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    terça-feira, 14 de janeiro de 2014

    [New post] Eis uma nova oportunidade alinskyana de negócios: o consultor de rolezinhos




    lucianohenrique posted: "O maior problema com o qual a esquerda terá que se defrontar, se a direita cada vez mais se conscientizar do que realmente é o esquerdismo, é a perda de legitimidade de todas as suas demandas. Sabemos, evidentemente, que o esquerdista adora fazer cortesia" 



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    New post on Ceticismo Político 











    O maior problema com o qual a esquerda terá que se defrontar, se a direita cada vez mais se conscientizar do que realmente é o esquerdismo, é a perda de legitimidade de todas as suas demandas. Sabemos, evidentemente, que o esquerdista adora fazer cortesia com o chapéu dos outros. Pessoas normais e decentes sabem que esse tipo de postura demonstra uma indignidade merecedora de vergonha alheia.

    Sugiro a criação de uma nova carreira focada em um novo modelo de negócios: o consultoria de rolezinhos. A função deste tipo de profissional liberal é bastante direta: organizar rolezinhos para a esquerda caviar, de modo que ela possa comprovar que realmente acredita no que diz. Segundo eles, a liminar obtida pelos shoppings para evitar os rolezinhos designa um "Apartheid Social". Mas eles próprios definem quem entra em suas casas, apartamentos, sítios, fazendas e condomínios.

    Em síntese, devemos fornecer um serviço: a organização de rolezinhos nas propriedades da esquerda caviar. Já consigo imaginar Diego Quintero como um dos clientes potenciais para este tipo de serviço. Veja o que ele diz:


    Então não, definitivamente não: eles não tem esse direito. Eu quero mais é ver o circo pegar fogo, que esses jovens se organizem e tomem todos os espaços elitistas que sobrarem, que se tornem um pesadelo para a burguesia podre dessa cidade. Podre por impedir o metrô em Higienópolis, por apoiar rampas embaixo dos viadutos para despejar mendigos e podre por mandar bater em professor em passeata. Podre por expulsar adolescentes pobres do shopping.
    Como brilhantemente observou um amigo meu, a ignorância de nossas elites em relação às nossas mazelas só se sustenta com a segregação urbana. Se o rico convivesse com o pobre, quem sabe as coisas melhorariam? Mas faltam espaços onde os mundos se encontrem, e sobram espaços onde eles se isolem.
    Dito isso, não vejo outra solução: derrubem todas as catracas!

    Fica fácil perceber que essas regras devem valer, então, para o lugar onde ele mora. Assim, é uma obrigação moral de Quintero demonstrar para nós que ele realmente acredita no que diz. Se ele realmente quer evitar ser culpado de "Apartheid Social", poderá contratar os consultores de rolezinhos para organizarem uma festa, um churrasco, uma rave ou qualquer tipo de diversão na qual ele possa "incluir" adolescentes funkeiros que querem aparecer em grandes grupos.

    Claro que o serviço deve ser customizado de acordo com o nível do cliente. Por exemplo, quanto Diego Quinteiro ganha? Qual o tamanho de sua propriedade? Quantos mini-rolezinhos podemos inserir em sua propriedade? Segundo ele, é legítimo que "as catracas sejam quebradas". Pelo visto, ele poderá ter momentos emocionantes com seu síndico.

    Lembremos: se é verdade que Diego Quinteiro acredita que a não permissão de agrupamento de funkeiros em uma propriedade privada constitui "Apartheid Social", ele é automaticamente acusado do mesmo tipo de delito moral, e, portanto, devemos ajudá-lo a organizar rolezinhos em sua residência. O consultor deve organizar toda a festa, e planejar o tamanho do rolezinho que ele vai receber. E tudo é baseado no livro de regras de Diego Quinteiro.

    Eliane Brum foi pelo mesmo caminho, e, na ótica da consultoria de rolezinhos, ela também seria uma ótima cliente. Vejamos como podemos estabelecer um "diálogo" com o discurso dela na defesa dos rolezinhos, tornando, enfim, todos os seus discursos moralmente testáveis.


    O Natal de 2013 ficará marcado como aquele em que o Brasil tratou garotos pobres, a maioria deles negros, como bandidos, por terem ousado se divertir nos shoppings onde a classe média faz as compras de fim de ano.

    Não, o Natal de 2013 ficará marcado como aquele em que o Brasil tratou garotos pobres, a maioria deles negros, como bandidos, por não terem recebido convites para rolezinhos na casa da Eliane Brum. Precisamos ajudá-la a resolver este problema.

    Flavio Morgenstein sugeriu um rolezinho na residência de Eliane. Eu sugiro ainda melhor: pela ótica da consultoria de rolezinhos, que ela PROMOVA um rolezinho em sua propriedade, subsidiando os custos desses rolezinhos de acordo com o nível de "caviarismo" em seu esquerdismo. Em suma, qual é a renda dela? Quanto ela tem no banco? Como consultor, podemos ver o quanto ela pode gastar para evitar ter que ser reconhecida como racista e inimiga dos pobres. Lembre-se do livro de regras: "quem definiu que funkeiros em grupo não podem entrar em seu ambiente, então é racista e inimigo dos pobres". Ou ela contrata os consultores de rolezinhos (não falei que é uma baita oportunidade de negócio?) ou então terá que assumir ser racista e inimiga dos pobres.


    Os shoppings foram construídos para mantê-los do lado de fora e, de repente, eles ousaram superar a margem e entrar. E reivindicando algo transgressor para jovens negros e pobres, no imaginário nacional: divertir-se fora dos limites do gueto. E desejar objetos de consumo. Não geladeiras e TVs de tela plana, símbolos da chamada classe C ou "nova classe média", parcela da população que ascendeu com a ampliação de renda no governo Lula, mas marcas de luxo, as grandes grifes internacionais, aqueles que se pretendem exclusivas para uma elite, em geral branca.

    É exatamente por isso que Elaine Brum tem a obrigação moral de, conforme seu livro de regras (Alinsky rules!), permitir que eles "superem a margem e entrem" em sua propriedade. Podemos, por exemplo, organizar uma rave. Não recomendo que esses consultores promovam uma orgia de drogas – creio que isso deve ficar a cargo do esquerdista que quizer fazê-lo por conta própria. Temos que manter um certo limite profissional!

    Uma forma de promoção do rolezinho na casa de Eliane pode incluir a gravação de um vídeo onde ela convida os jovens funkeiros para sua casa, tudo organizado, é claro, pelo consultor de rolezinhos. Lembremos que para você se tornar um consultor de rolezinho, basta identificar o esquerdista caviar que tem a obrigação moral de organizar essas festas, pressioná-lo a fazer isso (com desafios públicos, inclusive), e, em seguida, oferecer o serviço de organização. Serviços de buffett podem ser incluídos.


    Vários rolezinhos foram marcados pelas redes sociais em diferentes shoppings da região metropolitana de São Paulo até o final de janeiro, mas, com medo da repressão, muitos têm sido cancelados.

    Mais um motivo para Eliane Brum marcar um rolezinho na casa dela. Ela tem um sítio? Melhor ainda. Podemos levar todo mundo para lá. Ela define qual repressão vai existir em suas propriedades. Já imaginaram a beleza? Ela finalmente poderá "abraçar" a população carente que diz defender, eliminando o Apartheid que existe entre sua casa e o povo.


    Seguranças dos shoppings foram orientados a monitorar qualquer jovem "suspeito" que esteja diante de uma vitrine, mesmo que sozinho, desejando óculos da Oakley ou tênis Mizuno, dois dos ícones dos funkeiros da ostentação. Às vésperas do Natal, o Brasil mostra a face deformada do seu racismo. E precisa encará-la, porque racismo, sim, é crime.

    Eu acho que isso também pode ser resolvido com uma boa consultoria de rolezinhos. Ela pode organizar quatro ou cinco pessoas da esquerda caviar e revender óculos da Oakley e tênis Mizuno em suas propriedades sem lucro. Não é fantástico? Lembremos que, se ela crê no marxismo, deve revender produtos para não obter lucro algum. Assim, as raves ou churrascos que ela organiza em sua propriedade podem ser gratuitas ou a preço de custo. Se for de graça, ela poderia recuperar parte da grana vendendo produtos Oakley e Mizuno com um lucro mínimo. No fim, podemos até apresentar um balanço da festa, mostrando que não existiu fins lucrativos.

    Imagino até o vídeo que Eliane Brum pode gravar, com o seguinte texto: "Eu não sou racista, portanto, vamos acabar com esses imperialistas. Venha em minha chácara e traga seus amigos. O rolezinho da Brum? É o Brumzinho! Óculos Oakley e tênis Mizuno a preço de custo! E ainda temos churrasco a R$ 5,00 reais por pessoa. Venha tomar cervejas Nortenha e comer picanhas Friboi para marcarmos o fim do racismo em minha casa!".

    Podemos vender o serviço desta forma convincente: "Segundo seu livro de regras, não permitir funkeiros em seu ambiente é racismo. Mas você precisa provar que quer os funkeiros em seu ambiente. Estamos aqui para te ajudar. Quanto você tem para gastar?"

    Enfim, eles precisam mostrar ao público que acreditam no que dizem acreditar. Só conseguirão isso promovendo rolezinhos em suas propriedades privadas. Eis a oportunidade de negócio.

















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    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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