- NOVEMBRO, MÊS DAS ALMAS!
De harmonia com a doutrina da Igreja sobre o Juízo Particular, está perfeitamente evidente que, após a nossa morte, o destino da nossa alma fica marcado, ou para a vida eterna imediata, ou após a sua purificação, ou para a condenação eterna.
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Diz o Catecismo da Igreja Católica :
1022. - Cada homem recebe, na sua alma imortal, a retribuição eterna logo depois da sua morte, num juízo particular que põe a sua vida na referência de Cristo, quer através duma purificação, quer para entrar imediatamente na felicidade do Céu, quer para se condenar imediatamente para sempre.
Nestas condições, as nossas almas ficam na posse de Deus pelo destino que lhes foi dado e sem possibilidade nem necessidade de saírem dos seus lugares ou da sua situação, para virem ao mundo pedir auxílio ou atormentar as pessoas que ainda vivem.
Quando alguém diz que uma pessoa lhe apareceu e lhe falou, isso não passa de uma sugestão, fundamentada nos sentimentos que essa pessoa tinha para com a outra falecida.
Não há razão nenhuma em que nos possamos firmar para dar qualquer outra explicação, a não ser uma intervenção diabólica, o que as pessoas nestes casos, não querem de modo nenhum aceitar.
E se houver outra explicação, nós não a conhecemos porque Deus nunca o revelou e, neste caso, limitamo-nos a dizer que não sabemos, mas que acreditamos nas verdades que a Igreja ensina sobre o destino das almas logo após a morte.
Por outro lado, as almas, depois da morte do corpo, estejam onde estiverem, seja qual for a sua situação, ainda não têm o seu corpo glorioso e, como almas, são espirituais, de modo que, como tal, não se podem ver.
Então como é que aparecem ?
Se pensarmos na sua urgente necessidade de auxílio, responderemos que para as almas do Purgatório, a certeza da vida eterna está garantida após o seu tempo de purificação, e a Igreja chega para nos recomendar que rezemos por elas para abreviar o seu tempo de purificação, e a Igreja tem para isso muitos meios para o fazer.
Se já estão no Céu, também não precisam de auxílio, porque já possuem a felicidade eterna.
E se estiverem no Inferno ?
Neste caso já não há nada a fazer, porque o seu destino está marcado e nada o poderá mudar.
Se tivessem um corpo para nos poderem aparecer e para nos poderem falar, poderiam vir atormentar-nos ?
Só na figura do demónio, que não quer o bem de ninguém e tem inveja dos que vão para melhor lugar.
Sobre o rico avarento e o pobre Lázaro, nós podemos ler em S. Lucas :
- "Abraão respondeu-lhe : Filho, lembra-te que recebeste os teus bens em vida, e Lázaro somente males. Agora ele é consolado, enquanto tu és atormentado. Além disso, entre nós e vós foi estabelecido um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão pouco vir daí para junto de nós". (Lc. 16,25-26).
E se fosse possível a um condenado poder interceder pelos que ainda vivem, ou tentar atormentá-los, S. Lucas continua a explicar :
- "O rico insistiu : Peço-te, pai, que envies Lázaro a casa de meus pais, pois tenho cinco irmãos ; que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão : Têm Moisés e os Profetas. Que os oiçam ... Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão pouco se deixarão convencer se alguém ressuscitar dentre os mortos". (Lc. 16/2 7-31).
Está tudo bem claro.
Pensemos nas almas dos que morreram, só para rezarmos por elas, para que atinjam com brevidade um bom lugar, ou intercedam por nós se já estão na Visão Beatífica, e procuremos nós estar bem preparados para o dia da nossa morte.
O Catecismo da Igreja Católica continua a ensinar :
1021. - A morte põe termo à vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina, manifestada em Jesus Cristo. O Novo Testamento fala do juízo, principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na sua segunda vinda. Mas também afirma, em muitos passos, a retribuição imediata depois da morte de cada qual, em função das suas obras e da sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo Crucificado ao bom ladrão, assim como outros textos do Novo Testamento, falam dum destino final da alma, que pode ser diferente para umas e para outras.
As nossas relações espirituais com os santos do Céu ou com as almas do Purgatório (As Almas do Outro Mundo), só são possíveis em espírito, e, se isso acontecer, nunca o poderemos provar no foro externo, o que não é a mesma coisa que negar.
E tudo quanto pudermos dizer, é sempre, para quem ouve, uma pura especulação.
John
Nascimento
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