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    quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

    Confraria de São João Batista








    Posted: 15 Jan 2014 06:59 AM PST



    Santo Amaro, ou São Mauro, foi monge e abade beneditino, ou seja, da Ordem de São Bento. Nascido em Roma, de família senatorial, Amaro, quando tinha apenas doze anos, foi entregue no mosteiro por seu pai, Egrico, homem ilustre pela virtude e pela nobreza do nascimento, confiando-o aos cuidados de São Bento, em 522.




    Correspondeu tão bem à afeição e à solicitude do mestre, que foi em breve proposto como modelo aos outros religiosos. São Gregório exaltou-o por se ter distinguido no amor da oração e do silêncio. Sempre se lhe notou profunda humildade e admirável simplicidade de coração. Mas nele sobressaia a virtude da obediência, sendo por isso recompensado por Deus, com o milagre semelhante ao de São Pedro no lago de Tiberíades, caminhando sobre as águas. Foi o caso de um jovem chamado Plácido, que caiu num lago perto de Subiaco, onde ficava o mosteiro. São Bento soube-o por revelação e, chamando Amaro, disse-lhe: "Irmão Amaro, vai depressa procurar Plácido, que está prestes a se afogar". Munido com a bênção do mestre, o discípulo correu sobre a água a socorrer Plácido, a quem agarrou pelos cabelos e trouxe para a margem, não se apercebendo Amaro ter saído da terra firme. Quando deu pelo milagre, atribuiu-o aos méritos de São Bento. Mas este o atribuiu à obediência do discípulo.




    "O homem obediente contará vitórias" (Pr 21,28). A obediência é a virtude cristã pela qual a pessoa sujeita sua própria vontade à de seu superior, no qual vê um representante de Deus. O maior exemplo de obediência temos em Jesus Cristo, obediente até a morte de Cruz (Fl 2, 8), reparando assim a desobediência de Adão (Rm 5, 19-20). Assim, o conselho evangélico da obediência, professado na vida consagrada, assumido livremente com espírito de fé e amor no seguimento de Cristo obediente até a morte, leva o consagrado à submissão da vontade aos legítimos superiores, que fazem as vezes de Deus quando ordenam de acordo com as próprias constituições (cf. CDC cân. 601).




    Santo Amaro foi fiel ao seu ideal monástico, a ponto de todos o considerarem o perfeito herdeiro espiritual de São Bento. Segundo uma tradição, foi Santo Amaro que substituiu São Bento quando este se transferiu para Monte Cassino. Consta também que Santo Amaro se distinguiu particularmente por sua aplicação aos estudos. Sendo enviado à França, lá fundou o Mosteiro de Glanfeuil, em Anjou, vindo a falecer em 15 de janeiro de 584.




    Possa o exemplo de Santo Amaro levar os filhos a serem mais obedientes aos seus pais, os alunos aos seus mestres, os cidadãos às leis e superiores civis, os católicos aos seus superiores hierárquicos. "Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo" (Ef 5, 21).



    Posted: 14 Jan 2014 10:00 PM PST


    Que é a Graça Santificante?










    A graça santificante é um dom criado que Deus se digna conceder à alma do justo, a fim de o tornar filho adotivo de Deus (cf. 1 Jo 3,1-3); habilita-o assim a produzir, dentro da sua capacidade de criatura, os atos de conhecimento e amor do próprio Deus. Por esse dom o homem vem a ser realmente consorte da natureza divina (cf. 2 Pdr 1,4), templo do Espírito Santo (cf. 1 Cor 3,16) ou da Ssma. Trindade (cf. Jo 14,23).










    Em linguagem metafórica, pode-se dizer que a graça santificante é um hábito ou uma veste que recobre a substância da alma, dando-lhe uma entidade nova, um ser sobrenatural. Esse ser novo há de ter suas faculdades de agir, paralelas às faculdades de agir da alma na ordem natural. Por isto a graça santificante é sempre comunicada ao homem juntamente com as virtudes infusas, dentre as quais se destacam a fé e a caridade. A fé é um dom outorgado à inteligência para que esta possa conhecer a Deus como Deus conhece a Si ; a caridade é dom que se localiza na vontade, fazendo que o homem possa amar a Deus e às criaturas como Deus ama. Consequentemente, diz-se que, pela graça santificante e as virtudes da fé e da caridade, Deus prolonga sua vida no justo; as processões intra-trinitárias se estendem ao cristão: Deus Pai gera nele o seu Verbo ou Filho, servindo-se dos atos de fé sobrenatural desse justo ; Deus Pai e Deus Filho fazem proceder nele o Amor, servindo-se para isto dos atos de amor sobrenatural dessa criatura. O valor da graça aparece nitidamente se é considerado dentro do seguinte quadro :










    A pedra tem analogia com Deus na medida em que ela é ou existe (Deus é o Ser por excelência); a planta tem analogia com Deus na medida em que ela vive (Deus é a Vida por excelência); o homem e o anjo, por sua natureza, têm analogia com Deus na medida em que possuem inteligência (Deus é a primeira Inteligência).










    Pois bem ; acima da natureza angélica coloca-se o dom da graça santificante, que confere à criatura semelhança com Deus enquanto é Deus mesmo, ou com Deus no mistério da sua vida íntima. Pode-se, pois, dizer que, acima dos reinos da natureza (reino mineral, vegetal, animal, humano e angélico), está o Reino de Deus, constituído pela vida íntima do Todo-Poderoso e pela participação dessa vida outorgada, mediante a graça santificante, às almas dos justos e aos anjos bons.










    Esta escala nos dá a ver que um só ato de amor sobrenatural a Deus emitido ocultamente por uma velhinha ou uma alma simples no canto de uma igreja mais vale do que todas as maravilhas da natureza reunidas; Deus se compraz mais nesse ato do que na existência dos espaços cósmicos com seus esplendores deslumbrantes.










    À luz desta doutrina entendem-se os adágios : «O reino dos céus é a alma do justo» e «A graça é a semente da glória». Com efeito, a glória celeste já começa embrionariamente na terra pela posse da graça santificante; esta tende a mais e mais se desenvolver, penetrando as faculdades da alma até o âmago, de sorte que, ao terminar a sua peregrinação terrestre, o justo vê irromper de sua alma a fonte da eterna felicidade; a vida de Deus está depositada no seu íntimo desde agora; não é preciso que espere a morte para a receber.










    Oxalá tivessem os cristãos consciência um pouco mais profunda do "tesouro que trazem em vasos de argila" (cf. 2 Cor 4,7) !










    Dom Estêvão Bettencourt (OSB)



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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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