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    terça-feira, 14 de janeiro de 2014

    AS CRUZADAS




    AS CRUZADAS






    Posted: 03 Mar 2013 08:00 PM PST






    Entre os nobres cavaleiros de Provença que partiram para as Cruzadas contra os infiéis, havia um senhor chamado Godofredo de Tours, de grande valor, guerreiro tão heroico como jamais se conheceu. 




    Nos combates era o primeiro a se lançar sem se preocupar em cobrir seu corpo contra os dardos e as pedras.




    Galopava até os esquadrões árabes invocando a proteção do Senhor. Tal era sua fama que em todos os exércitos era conhecido e admirado o seu heroísmo! 




    Um dia cavalgava ele numa clareira, com outros cavaleiros, seguido de numerosos pajens. 




    De repente ouviram uns terríveis rugidos de leão. Todos, exceto Godofredo, tomados de pânico, fugiram com medo de cair nas garras da fera. 




    Mas Godofredo, vendo que seu cavalo não lhe obedecia, pegou sua espada, desceu do cavalo e dirigiu-se à floresta onde estava o leão. 




    Avançou disposto a lutar contra a fera, mas quando penetrou na mata, viu assombrado um terrível espetáculo. 




    Não eram rugidos de cólera do leão, senão de muita dor. 







    Uma serpente havia habilmente aprisionado o leão enquanto este dormia, de maneira tal que ele não podia esboçar nenhuma reação. 




    A serpente apertava-o com o propósito de matá-lo a fim de enguli-lo depois.




    O leão, não só sofria pela dor do estrangulamento, senão rugia também de cólera por morrer tão ignominiosamente. 




    Assim quando viu chegar Godofredo, com a espada em punho, lançou-lhe um olhar de agradecimento, pois preferia morrer pelas mãos de um cavaleiro.




    Com cuidado, Godofredo se aproximou com sua espada e cortou a cabeça da serpente. 




    O leão respirou, livre. Godofredo, deu então um passo para trás para preparar-se para lutar contra o leão. 




    Mas este, reconhecido, veio humildemente prostrar-se aos pés do cavaleiro que lhe havia salvo a vida e a partir daquele momento se considerou como um vassalo do cavaleiro e o seguia em todas as partes como um amigo fiel.




    A todos, grande surpresa causou, nos primeiros dias, ver Godofredo seguido pelo leão. 




    Muitos fugiam e os pagens estavam temerosos. 




    Mas tiveram que reconhecer que o leão era o melhor servo de seu amo. 




    E não só lhe servia nos dias de paz, como também nas batalhas se lançava contra os inimigos, destroçando-os ou fazendo-os fugir.




    Quando a Cruzada terminou depois da conquista dos Santos Lugares, os cavaleiros voltavam para Provença. 




    Iam alegres, cantando e desejando chegar ao país do col. 




    Godofredo chegou ao navio, acompanhado de seu leão, mas o capitão não quis admitir no navio a fera. 




    Todos os pedidos foram inúteis, e por fim o cavaleiro teve que deixar na Terra Santa o seu fiel acompanhante.




    O leão, quando viu partir a seu senhor, ficou tão triste que se jogou no mar para seguir o navio. 




    Nadou, nadou até seu último hausto, e então morreu afogado, ante as lágrimas de Godofredo e seus cavaleiros, que viam quão fiel havia sido o coração daquela fera!...





    (Fonte: V. Garcia de Diego, Antologia de Leyendas de la Literatura Universal, Editorial Labor S.A., Madrid-Espanha, 1ª edição, 1953).












    Posted: 17 Feb 2013 08:00 PM PST





    Santo Estevão, Salamanca





    No século XII, Afonso, Imperador de Castela, sustinha renhidas batalhas contra o rei mouro de Granada.




    O Conde de Barcelona acudiu em sua ajuda, fretando naves catalãs e genovesas.




    Era almirante das primeiras, Galcerán Guerras de Pinós. Em seu afã das vitórias, se adiantou demasiado no território mouro e caiu prisioneiro.




    Seus pais, os senhores de Bagá, estavam desesperados. O Conde de Barcelona se pôs em tratos com o Rei de Granada, para ver que resgate pedia pelo almirante Galcerán.




    O Rei de Granada, enfurecido por ter perdido Almería, pediu um resgate exorbitante: cem mil dobles, cem cavalos brancos, cem vacas bragadas, cem panos de ouro de Tanis, e o que era pior de tudo, mais cem donzelas.




    Os senhores de Bagá se aterrorizaram ante a última condição e decidiram que, apesar de muita dor que lhes causava ter o filho cativo dos mouros, não podiam consentir, para que ele fosse devolvido, que tantos pais sofressem a dor de ver perdidas para sempre suas filhas.




    Não obstante, foram muitos os argumentos dos poderosos senhores que opinaram que o povo devia sacrificar-se, e que o almirante representava uma grande ajuda para a Cristandade.




    Aquele que tivesse quatro filhas, devia entregar duas; o que tivesse duas, daria uma, e o que tivesse uma seria sorteado com outro que tivesse uma também.



















    Recolheram por fim, tudo quanto o Rei mouro de Granada queria e partiram, para embarcar na praia da Salon.




    Entretanto, Galcerán Guerras de Pinós, estava encerrado numa masmorra imunda, sofrendo todos os horrores da escravidão. Com ele se achava também o cavaleiro Sancerni, senhor de Sull.




    Várias vezes haviam tentado fugir, sem conseguir. Outras tantas quiseram subornar a seus guardas, e tampouco tiveram êxito.







    Santo Estevão, catedral de Newcastle


    Galcerán, que era mais jovem sonhava constantemente com sua casa de Bagá, seus salões, seus jardins e sua capela. A lembrança disso trouxe a sua mente o desejo de encomendar-se a Santo Estevão, o patrono de sua casa.




    Rezou com grande fervor, encomendando ao santo sua salvação. Terminada sua reza, os cativos viram que se havia aberto a porta de sua masmorra e um homem celestial, aproximando-se de D. Galceran levou-o para fora.




    O almirante sempre cortês e caritativo, parou na porta, indicando com o olhar ao senhor de Sull, que ficaram muito assustado. 




    Então o santo falou, para que ele também se encomendasse ao seu patrono.




    Fez assim, o cavaleiro de Sancerní, rezando com o mesmo fervor a ao Dionizio, o qual não deixou de acudir, libertando a ele também.




    Ambos se encontraram caminhando livres à meia-noite e com grande surpresa, se encontraram com o clarear do dia em Tarragona.




    Continuando pelos caminhos de Bagá, vieram de pronto uma multidão silenciosa que marchava em direção contrária. 




    Perguntaram aonde iam, e um homem de gesto grave e dolorido lhes respondeu que se dirigiam para Granada pagar o resgate de Dom Galcerán e de D. Sancerní, para o qual haviam sacrificado cem donzelas. 




    Os cavaleiros, então, se deram a conhecer, e entre felicitações a Deus empreenderam todos o caminho até Tarragona.




    Mais tarde, quando Valencia foi libertada, o almirante mandou levantar a igreja de Santo Estevão, daquela capital, em ação de graças.




    Hoje, entretanto, se recorda a aventura que tanta angustia proporcionou a tantas famílias do senhor de Galcerán, de pais e filhos, se conta as peripécias dos cavaleiros, cujos sepulcros se conservam na história do mosteiro de Santo Creno. (p.198 e 199)





    (Fonte: V. Garcia de Diego, Antologia de Leyendas de la Literatura Universal, Editorial Labor S.A., Madrid-Espanha, 1ª edição, 1953).
























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    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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