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    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    Beata Blandina Merten, Ursulina - Festejada 18 de maio


    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    Beata Blandina Merten, Ursulina - Festejada 18 de maio

         Nona de dez irmãos, nasceu em Düppenweiler (Alemanha), a 10 de julho de 1883. Foi batizada dois dias após o nascimento com o nome de Maria Madalena. Foram seus pais João Merten e Catarina Winter, agricultores humildes, mas muito estimados por suas virtudes cristãs.
           Na família predominava a educação religiosa. Eram práticas habituais o Terço, a Missa e os Sacramentos. Aos 12 anos, Maria Madalena, segundo o costume da época, fez a Primeira Comunhão e recebeu o Crisma pouco depois. A partir deste momento a devoção à Eucaristia influiria beneficamente em toda a sua vida.
           Tendo logrado com alta classificação o diploma de professora, entrou a lecionar por diversas escolas entre 1902 e 1908. Tornou-se verdadeiramente um modelo de mestra católica pela bondade e saber, pela prudência e dedicação.
           Entretanto, o "vem e segue-Me" do Divino Mestre ecoou em boa hora na sua alma bem disposta. E assim, aos 25 anos, a 2 de abril de 1908, deu entrada no Instituto das Ursulinas de Calvarienberg, com o nome de Irmã Blandina do Sagrado Coração, e emitiu os primeiros votos a 3 de novembro de 1910.
           De novo lançada nas tarefas do ensino, continuou dando provas de muita competência e de singulares virtudes. Como autêntico modelo de mestra católica e credora da estima geral, sobressaíram na Irmã Blandina Merten as seguintes qualidades e virtudes: grande espírito de fé e de oração, vivo amor à Eucaristia e à Santíssima Virgem, singular dedicação ao trabalho e aos alunos.
          A sua piedade e modéstia, a sua delicadeza e pureza  granjearam-lhe o apelido de "anjo" entre os seus semelhantes desde tenra idade. O cumprimento fiel dos seus deveres profissionais, como professora, estava unido à incessante aspiração à santidade pessoal.
         Mas entremos um pouco mais na sua alma de consagrada ao Senhor. Ela própria, na altura da profissão perpétua, a 4 de novembro de 1913, escreveu o seguinte: "Nesse dia consagrei-me ao Divino Redentor e tenho por certo que Ele aprovou o sacrifício".
           De fato, tão relevante espiritualidade há de atribuir-se antes de mais ao espírito de oração, à contemplação das verdades divinas, à devoção a Cristo Sacramentado e ao seu Divino Coração.
          O caminho terrestre da Irmã Blandina não seria longo. Em 1910, por indicação médica, foi transferida para Tréveris, onde ainda pôde prosseguir lecionando. Mas no outono de 1916, a saúde agravou-se. Por motivo de doença pulmonar, incurável nesse tempo, teve de ser trasladada para o hospital das Irmãs doentes, em Merienhaus.
          A última fase da vida passou-a em permanente colóquio de amor com Deus, a quem toda se ofereceu. Nem a solidão nem as dores lhe puderam roubar o sorriso e a paz interior. “A dor - dizia ela – é a melhor escola do amor”.
         Pode dizer-se que a Irmã Blandina não fez coisas extraordinárias, mas sim que executou extraordinariamente os seus deveres quotidianos.  Aos 35 anos de idade e 11 de vida religiosa, faleceu placidamente com o nome de Jesus nos lábios, a 18 de Maio de 1918. Foi beatificada em 1º. de novembro de 1987.
    AAS 76 (1984) 185-8; 80 (1988) 961-4 – Cf. Pe. José Leite, S.J. Santos de cada dia.

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