivo faria a relação entre os dois partidos aliados “azedar”, Vaccarezza saiu-se com os seguintes esclarecimentos: “Vai azedar, podia azedar… ali foi um momento de irritação meu. Eu não quero declarar. Isso é uma correspondência privada. Eu não vou contribuir para mostrar a outra parte da conversa. É uma correspondência privada entre duas pessoas.” Vale ressaltar: uma conversa privada entre duas pessoas com cargos públicos.
    Na argumentação de Vaccarezza, não há motivo para blindagem porque nada consta contra Cabral. “Não existe motivo de convocação nem de quebra de sigilo de Sérgio Cabral. A única acusação que fazem ao Cabral é um jantar dele em Paris com vários empreiteiros.” Só isso. “Cabral não foi sequer citado nas ligações gravadas pela Polícia Federal”, disse o deputado em relação aos telefonemas grampeados durante a Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira.
    As inocentes fotos a que se refere o deputado mostram um sorridente Cabral ao lado do ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish. Os dois são amigos íntimos. Durante a gestão do peemedebista, a empresa recebeu 1,5 bilhão de reais do governo fluminense. “Aquela foto foi editada, a dos lenços na cabeça. Aparece uma mão que ninguém sabe de quem é”, disse Vaccarezza. “Eu sei o que tem nas fotos inteiras, mas não vou falar também.”
    Desabafo
    Na noite desta quinta-feira, depois de o SBT divulgar a troca de mensagens, Vaccarezza desabafou em seu perfil no Twitter e afirmou que o SMS foi mandado em um “momento de irritação”. “Sou amigo do PMDB e nossas relações nunca serão azedadas. O SBT filmou uma troca de mensagens entre eu e o Cabral num momento de irritação”, postou o petista.
    “Não tem blindagem do Cabral. Não existe nenhuma citação telefônica, nem envolvimento do Cabral com o Cachoeira”, postou. “Afirmo que a CPMI vai investigar a organização criminosa do Carlos Cachoeira doa em quem doer”, afirmou, em outra mensagem.
    Espetacularização
    Vaccarezza divulgou nota nesta sexta enfatizando que não haverá blindagem na CPI e que os parlamentares investigarão “qualquer um que tiver relação com a organização criminosa de Carlos Cachoeira”. “Por outro lado, não vamos compactuar com a espetacularização ou com o esvaziamento da investigação”, disse.
    O deputado argumentou que o texto do SMS mostrado na reportagem do SBT refletia a preocupação dele com “tensionamentos pontuais” entre o PT e o PMDB. “Meu objetivo era deixar claro ao governador Sérgio Cabral que, apesar das discordâncias pontuais, a boa relação entre nossos partidos deve ser mantida”.
    Vaccarezza afirmou também que Cabral não foi citado nas gravações do inquérito que investiga o esquema de corrupção comandado por Cachoeira e que, por isso, não faz sentido falar em “blindagem”.
    Repercussão
    Nesta sexta-feira, o nome do petista está nos assuntos mais comentados no Twitter - chegou, inclusive, a ficar em primeiro lugar na manhã desta sexta-feira. A oposição ajudou a provocar o movimento. O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) foi um dos que usaram o seu perfil no microblog para criticar Vaccarezza. “CPI ñ é lugar de fazer devassa, diz Vaccarezza. Receio de pintar devassidão de amigos em Paris, com dinheiro público? Amizade singular, blindagem co$tumeira”, postou ele.
    Embora seja do PMDB, partido de Sérgio Cabral, o senador paranaense Roberto Requião também usou o Twitter para criticar o petista. “O SBT avacarezou a CPMI? CPMI em decúbito ventral, expõe para o país suas redondas abundâncias. Tudo avacarezado. CPMI carinhosa? Ou avacarezada?”. Em um outro post, Requião negou que exista uma tentativa de blindar Cabral. “Não Tem blindagem do Cabral. Não existe nenhuma citação telefônica, nem envolvimento do Cabral com o Cachoeira.”
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 15:44

    “Tantos mistérios pra desvendar/ nas manhãs que abrem teu coração”

    Da música “Cachoeira”, de Ronnie Von, um hit no iPod de alguns petistas:
    Tantos mistérios pra desvendar
    Nas manhãs que abrem teu coração
    Nesse teu corpo de mel e luar
    Cada dia semear a mais linda canção
    Pra colher as estrelas do céu
    Nesses teus olhos de mar e luar
    Teu amor é cachoeira
    Que levou meu coração
    Nas águas de um rio de sonhos
    Que desperta em tuas mãos
    Cada dia semear a mais linda canção
    Pra colher as estrelas do céu
    Nesses teus olhos de mar e luar
    Teu amor é cachoeira
    Que levou meu coração
    Nas águas de um rio de sonhos
    Que desperta em tuas mãos
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 15:00

    Da série “Diálogos Pertinentes”. Ou: Amor é fogo que arde sem se ver…

    De certo BlackBerry na Câmara para um governador:
    “Assim você me mata
    Ai, seu eu te pego, ai…”
    De um governador para certo BlackBerry na Câmara
    “Ai, ai, ai, ai, ai
    assim, você mata o papai…
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:55

    LEIAM ABAIXO

    “VOCÊ É NOSSO. NÓS SOMOS TEU. E O BRASIL É DA GENTE!” OU: PRENDAM OS MORDOMOS DE SEMPRE!;
    Vaccarezza para Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”;
    Agência Brasil reconhece que errou em notícia que cita a VEJA e, ao tentar corrigir o texto, erra de novo. Aguarda-se nova correção;
    Em gravações, Cachoeira acerta com um auxiliar e com um diretor da Delta negócios que ficariam no nome da construtora;
    Grupo de Cachoeira pediu ajuda a Protógenes, apontam gravações;
    “PT quer tirar casquinha” de acidente no metrô, diz Alckmin;
    Carona em jatinho de empresário complica Fernando Pimentel;
    Dilma manda divulgar salários do Executivo e causa reação nos Poderes;
    Comissão da Verdade: “Dilma deveria ter a modéstia de olhar para a frente”, diz general;
    Fala o presidente da ABI: Estão querendo intimidar a imprensa;
    “Não gostei”. Ou: Roxo de raiva!;
    Tablets - App “24 horas VEJA.com” vence Prêmio Oi Tela Viva Móvel;
    Bovespa tem a maior baixa desde setembro de 2011;
    Agência Brasil cai na esparrela do JEG e publica reportagem com informação errada sobre jornalista da VEJA. Aguarda-se a correção;
    A VERDADE SOBRE MAIS UMA FARSA — Jornalista da VEJA nunca foi testemunha de defesa de Cachoeira. Isso é apenas uma MENTIRA! Também nunca depôs na CPI dos Bingos! É outra mentira!;
    Rejeite a fantasia, fique com os fatos: Collor, mais uma vez, tenta intimidar a imprensa, mas maioria rejeita vendeta. Ou: O petista que não quer “devassar” a Delta, mas quer devassar a imprensa!;
    CPI do Cachoeira poupa Delta, governadores e políticos de investigação;
    COMISSÃO DA VERDADE: Quando a suposta dialética da história vira discurso esquizofrênico. Ou: A grande falha lógica do discurso de Dilma. Ou: Conteste se for capaz!;
    Sérgio Cabral decide fazer companhia a Simão Bacamarte na “Casa Verde”, sob o olhar atento de Machado de Assis, que acompanha tudo , ali na Cosme Velho;
    Ministério Público Federal abre inquérito para investigar venda da Delta;
    Quem negocia com bandido? Investigações da PF, do FBI e da Interpol sustentam que Collor recebeu Dossiê Cayman e que sua família pagou US$ 2,2 milhões por papéis fraudulentos;
    Por falar em sites e blogs de gente desonesta, e a história das 200 ligações?;
    Reinaldo Azevedo, o “tuitcida”. Ou: Quantos serão os idiotas que realmente caem na conversa do JEG?

    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:35

    “VOCÊ É NOSSO. NÓS SOMOS TEU. E O BRASIL É DA GENTE!” OU: PRENDAM OS MORDOMOS DE SEMPRE!

    Ontem, o senador Fernando Collor (PTB-AL), este Colosso de Rhodes da Moral e dos Bons Costumes, tentou armar um pampeiro tendo como alvo, pela enésima vez, a imprensa, a VEJA, aquelas obsessões de sempre do impichado ressentido, ora servindo de laranja de alguns petistas. Enquanto Collor queria pegar jornalistas (essa gente enxerida), Cândido Vaccarezza (PT-SP) mandava um torpedo para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB): “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”. Ontem foi o Dia Internacional Contra a Homofobia, mas nada de maldar (ou “bendar”…) as palavras carinhosas. Não era um caso de homoafetividade, mas de heteroafetividade política, entendem? Enquanto o PMDB e o PT estiverem unidos, nada de mau acontece à família. É, colegas, as coisas não estão se desenvolvendo conforme o planejado. O tiro está mesmo saindo pela culatra. Gosto que lembrem o que escrevi. Gosto também de lembrar o que escrevi. Não é arrogância, não! É apenas para deixar claro que o analista político estabelece um compromisso com o leitor. Ao fazê-lo, escolhe com quem quer falar. E eu, se me permitem, os quero. Parodiando Vaccarezza, “vocês são meus, eu sou de vocês” — com todo o respeito, é claro, e sem a Delta no meio, hehe. 
    Então vamos usar um pouco de memória para ver se aqueles acertos de ontem, que deixaram fora da CPI a Delta nacional, Fernando Cevendish e os governadores, surpreendem os leitores deste blog.
    No dia 1º de abril, escrevi aqui um texto intitulado A rede suja na Internet e a tentativa de melar o processo do mensalão e livrar a cara de José Dirceu“. Anunciava, então, de primeira, qual era o intento daquela turma. Escrevi:
    O objetivo é jogar lama na imprensa e no Judiciário para reforçar a tese de que o mensalão foi uma invenção. O próprio Lula, diga-se, este monstro da moral, chegou a afirmar, ainda na Presidência, que iria querer investigar a sério este assunto, sugerindo que era tudo uma trama da oposição. Como se a dinheirama assumidamente ilegal que circulou no partido jamais tivesse existido.”
    No dia 11 de abril, o texto era este: Lula entra na articulação da CPI e deixa claro que o objetivo não é punir corruptos, mas pegar a oposição. É mais uma contribuição sua para a miséria institucional brasileira“. E se lia então:
    Embora nomes de petistas apareçam no esquema do bicheiro — ontem à noite, caiu o chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, do DF — e a construtora Delta seja íntima do PT, o chefão do partido quer vingança. Acha que é hora de ir à forra e, às vésperas do julgamento do mensalão e em ano eleitoral, pegar mais algum figurão de um partido de oposição.”
    No dia 17 de abril, há um mês, foi a vez de A CPI e o pior que pode acontecer. Ou: Cachoeira com a mão no botão vermelho“. Com todas as letras, eu lhes ofereci isto:
    O pior que poderá acontecer ao país e às instituições é a instalação de uma CPI sob o signo do medo, que acabará não investigando porcaria nenhuma! Do clima de guerra, com a faca nos dentes e os olhos injetados de sangue, chegar-se-ia, para recorrer a uma palavra que caiu em desuso como conceito político, à CPI da “détente”, da inimizade cordial. Ninguém se atreveria a detonar primeiro o, digamos assim, artefato nuclear. Escolher-se-iam alguns bodes expiatórios, e pronto! Mas quem seria servido em postas apenas para fazer as honras da casa? Cachoeira aceitaria ir para o matadouro sem levar junto a Delta? Demóstenes iria para o sacrifício, preservando outros tantos íntimos do esquema Cachoeira?”
    Naquele mesmo 17, no texto “A CPI E OS MEDOS DE CADA UM — No mundo do crime, não importa a origem dos ratos, o importante é que eles se organizem para comer os gatos“, este blog escrevia:
    O espírito que inicialmente moveu a criação da comissão não tem nada a ver com justiça, investigação, apuração, punição de culpados, nada disso… Lembrem-se do vídeo gravado por Rui Falcão, presidente do PT; lembrem-se da operação desencadeada por José Dirceu no JEG; lembrem-se da interferência direta de Lula na articulação da comissão. (…) a Operação Esmagamento imaginada por Lula, Dirceu e banda podre petista não deixa de ser tarefa arriscada. Já deu para perceber que a malha de influências de Carlinhos Cachoeira não obedece a um desenho convencional, não tem uma trama regular. Nunca se sabe que parte do tecido cada um dos fios soltos move. Pegue-se o caso do tal Idalberto Matias Araújo, o notório Dadá.”
    No dia 3 deste mês, há duas semanas, como se fosse hoje, lia-se aqui “POR QUE SE INSTALOU SÓ AGORA A CPI E POR QUE JÁ HÁ MUITA GENTE ARREPENDIDA NA BASE DO GOVERNO“, com a seguinte consideração:
    “A acusação contra a imprensa foi desmoralizada de maneira até vexaminosa. Subsiste hoje apenas na pena de alguns aloprados, que têm de continuar a fazer o serviço pelo qual são pagos — com dinheiro público! E, ora vejam, surgiu uma Delta no meio do caminho, com a sua, digamos assim, força avassaladora. Na mesma corrente em que o PT sonhou arrastar Marconi Perillo, também podem rodar Agnelo Queiroz (PT), governador do Distrito Federal (e esse é apenas um de seus problemas), e a figura até então ascendente da política (eu, ao menos, nunca entendi por quê…) Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio. E isso pode ser apenas o começo. Imaginem, então, se Luiz Antônio Pagot resolver falar. Os que se assanharam na esperança de “destruir a mídia” — e se destaque, em nome da precisão, que esse ímpeto foi de Lula e José Dirceu, não do Planalto — certamente ignoravam o grau de intimidade entre a Delta e o esquema de Carlinhos Cachoeira. Aí tudo ficou, de fato, enrolado demais! PT e PMDB fecharam ontem uma espécie de pacto para deixar os governadores fora da investigação — e o PSDB  não vai reclamar se as coisas caminharem por aí. Ficariam, assim, fora da CPI Marconi Perillo, Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral. Com isso, pretende-se, também, afastar Fernando Cavendish, o dono da Delta, do imbróglio.”
    Bola de cristal?
    Tenho bola de cristal? Não! Apenas certo conhecimento da natureza das coisas e um enorme apreço pela lógica. Lula, que não larga a rapadura de jeito nenhum — jamais cumpriu a promessa de, para usar palavra sua, “desencarnar” do cargo que ocupou —, decidiu tomar o espaço da articulação política que pertencia à presidente Dilma Rousseff e fazer a “sua” CPI. “Mas não era necessário, Reinaldo?”, poderia indagar alguém. “Sim!”, respondo eu. Faz-se necessário ter uma CPI que realmente investigue, então, a extensão do esquema Delta-Cachoeira no Brasil inteiro. No começo desta madrugada, o Jornal da Globo levou ao ar gravações em que Cachoeira e seus homens tratam de uma parceria com a Delta “em nível de Brasil” (sic) e de coisas (quais?) que ficariam “em nome da Delta” — ver posts abaixo. Mas haverá essa investigação?
    Se Lula e os petistas soubessem em que cumbuca estariam metendo a mão, a tanto não ousariam porque fazem a linha dos macacos espertos. Mas é que falaram mais alto, como diria o poeta, a “glória de mandar” e a “vã cobiça”. O ApeDELTA cansou de plantar nos bastidores — e seus estafetas fizeram o mesmo — que, desta vez, a imprensa estava mesmo lascada, entenderam? Alguém andou emprenhando alguns petistas pelos ouvidos: “Sabem a VEJA, aquela revista que gosta de dar notícias? Pegamos!”. Não! Nada pegaram porque nada havia para pegar além da conversa de jornalista com fontes — e para fazer reportagens. Se Vaccarezza disse a Sérgio Cabral “Você é nosso; nós somos teu”, a turma do Cachoeira também teve a chance de dizer em suas conversas: “O Policarpo jamais será nosso”. Jamais! É isso aí!
    Caminhando para o encerramento
    Já imaginaram haver no Brasil um sistema que permitisse dar a Cachoeira o perdão, com troca de identidade e até o direito a uma plástica para mudar o rosto? A única coisa que se exigiria dele, em troca da liberdade em algum lugar deste vasto mundo, seria contar tudo o que sabe. Não é certo que a corrupção acabaria no país porque, infelizmente, não é assim tão fácil. Mas é certo que haveria um baita estrago no establishment político.
    Seu advogado é um dos criminalistas mais experimentados do país: Márcio Thomaz Bastos. Não existe no Brasil o estatuto do perdão em troca do “conta tudo!”. Vejam que curioso: mesmo tendo se transformado numa espécie de Inimigo Público nº 1 do país, em suas mãos está o destino de muita gente. Ele e Fernando Cavendish decidem o tamanho do estrago que vão fazer. Se arrependimento matasse, haveria muita gente da base aliada hoje mortinha da Silva. “E da oposição?” Esta não tinha o que fazer a não ser assinar a CPI. Na condição de minoria extrema, só lhe restava apoiar a investigação…
    Collor e alguns petistas, não obstante, seguem firmes: “Cortem a cabeça da imprensa, cortem a cabeça da imprensa!”. É no que deu a soma do velho mandonismo, que o senador representa, com o novo, encarnado pelo PT. Ficam lá naquela folia afetiva: “Você é nosso, nós somos teu, o Brasil é da gente”… E porrada na imprensa que insiste em tratar estepaiz como se fosse uma República!!!
    Texto publicado originalmente às 4h37
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:31

    Vaccarezza para Cabral: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu”

    E a reportagem do SBT, vejam só, flagrou o que parece ser o mais significativo evento, até agora, da CPI do Cachoeira. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara, envia uma mensagem de texto pelo celular para o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). O petista tranquiliza o peemedebista: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é nosso, e nós somos teu [sic]“. Segue o vídeo da reportagem.

    Texto publicado originalmente às 21h36 desta quinta
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:23

    Agência Brasil reconhece que errou em notícia que cita a VEJA e, ao tentar corrigir o texto, erra de novo. Aguarda-se nova correção

    Às 18h51 de ontem, publiquei aqui um post apontando um erro de informação numa reportagem da Agência Brasil, assinada por Luciana Lima. Trata-se de uma agência oficial. Seus textos são reproduzidos por blogs, sites e jornais Brasil afora. Quando se publica uma informação errada, é preciso corrigir — o JEG e a BESTA não fazem isso porque, por lá, eles não erram; cometem crimes deliberados; é coisa diferente. Por isso não se lhes deve cobrar correção — quem sabe um dia a cadeia, mas segundo o estado de direito e a democracia, coisas que eles detestam. Adiante.
    Havia publicado a Agência Brasil:
    O requerimento para resgatar informações prestadas pelo jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista Veja, em Brasília, à Comissão Parlamentar (CPI) dos Bingos, em 2006, causou discussão entre os parlamentares da CPMI do Cachoeira. O requerimento foi apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL)…”
    Erro grave
    O jornalista Policarpo Júnior nunca prestou depoimento nenhum à CPI dos Bingos. É uma mentira espalhada pela esgotosfera. Mais uma! Tão verdadeira quanto os 200 telefonemas com Cachoeira (a canalhada, até agora, não se emendou; seus leitores habituais não existem a verdade, só o capim). Dei aqui a informação correta e cobrei uma correção da Agência Brasil.
    Às 21h30, a Agência Brasil publicava a seguinte nota:
    Brasília — A matéria “Relator da CPMI do Cachoeira rejeita pedido de informações de jornalista” permaneceu com erro das 11h58 até as 21h11. Ao contrário do publicado no texto anterior, o diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Jr., não depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, em 2006. De acordo com informações da assessoria do senador Fernando Collor (PTB-AL), o parlamentar se referiu, em seu discurso, à CPI da Loterj, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,  e ao Conselho de Ética da Câmara, na ocasião da cassação do deputado André Luiz, em 2005, processos em que o jornalista foi convidado a testemunhar.
    A nota acima remetia para o novo texto, cujos dois primeiros parágrafos são estes, também assinados por Luciana Lima:
    Brasília — Ao apresentar hoje (17) requerimento para ter acesso a todas as gravações telefônicas entre o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal da revista Veja, em Brasília, Collor destacou em seu discurso que o jornalista havia prestado informações a outras ocasiões “em favor” de Carlinhos Cachoeira. O requerimento não foi aceito pelo relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), mas causou discussão entre os parlamentares.
    De acordo com a assessoria de Collor, as ocasiões a que o parlamentar se referiu foram os testemunhos de Policarpo Jr. na CPI da Loterj, que funcionou na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e durante o processo de cassação do deputado André Luiz, no Conselho de Ética da Câmara, em 2005.
    Assim não, Luciana! Assim não, EBC
    Expressei no post em que apontei o erro a confiança de que a EBC não repetiria o que fez no caso do Pinheirinho, quando ajudou a espalhar a informação falsa de que tinha havido mortes na desocupação. Apontado o erro aqui, ainda que com 14 dias de atraso, fez-se a correção sem subterfúgios. Desta vez, a EBC produziu um caso que os professores de jornalismo podem usar nas aulas de deontologia.
    Curiosamente, a agência repete o erro que cometeu no caso do Pinheirinho. Daquela vez, deu curso à informação de uma fonte furada, que garantia ter havido mortes na desocupação. Não se preocupou em apurar a informação e tratou como se verdade fosse. Ora, no primeiro texto, afirma-se que Policarpo depôs na CPI dos Bingos! Falso! No segundo, confiando na informação do gabinete de Collor, que depôs na CPI da Loterj, na Assembleia do Rio. FALSO TAMBÉM!!! E agora? Será preciso fazer a correção da correção! Convidaram-no, sim, mas ele não foi. Jornalista cobre CPI, não depõe em CPI — a menos que seja investigado, entenderam? A EBC vai ter de corrigir a correção. É uma imposição ética. Se não o fizer, deixará que a mentira prospere.
    Questão mais delicada
    A EBC e Luciana mandam muito mal nesse caso! O segundo texto não se limita a corrigir o primeiro. Faz-se um novo lead, mudando o “quê” da notícia. E para muito pior! Qualquer um razoavelmente treinado na área percebe:
    a) no primeiro texto, o lead chamava a atenção para o pedido feito por Collor; no segundo, dá-se destaque a seu discurso acusatório;
    b) o requerimento, que está com a EBC, não toca em CPI da Loterj nem no depoimento de Policarpo na Comissão de Ética da Câmara;
    c) se a assessoria de Collor afirma alguma coisa a um profissional da EBC e se isso diz respeito a terceiros — especialmente se desafetos do senador —, o mínimo que se espera é que o repórter verifique se aquilo aconteceu mesmo. Uma coisa é colher uma opinião de uma fonte; outra, distinta, é dar crédito a uma suposta informação sem a devida apuração;
    d) no primeiro texto, a EBC procurava informar o que tinha acontecido, mas passou adiante um dado falso, talvez sem querer. Duvidei que fosse má-fé.  O ambiente anda muito contaminado pelo subjornalismo a soldo;
    e) o segundo texto me deixa com a pulga atrás da orelha: divulga-se uma nova mentira e se manda para o lead a acusação feita por Collor, como se fosse um trabalho da assessoria de imprensa do senador;
    f) leiam este trecho: “Collor destacou em seu discurso que o jornalista havia prestado informações a outras ocasiões ‘em favor’ de Carlinhos Cachoeira.” DESTACOU? Eu publiquei aqui a íntegra do
    depoimento de Policarpo ao Conselho de Ética da Câmara em 2005. Collor, no máximo, pode “acusar” — acusação sem fundamento, basta ler. “Destacar” nunca, Luciana! Alguém só pode “destacar” (embora eu seja contra essas variantes modernosas para os verbos de declaração) algo que seja um fato.
    A EBC deve nova correção
    Não tem como: a EBC terá de se corrigir de novo! E não adianta jogar a responsabilidade nas costas de Collor. Com a imunidade parlamentar — e imune também ao bom senso e ao compromisso com a verdade —, ele fala o que lhe dá na veneta. A EBC é que não pode ser porta-voz de suas mentiras Brasil afora.
    A menos que seja esse o intento. Mas não creio. Aguardemos para ver.
    Texto publicado originalmente às 5h32
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:21

    Em gravações, Cachoeira acerta com um auxiliar e com um diretor da Delta negócios que ficariam no nome da construtora

    Leiam reportagem que foi levada ao ar no começo desta madrugada pelo Jornal da Globo:
    Por Camila Bomfim, no Jornal da Globo:
    A CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira convocou nesta quinta-feira (17) dezenas de pessoas para depor, mas deixou de fora governadores e o antigo dono da Delta, empresa que, segundo gravações feitas com autorização da justiça, manteria conexões nacionais com o esquema de Cachoeira.
    Há quase um mês, a Delta é alvo de fiscalização da Controladoria-Geral da União. Segundo investigação da Polícia Federal, a Delta, repassou dinheiro para empresas fantasmas que abasteciam o grupo de Cachoeira. Mas a CPI decidiu investigar apenas as filiais da empresa na região Centro-Oeste. Parlamentares alegam que as suspeitas não alcançam a construtora em nível nacional.
    “Trazer muita informação para a CPI não vai contribuir para a investigação. Quem quer ampliar demais não quer investigar nada”, diz o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG). “A Delta está no epicentro dessa crise. Não investigar a Delta para valer é fugir à responsabilidade da investigação e transformar a CPI numa verdadeira farsa”, fala o líder do partido, senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
    Novas gravações, feitas com autorização da justiça, mostram possíveis conexões entre a Delta Nacional e o esquema de Carlinhos Cachoeira. Em março do ano passado, o bicheiro conversou com o ex-vereador, Vladimir Garcez, do PSDB, sobre negócios que ficariam em nome da Delta Nacional.
    Carlinhos: Oi.
    Wladimir: Seguinte: eu garanti que esta parceria tem que ser a nível de Brasil. Então, aí vai depender da Delta. Então, qualquer coisa, cê tem que dar um toque no Cláudio. Por eles, está tudo ok.
    Carlinhos: Excelente! Então vai ficar tudo no nome da Delta, né?
    Wladimir: É. Não. Fica no nome da Delta, mas aí é o seguinte, fica a parceria, mas nós temos que garantir que estes percentuais fiquem a nível de Brasil.
    Dois minutos depois, Cachoeira fala com Cláudio Abreu, diretor regional da Delta, e que foi preso na operação Monte Carlo. Cláudio confirma o acerto.
    Cláudio: Fala, amigo!
    Carlinhos: O pessoal tá aí e tem que ser a nível de Brasil. Pega aí com ele aí e vai ficar tudo no nome da Delta, tá?
    Cláudio Abreu, parentes e auxiliares do bicheiro terão os sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados, por ordem da CPI. Eles também serão convocados a depor na comissão, que aprovou 51 convocações e 36 quebras de sigilo.
    E ficou para o dia 5 de junho a decisão sobre convocar ou não os três governadores alvos de pedidos para serem ouvidos na comissão. Durante a sessão, parlamentares da oposição e do governo se revezaram para negar qualquer tipo de acordo para evitar que os governadores tenham que ir à CPI se explicar.
    Texto publicado originalmente às 5h48
    Por Reinaldo Azevedo
    18/05/2012
    às 6:19

    Grupo de Cachoeira pediu ajuda a Protógenes, apontam gravações

    Por Fernando Mello e Natuza Nery, na Folha:
    O grupo de Carlinhos Cachoeira procurou o hoje deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) para tentar barrar uma investigação contra a empreiteira Delta em Goiânia, em 2009. Gravações da Polícia Federal indicam que o deputado, autor do requerimento que criou a CPI do Cachoeira, falou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta e aliado de Cachoeira. Ele nega. Em 22 de maio de 2009, Abreu relatou a Cachoeira uma conversa, de acordo com a PF, com Protógenes. “Ele é muito direto, muito correto”, disse Abreu, segundo quem Protógenes afirmou: “Ah, eu não prometo resolver a situação, mas vou me empenhar.”
    Segundo a PF, o grupo de Cachoeira fez contato por meio de Idalberto Matias. Na época, o empresário estaria preocupado com investigação contra a Delta na Câmara Municipal de Goiânia. Cachoeira reclamava que o vereador Elias Vaz estava “batendo demais”. Vaz é do PSOL e Protógenes negociava sua ida para o partido, o que não se concretizou. O vereador confirma ter encontrado Protógenes, mas nega interferência dele no caso. Em 8 de maio, Cachoeira pediu para Abreu ficar com o rádio ligado e avisou: “Protógenes vai falar com você.” Vaz não participou da investigação em Goiânia, arquivada em agosto de 2009.
    (…)
    Por Reinaldo Azevedo

    
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    Immaculata mea

    In sobole Evam ad Mariam Virginem Matrem elegit Deus Filium suum. Gratia plena, optimi est a primo instanti suae conceptionis, redemptionis, ab omni originalis culpae labe praeservata ab omni peccato personali toto vita manebat.


    Cubra-me

    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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