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    domingo, 3 de novembro de 2013

    [ZP131103] O mundo visto de Roma


    ZENIT

    O mundo visto de Roma
    Serviço semanal - 03 de Novembro de 2013


    Papa Francisco 
    Homilia do Papa na celebração no cemitério do Verano 
    O Santo Padre improvisou e recordou a esperança que significa o céu 
    Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos" 
    Durante o Angelus por causa da celebração de Todos os Santos, o Papa Francisco lembra que o objetivo da nossa vida não é morte mas o Paraíso 
    "Para que os sacerdotes em dificuldades encontrem conforto no seu sofrimento" 
    Intenções de oração do Papa para novembro 
    Santa Sé 
    Papa nomeia bispo auxiliar para Eparquia Greco-Melquita no Brasil 
    A Eparquia Greco-Melquita Católica possui sete paróquias no pais 
    Papa convoca Consistório para a criação de novos cardeais 
    Dias antes do Consistório, o Papa se reunirá com o Colégio dos Cardeais e convocará uma terceira reunião do Conselho dos oito Cardeais 
    Francisco convoca reunião no Vaticano sobre questões do Oriente Médio 
    O papa convidou os patriarcas e arcebispos das Igrejas Orientais "para elevar uma prece conjunta pelos cristãos dos países martirizados" 
    Hindus e cristãos juntos para fortalecer a família humana através da amizade 
    Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso envia saudações por ocasião das celebrações anuais da festa hindu: «deepavali» 
    Igreja e Religião 
    Começa hoje na Coreia do Sul a X Assembleia do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra 
    Apoio às famílias, educação dos jovens, solidariedade com os irmãos vulneráveis: os temas da mensagem do papa aos participantes 
    Bispos da Europa se reúnem em Trieste para falar da caridade na Igreja 
    Reunião de 4 a 6 de novembro analisará os aspectos essenciais, teológicos e jurídicos do motu proprio Intima Ecclesiae Natura, de Bento XVI 
    México: o papa aprova as fórmulas sacramentais nos idiomas tseltal e tsotsil 
    Línguas são faladas por nativos mexicanos. Em preparação, também a bíblia em náuatle, idioma falado por 1,5 milhão de pessoas e utilizado pela Virgem de Guadalupe 
    400 anos de evangelização na Amazônia 
    Cardeal Hummes preside abertura do Encontro da Igreja Católica na Amazônia 
    CELAM publica memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena 
    Abrangidos relatos criacionistas dos povos antigos, bíblia, tradição e perspectivas pastorais 
    Movimento dos Focolares:Lançada rede de 40 obras sociais da América Latina e Caribe 
    Seminário reuniu representantes de mais de 40 organizações sociais nascidas a partir do carisma da unidade do Movimento dos Focolares 
    Discernimento sobre as crenças, ritos e mitos indígenas 
    Conferência Episcopal Mexicana debaterá a Teologia Indígena 
    Mundo 
    Religiosa salvadorenha é condenada à prisão por acobertar um caso de abuso sexual 
    Sentenciada a quatro anos por encobrir delito de um italiano que cumpre pena de oito 
    Espiritualidade 
    O lado de lá e o lado de cá 
    Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, reflete sobre o Dia de todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis falecidos 
    Angelus 
    Angelus: Não há pecado que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho 
    Papa Francisco recorda que Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar 
    Mensagem aos leitores 
    Augúrio de ZENIT pela Festa de Todos os Santos 
    Jesus Cristo nos mostrou que o bem vence o mal 



    Papa Francisco
    Homilia do Papa na celebração no cemitério do Verano 
    O Santo Padre improvisou e recordou a esperança que significa o céu


    ROMA, 01 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - "Queridos irmãos e irmãs. Neste cemitério, nos recolhemos e pensamos no nosso futuro, pensemos em todos aqueles que já foram, que nos precederam na vida e estão no Senhor.

    É tão bonita essa visão do céu que escutamos na primeira leitura. O Senhor Deus, a beleza, a bondade, a verdade, a ternura, o amor pleno, isso é o que nos espera. E aqueles que nos precederam e morreram no Senhor estão lá, proclamam que foram salvos não pelas suas obras. Fizeram-nas, mas foram salvos pelo Senhor. A salvação pertence ao nosso Deus, é ele quem nos salva e nos leva de mãos dadas como um pai e no final da nossa vida, a esse céu onde estão os nossos antepassados.

    Um dos anciãos faz uma pergunta: Quem são estes vestidos de branco, estes justos e estes santos que estão no Céu? São aqueles que vêm da grande tribulação e lavaram os seus vestidos tornando-os cândidos no sangue do Cordeiro. Só podemos entrar no céu por meio do sangue do cordeiro, por meio do sangue de Cristo. É o sangue de Cristo que nos justificou e nos abriu as portas do céu. E se hoje lembramos estes irmãos e irmãs que nos precederam no céu é porque foram lavados pelo sangue de Cristo. E esta é a nossa esperança, a esperança no sangue de Cristo e esta esperança não nos decepciona. Se vamos na vida com o Senhor, ele não nos decepciona jamais.

    João dizia aos seus discípulos. Vejam quão grande amor teve o Pai para chamar-nos filhos de Deus, o somos. Por isso o mundo não nos conhece: somos filhos de Deus. Mas o que seremos ainda não foi revelado. E muito mais. E quando se tiver manifestado seremos semelhantes a ele porque o veremos como ele é. Ver a Deus, ser semelhantes a Deus, esta é nossa esperança.

    E hoje, exatamente no dia dos santos, antes do dia dos mortos é preciso pensar na esperança, esta esperança que nos acompanha na vida. Os primeiros cristãos pintavam a esperança como uma âncora. Como se a vida fosse a âncora naquela margem e todos nós vamos segurando a corda. É uma bonita imagem esta esperança. Ter o coração ancorado lá onde estão os nossos, onde estão nossos antepassados, os santos, onde está Jesus e onde está Deus.

    E esta é a esperança, a esperança que não decepciona. E hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é um pouco como o fermento que amplia a alma, mas existem momentos difíceis na vida, porém a alma segue adiante e olha para o que nos espera. Hoje é um dia de esperança. Nossos irmãos e irmãs estão na presença de Deus e também nós estaremos ali por pura graça do Senhor se caminhamos pela estrada de Jesus. E conclui o apóstolo: 'quem tem esta esperança nele se purifica a si mesmo. A esperança também nos purifica, nos alivia, nos faz ir mais rápidos. Esta purificação na esperança em Jesus Cristo'.

    Neste pré entardecer de hoje cada um de nós pode pensar no fim de sua vida. Pensemos, no meu, no teu, no teu, etc. Todos nós temos um entardecer, todos. Olho-o com esperança, com essa alegria de ser recebido pelo Senhor como é a alegria do cristão?

    E isso nos dá a paz. Este é um dia de glória, mas de uma glória serena, tranquila, da paz. Pensemos no entardecer de tantos irmãos e irmãs que nos antecederam, pensemos no nosso entardecer quando chegar, e pensemos no nosso coração e nos perguntemos: onde está ancorado o meu coração? E se não está ancorado bem, ancoremo-lo lá naquela margem, sabendo que a esperança não decepciona, porque o Senhor Jesus não decepciona.

    Traduzido por Thácio Siqueira


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    Os santos não são "super-homens" e ser santo não é "privilégio de poucos" 
    Durante o Angelus por causa da celebração de Todos os Santos, o Papa Francisco lembra que o objetivo da nossa vida não é morte mas o Paraíso


    ROMA, 01 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Às 12 horas de hoje, Solenidade de Todos os Santos, o Papa Francisco apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para recitar o Angelus com os fieis e os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Publicamos abaixo as palavras do Papa antes e depois da oração mariana:

    ***

    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    a festa de Todos os Santos, que hoje celebramos , nos lembra que o objetivo da nossa existência não é a morte, é o Paraíso! Isto foi escrito pelo apóstolo João: "O que seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião desta manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é" (1 Jo 3, 2). Os santos, os amigos de Deus, nos garantem que esta promessa não decepciona. Em sua existência terrena, de fato, viveram em profunda comunhão com Deus. No rosto dos irmãos menores e desprezados viram o rosto de Deus, e agora o contemplam face a face na sua beleza gloriosa.

    Os santos não são super-homens, nem nasceram perfeitos. São como nós, como cada um de nós, são pessoas que antes de chegar à glória viveram uma vida normal, com alegrias e tristezas, lutas e esperanças. Mas o que foi que mudou as suas vidas? Quando conheceram o amor de Deus, seguiram-no com todo o coração, sem condições e hipocrisias; consumiram as suas vidas no serviço dos outros, suportaram sofrimentos e adversidades sem odiar e respondendo o mal com o bem, difundindo alegria e paz. Esta é a vida dos Santos: pessoas que por amor a Deus não lhe colocaram restrições nas próprias vidas; não foram hipócritas; gastaram as suas vidas no serviço dos outros para servir o próximo; sofreram muitas dificuldades, mas sem odiar. Os Santos nunca odiaram. Compreendam bem isso: o amor é de Deus, mas o ódio vem de quem? O ódio não vem de Deus, mas do diabo! E os santos se afastaram do diabo; Os Santos são homens e mulheres que têm a alegria no coração e a transmitem aos outros. Nunca odiar, mas servir os outros, os mais necessitados; orar e viver na alegria; esse é o caminho da santidade!

    Ser santos não é um privilégio de poucos, como se alguém tivesse recebido uma grande herança; todos nós no Batismo temos a herança de poder tornar-nos santos. A santidade é uma vocação de todos. Todos, portanto, somos chamados a percorrer o caminho da santidade, e este caminho tem um nome, um rosto: o rosto de Jesus Cristo. Ele nos ensina a sermos santos. Ele nos mostra o caminho do Evangelho: o das Bem-aventuranças (cf. Mt 5, 1-12). O Reino dos Céus, na verdade, é para aqueles que não depositam sua confiança nas coisas, mas no amor de Deus; para aqueles que têm um coração simples, humilde, não presumem que são justos e não julgam os outros, aqueles que sabem sofrer com quem sofre e alegrar-se com quem se alegra, não são violentos mas misericordiosos e buscam ser artífices de reconciliação e de paz. O Santo, a Santa é artífice de reconciliação e de paz; sempre ajuda as pessoas a se reconciliarem e sempre contribui para que haja a paz. E assim, a santidade é bela; é um belo caminho!

    Hoje, nesta festa, os santos nos dão uma mensagem. Nos dizem: confiem no Senhor, porque o Senhor não decepciona! Nunca decepciona, é sempre um bom amigo ao nosso lado. Com o seu testemunho os Santos nos encorajam a não termos medo de nadar contra a corrente ou de sermos mal interpretados e ridicularizados quando falamos Dele e do Evangelho; nos mostram com as suas vidas que aqueles que permanecem fieis a Deus e à sua Palavra experimenta já nessa terra o conforto do seu amor e depois "cem vezes mais" na eternidade. Isso é o que esperamos e pedimos ao Senhor pelos nossos irmãos e irmãs defuntas. Com sabedoria a Igreja colocou muito próximas a festa de Todos os Santos e a Comemoração de todos os fieis defuntos. À nossa oração de louvor a Deus e de veneração aos espíritos bem aventurados une-se à oração de sufrágio por todos aqueles que nos precederam na passagem desse mundo à vida eterna.

    Confiemos a nossa oração à intercessão de Maria, Rainha de todos os Santos.

    [Depois do Angelus]

    Queridos irmãos e irmãs,

    Saúdo todos vós com afeto, especialmente as famílias, os grupos paroquiais e as associações.

    Uma calorosa saudação vai para todos os que participaram esta manhã na Corrida dos Santos, organizada pela Fundação "Dom Bosco no mundo". São Paulo diria que toda a vida do cristão é uma "corrida" para conquistar o prêmio da santidade: vocês nos dão um bom exemplo! Obrigado por esta corrida!

    Esta tarde irei ao cemitério do Verano e celebrarei a Santa Missa lá. Estarei unido espiritualmente a todos aqueles que visitam nesses dias os cemitérios, onde dormem aqueles que nos precederam no sinal da fé e esperam o dia da ressurreição. Especialmente, rezarei pelas vítimas da violência, especialmente pelos cristãos que perderam a vida por causa das perseguições. Rezarei também de modo especial por todos, irmãos e irmãs nossos, homens, mulheres e crianças que foram mortos por causa da sede, da fome e do cansaço na luta para chegar a uma condição de vida melhor. Nestes dias temos visto nos jornais aquelas imagens cruéis do deserto: façamos todos, em silêncio, uma oração por estes irmãos e irmãs nossos.

    Desejo a todos uma boa festa de Todos os Santos. Até mais e bom almoço!

    Traduzido do original italiano por Thácio Siqueira


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    "Para que os sacerdotes em dificuldades encontrem conforto no seu sofrimento" 
    Intenções de oração do Papa para novembro


    ROMA, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos as intenções de oração do Santo Padre Francisco para o mês de novembro confiadas ao Apostolado da Oração. 

    O Apostolado da Oração é uma obra confiada pela Santa Sé à Companhia de Jesus, que tem como missão principal a formação de cristãos atentos e comprometidos com as necessidades da Igreja e do Mundo. Atualmente, mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo unem-se para rezar pelas intenções que o Santo Padre pede à Igreja.

    A Intenção Geral é"para que os sacerdotes em dificuldades encontrem conforto no seu sofrimento, sustento nas suas dúvidas e confirmação na sua fidelidade".

    A Intenção Missionária é "para que a Missão Continental tenha como fruto o envio de missionários da América Latina para outras Igrejas".


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    Santa Sé
    Papa nomeia bispo auxiliar para Eparquia Greco-Melquita no Brasil 
    A Eparquia Greco-Melquita Católica possui sete paróquias no pais


    CIDADE DO VATICANO, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - A nunciatura apostólica no Brasil comunicou na manhã desta quinta-feira, 31 de outubro, que o papa Francisco nomeou o padre Joseph Gébara como bispo coadjutor da Eparquia Nossa Senhora do Paraíso dos Greco-Melquitas, que tem sede em São Paulo (SP).

    A nomeação ocorreu a pedido do arcebispo titular, dom Farés Maakaroun. A Eparquia Greco-Melquita Católica é uma circunscrição eclesiástica católica bizantina, em plena obediência e comunhão com a Sé Apostólica, em Roma. Foi criada em 1971, sendo uma diocese sufragânea da arquidiocese de São Paulo. Possui sete paróquias no Brasil, que atendem a comunidade sírio-libanesa.

    (Fonte:CNBB)


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    Papa convoca Consistório para a criação de novos cardeais 
    Dias antes do Consistório, o Papa se reunirá com o Colégio dos Cardeais e convocará uma terceira reunião do Conselho dos oito Cardeais

    Por Redacao


    CIDADE DO VATICANO, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Papa Francisco convocou para 22 de fevereiro de 2014, Festa da Cátedra de São Pedro, um consistório para a criação de novos cardeais. O anúncio foi feito pelo próprio Papa na reunião do "Conselho dos Cardeais" que teve lugar entre 1 e 3 de outubro e na sucessiva reunião do Conselho do Sínodo, em 7 e 8 de Outubro.

    Ao confirmar a notícia, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi disse hoje que: "Papa Francisco resolveu informar a tempo sua decisão de convocar um consistório em fevereiro, a fim de facilitar a programação de outras reuniões que deverão participar cardeais de diferentes partes do mundo".

    "É possível prever - disse o porta-voz do Vaticano - que o Papa pretende preceder ao Consistório, como em outras ocasiões fizeram seus antecessores, uma reunião do Colégio Cardinalício". Antes desta reunião, agendada para 17-18 fevereiro, será realizada a terceira reunião do "Conselho dos Cardeais", enquanto após o Consistório (24) terá lugar a reunião do Conselho do Sínodo. "Também a próxima reunião do Conselho dos Cardeais – informou Lombardi – por problemas econômicos e organizacionais da Santa Sé, será prevista no calendário, como em outros anos, no mês de fevereiro, provavelmente na semana precedente". 


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    Francisco convoca reunião no Vaticano sobre questões do Oriente Médio 
    O papa convidou os patriarcas e arcebispos das Igrejas Orientais "para elevar uma prece conjunta pelos cristãos dos países martirizados"


    ROMA, 29 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - O papa Francisco, os patriarcas e os arcebispos maiores das Igrejas Orientais se reunirão no dia 21 de novembro, no Vaticano, para uma reunião de cúpula que abordará a situação da Síria, do Iraque e do Oriente Médio em geral.

    A notícia foi publicada no jornal L'Osservatore Romano, que reproduziu as palavras do cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, em seu discurso na abertura do ano acadêmico 2013-2014 do Pontifício Instituto Oriental.

    A reunião, segundo o diário do Vaticano, será "uma ocasião para refletir sobre as possibilidades reais de paz na Síria, na Terra Santa e no Oriente Médio, e para elevar uma prece conjunta pelos cristãos desses países martirizados". Uma reunião prévia tinha sido promovida em 2009 pelo papa emérito Bento XVI.

    Durante o seu discurso, em 26 de outubro, Sandri ressaltou a solidariedade à Igreja caldeia para compartilhar as suas tribulações com uma oração unida. "Reavivamos assim, entre nós, essa comunhão com a Igreja de Roma". O cardeal agradeceu "de todo o coração" ao papa Bento pela amizade paterna e pelas considerações profundas que sempre dedicou ao Oriente cristão, em particular às Igrejas Católicas Orientais.

    Sandri recordou também que o papa Francisco quis que os chefes e padres das Igrejas Orientais o acompanhassem no dia 19 de março no início do seu serviço petrino. Em seguida, o purpurado anunciou o próximo encontro para o dia 21 de novembro, no Vaticano.

    "Serão debatidas com o papa as condições dos cristãos orientais. A Síria e o Iraque, assim como o Egito, a Terra Santa e as outras áreas da pátria mãe e da diáspora oriental estarão presentes no pensamento de toda a Igreja". Sandri ressaltou que a iniciativa é realizada no contexto da reunião plenária do dicastério.

    A próxima sessão plenária será de 19 a 22 de novembro no Palácio Apostólico do Vaticano e reunirá os patriarcas e arcebispos maiores e os cardeais membros da congregação. O primeiro assunto da pauta será a liturgia. Outro tema a ser abordado durante a plenária será a formação, entendida como voltada a todos os componentes do povo de Deus, e, portanto, cada vez mais aos leigos.

    O tema geral da reunião é "As Igrejas Orientais Católicas, 50 anos após o Concílio Ecumênico Vaticano II". O encontro focará cinco temas: as novidades do Concílio Ecumênico Vaticano II sobre o Oriente católico; o desenvolvimento das ideias conciliares no magistério, em particular a Orientale Lumen, e na normativa sucessiva, à luz dos sínodos para o Oriente Médio e para a Nova Evangelização; a crescente sensibilidade na Igreja universal em favor dos católicos orientais e a recíproca interação na missão eclesial; as relações entre a hierarquia oriental e a latina no serviço pastoral e, finalmente, os orientais em diáspora.


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    Hindus e cristãos juntos para fortalecer a família humana através da amizade 
    Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso envia saudações por ocasião das celebrações anuais da festa hindu: «deepavali»


    CIDADE DO VATICANO, 28 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Apresentamos a mensagem do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso por ocasião das celebrações anuais da festa hindu: «deepavali».

    Queridos amigos hindus,

    1. Em espírito de amizade, o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso se alegra em lhes apresentar seus melhores votos e suas mais calorosas felicitações por ocasião do Diwali, que será comemorado em 3 de novembro. Que Deus, fonte de toda luz e vida, ilumine a sua vida e torne mais intensa a sua alegria e a sua paz.

    2. Neste mundo competitivo, onde cada vez mais tendências materialistas e individualistas têm efeitos negativos sobre as relações humanas e muitas vezes criam divisões nas famílias e na sociedade, gostaríamos de compartilhar com vocês os nossos pensamentos sobre como os cristãos e os hindus, com a amizade e a solidariedade, podem favorecer as relações humanas em benefício de toda a humanidade.

    3. Os relacionamentos são fundamentais para a existência humana. A segurança e a paz nas comunidades locais, nacionais e internacionais são, em grande parte, determinadas pela qualidade da nossa interação humana. A experiência mostra que, quanto mais aprofundamos as nossas relações, mais somos capazes de progredir na cooperação, na construção da paz e na verdadeira solidariedade e harmonia. Em suma, a capacidade de promover relações de respeito é a medida de autêntico progresso humano, e é essencial para promover a paz e o desenvolvimento integral.

    4. Estas relações deveriam surgir naturalmente da nossa humanidade comum, porque as relações humanas são a essência da existência humana e da sua evolução, dando origem espontaneamente a um sentimento de solidariedade para com os outros. Para além das nossas diferenças étnicas, culturais, religiosas e ideológicas, todos pertencemos, de fato, à única família humana.

    5. Infelizmente, o crescimento, na sociedade, do materialismo e do desprezo pelos valores espirituais e religiosos mais profundos é acompanhado por uma tendência perigosa de dar idêntico valor às coisas materiais e às relações humanas, reduzindo assim a pessoa humana de um "alguém" para um "algo" que pode ser anulado conforme o critério de cada um. As tendências individualistas, além disso, geram uma falsa sensação de segurança, favorecendo o que Sua Santidade, o papa Francisco, descreveu como "cultura da exclusão", "cultura do descarte" e "globalização da indiferença".

    6. A promoção de uma "cultura de relacionamento" e de uma "cultura de solidariedade" é, portanto, um imperativo para todos os povos, que nos convida a incentivar relações baseadas na amizade e no respeito mútuo, em benefício de toda a família humana. Isso exige que a dignidade inerente da pessoa humana seja amplamente reconhecida e promovida. É claro que a amizade e a solidariedade estão intimamente ligadas. "A cultura da solidariedade consiste em ver no outro não um concorrente, nem um número, mas um irmão. E todos nós somos irmãos!" (papa Francisco, Visita à Comunidade de Varginha, Rio de Janeiro, 25 de julho de 2013).

    7. Em conclusão, queremos afirmar a nossa crença de que a cultura da solidariedade só pode ser alcançada como "resultado de um esforço concertado de todos em prol do bem comum" (papa Francisco, em reunião com governantes do Brasil, Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013). Apoiados pelos ensinamentos das nossas respectivas religiões e conscientes da importância de construir relações autênticas, nós podemos, tanto hindus quanto cristãos, agir individual e coletivamente, junto com todas as tradições religiosas e pessoas de boa vontade, para incentivar e fortalecer a família humana através da amizade e da solidariedade.

    Desejamos a todos uma feliz celebração do Diwali!

    Jean-Louis Cardinal Tauran
    Presidente

    P. Miguel Ángel Ayuso Guixot, M.C.C.J.

    Secretário








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    Igreja e Religião
    Começa hoje na Coreia do Sul a X Assembleia do Conselho Ecumênico das Igrejas de Genebra 
    Apoio às famílias, educação dos jovens, solidariedade com os irmãos vulneráveis: os temas da mensagem do papa aos participantes


    ROMA, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Começou hoje a X Assembleia Geral do Conselho Ecumênico das Igrejas (CEI) de Genebra. O encontro, em Busan, na República da Coreia do Sul, decorrerá até o dia 8 de novembro e terá como lema "Deus da vida, levai-nos à justiça e à paz".

    O papa Francisco enviou nesta manhã as suas saudações pessoais aos participantes da plenária. Entre eles, mais de 3.000 delegados oficiais representando 345 igrejas e comunidades eclesiais afiliadas ao organismo de Genebra, bem como igrejas não-membros e organizações associadas.

    Na mensagem, que foi lida pelo cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, o Santo Padre recomenda as duas coordenadas que os participantes deverão seguir durante o trabalho: "oração" e "atenção às necessidades mais urgentes do nosso tempo".

    O papa "reafirma o compromisso da Igreja católica para continuar a cooperação de longa data com o Conselho". Ao mesmo tempo, exorta "todos aqueles que seguem a Cristo a orar mais e a cooperar no serviço do Evangelho", levando em consideração as necessidades do mundo globalizado, que "exige que os cristãos deem testemunho do valor da dignidade da pessoa, que vem de Deus".

    O objetivo, disse Francisco, é defender "uma educação integral dos jovens", oferecer "apoio às famílias, que são a célula fundamental da sociedade", e dar "garantias para que o exercício da liberdade religiosa não seja impedido [...] Na fidelidade ao Evangelho, somos chamados a alcançar todos aqueles que estão nas periferias existenciais da sociedade e a levar a nossa particular solidariedade aos irmãos e irmãs mais vulneráveis". Entre eles, o papa cita "os pobres, os deficientes, os nascituros e os doentes, os migrantes e os refugiados, as pessoas idosas e os jovens sem trabalho".

    Oferecendo a sua oração pessoal, o Santo Padre expressou a esperança de que "a assembleia ajude a dar um novo impulso de vida e uma nova visão a todos os envolvidos na causa sagrada da unidade dos cristãos".

    A Assembléia é convocada a cada sete anos. A reunião anterior se realizou em 2006, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Este ano, é organizada pelo Conselho de Igrejas da Coreia, na diocese de Busan.

    A nota informa ainda que o cardeal Koch vai participar da sessão de abertura da assembleia e que dom Brian Farrell, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, chefiará a delegação católica oficial, composta por 25 membros, dos quais sete são coreanos. Eles participarão como observadores, incluindo representantes da Cúria Romana, das conferências episcopais, de institutos de vida consagrada e de movimentos leigos.

    A Igreja Católica, conclui o comunicado, mesmo não sendo membro do CEI, colabora de várias formas com a organização e com a sua Comissão Fé e Constituição, cuja função é fomentar a unidade cristã por meio da reflexão em comum sobre as questões que ainda dividem os cristãos, incluindo, em particular, a eclesiologia. Entre as ferramentas de colaboração, o Grupo Misto de Trabalho, criado em 1965, é a principal estrutura de coordenação das relações entre a Igreja católica e o CEI.


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    Bispos da Europa se reúnem em Trieste para falar da caridade na Igreja 
    Reunião de 4 a 6 de novembro analisará os aspectos essenciais, teológicos e jurídicos do motu proprio Intima Ecclesiae Natura, de Bento XVI

    Por Redacao


    ROMA, 30 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Durante três dias, de 4 a 6 de novembro, cinquenta bispos e responsáveis ​​pelas ações de caridade das Conferências Episcopais da Europa, convocados pela Comissão Caritas in Veritate, do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), e pelo Pontifício Conselho Cor Unum, se reunirão em Trieste, nordeste da Itália, a convite do arcebispo local, dom Giampaolo Crepaldi, presidente da comissão, para refletir sobre a atividade caritativa da Igreja e sobre o papel do bispo à luz do motu proprio Intimae Ecclesiae Natura, do papa Bento XVI (11/11/2012).

    "Não é possível entender a caridade cristã sem levar em conta a sua estreita ligação com a fé em Cristo e com o dever de testemunhar, que flui a partir dele", dizem os bispos em seu comunicado. Como acontece com muitas organizações de beneficência, a atividade caritativa da Igreja é, no geral, amplamente aceita pela opinião pública. Mas a Igreja, diz o comunicado, "não é uma simples ONG. A preocupação com os necessitados não é mera filantropia nem proselitismo, nem é fruto de uma estratégia de comunicação ou de marketing: ela nasce primordialmente da fé".

    Daí a necessidade de se convocar a reunião dos bispos e responsáveis pelas obras de caridade das Conferências Episcopais na Europa.

    "A caridade da Igreja é expressão, necessidade e resposta à fé em Cristo, e não um setor separado da vida da comunidade eclesial, confiada a especialistas", diz dom Duarte da Cunha, secretário geral do CCEE. Ele continua: "A caridade que nasce da fé faz o homem participar do amor visceral com que Deus ama cada homem. Deus nos chama através dos pobres, dos esquecidos, das crianças, dos idosos e das famílias em necessidade. Este encontro tem o objetivo de destacar que o bispo, como mestre da fé, também é chamado a ser mestre da caridade. O desafio, em suma, é despertar no coração do homem que é tocado pela caridade eclesial aquelas perguntas sobre o porquê dessa atenção, perguntas que são também a base da evangelização entendida como testemunho de fé e de caridade, como o papa Francisco muitas vezes nos lembra".

    Em Trieste, os relatórios serão confiados ao cardeal Robert Sarah, presidente do Pontifício Conselho Cor Unum, ao cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo de Gênova e vice-presidente do CCEE, e a dom Giampietro Dal Toso, secretário do Pontifício Conselho Cor Unum.

    A reunião prevê ainda as falas do prof. Helmuth Free, da Universidade de Munique, sobre as obrigações do serviço eclesial à caridade, e do prof. Heinrich Pompey, da Universidade de Olomouc, na República Checa, sobre a teologia da caridade no motu proprio Intimae Ecclesiae Natura.

    Os trabalhos serão enriquecidos também pelo testemunho do diretor da Caritas de Trieste, pe. Roberto Pasetti, e da leiga albanesa Miranda Mulgeci Kola. As conclusões da reunião serão apresentadas por dom Giampaolo Crepaldi.


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    México: o papa aprova as fórmulas sacramentais nos idiomas tseltal e tsotsil 
    Línguas são faladas por nativos mexicanos. Em preparação, também a bíblia em náuatle, idioma falado por 1,5 milhão de pessoas e utilizado pela Virgem de Guadalupe

    Por Redacao


    ROMA, 30 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Acaba de chegar de Roma a aprovação do papa Francisco para as fórmulas sacramentais nas línguas tseltal e tsotsil, faladas por povos nativos do México, para o batismo, a confirmação, a missa, a confissão, a unção dos enfermos, o matrimônio e a ordenação sacerdotal.

    As fórmulas são as palavras centrais de cada sacramento, essenciais para a sua validade. Por exemplo, a do batismo é "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Para a consagração da eucaristia na missa, é "Tomai e comei, este é o meu Corpo, que será entregue por vós".

    O bispo Felipe Arizmendi Esquivel, de San Cristóbal de las Casas, no sul do México, explica em uma nota enviada a ZENIT que "esta aprovação é um reconhecimento do trabalho que fizemos para ter uma tradução aprovada pela Igreja para o tseltal, idioma que só é usado na nossa diocese, por quase meio milhão de pessoas, e para o tsotsil, que também é falado aqui e na arquidiocese de Tuxtla Gutiérrez por mais de 350 mil indígenas".

    "Durante longos meses", continua a declaração do bispo de San Cristóbal de las Casas, "equipes de tradutores de ambas as dioceses trabalharam intensamente na tradução dos textos litúrgicos para essas línguas".

    Em três ocasiões, representantes da Conferência Episcopal Mexicana, especialistas em bíblia, liturgia, doutrina da fé e cultura, revisaram as traduções e a sua fidelidade ao texto oficial. Depois, os textos foram apresentados e aprovados por unanimidade em assembleias plenárias do episcopado. Finalmente, foram enviados para as Congregações do Culto Divino e da Doutrina da Fé, em Roma, para o seu reconhecimento.

    O bispo Arizmendi relata que "depois de todas estas revisões, a última palavra era do papa, que deveria dar a aprovação definitiva. E o papa Francisco aprovou. Isto é uma grande alegria e uma grande esperança para os nossos povos originários, porque dá a eles a confiança de que o seu idioma é reconhecido pela Igreja e pode ser usado nas celebrações com toda a tranquilidade, tanto no doutrinal quanto no cultural. As demais traduções do rito ordinário da missa e dos sacramentos estão passando por um processo semelhante, mas para elas não será necessária a aprovação do papa. Basta a aprovação da Congregação para o Culto Divino, que já está estudando as traduções".

    O bispo também conta que, na semana passada, coordenou a V Oficina de Cultura Náuatle na paróquia de Naupan, na serra norte do Estado mexicano de Puebla, com a participação de 42 pessoas, quase todas falantes do náuatle, a maioria indígenas dessa etnia. "Em representação do episcopado mexicano, eu coordenei as oficinas que têm como objetivo traduzir a bíblia e os textos litúrgicos para esse idioma indígena, que é o mais falado no país (um milhão e meio de pessoas) e que foi usado pela Virgem de Guadalupe quando ela apareceu na colina do Tepeyac", explica o prelado.

    "Já traduziram o pai-nosso, a ave-maria, o credo e as respostas mais comuns da missa. É um incentivo para os outros idiomas do país e do nosso continente, porque o nosso povo tem o direito de viver as celebrações litúrgicas na sua própria cultura e de esperar que a Palavra de Deus chegue aos fiéis na sua própria língua".

    Dom Arizmendi recorda que o papa Francisco, ao se dirigir ao episcopado brasileiro, afirmou que é necessário "consolidar os resultados conseguidos na área de formação de um clero autóctone, para termos sacerdotes adaptados às condições locais e, por dizer assim, fortalecer o 'rosto amazônico' da Igreja".

    A declaração destaca que "esse rosto amazônico requer tanto um clero autóctone quanto traduções para os idiomas dos povos originários. Sem este passo, não somos uma Igreja realmente católica, pois deixamos de incluir muitos povos que Deus colocou nessas terras. Em Aparecida, expressamos: 'Como Igreja, que assume a causa dos pobres, encorajamos a participação dos indígenas e dos afro-americanos na vida eclesial. Vemos com esperança o processo de enculturação discernido à luz do Magistério. É prioritário fazer traduções católicas da bíblia e dos textos litúrgicos para os seus idiomas. É necessário, igualmente, promover mais as vocações e os ministérios ordenados procedentes dessas culturas" (DA 94).

    Para finalizar, o bispo mexicano incentiva "quem presta o seu serviço pastoral em comunidades aborígenes a se empenhar para que a bíblia e a liturgia se tornem acessíveis nos idiomas originários".


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    400 anos de evangelização na Amazônia 
    Cardeal Hummes preside abertura do Encontro da Igreja Católica na Amazônia


    BRASíLIA, 29 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Estamos aqui em um encontro que pretende ser amplo, profundo, histórico", afirmou o presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, cardeal Cláudio Hummes, na abertura do 1º Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal, ocorrida ontem, 28, em Manaus (AM). De acordo com dom Cláudio, o encontro é um momento histórico dentro do contexto dos 400 anos de evangelização na Amazônia e um resgate da caminhada da Igreja na região desde o Concílio Vaticano II.

    O evento reúne bispos, coordenadores de pastoral, religiosos e leigos dos seis regionais da CNBB que fazem parte da Amazônia Legal: Norte 1(norte do Amazonas e Roraima), Norte 2 (Amapá e Pará), Norte 3 (Tocantins e norte de Goiás), Nordeste 5 (Maranhão), Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia) e Oeste 2 (Mato Grosso). Trata-se de uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por meio da Comissão Episcopal para a Amazônia.

    Durante quatro dias, os participantes irão discutir a realidade política, social, econômica, cultural e religiosa da região, e a contribuição da Igreja Católica para a promoção e defesa da vida dos seus habitantes e de sua biodiversidade.

    Segundo dados do IBGE, a Amazônia Legal compreende uma superfície de aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados, ou seja, cerca de 61% do território brasileiro. Nesta região, vivem em torno de 24 milhões de pessoas em 775 municípios. Abriga o mais extenso dos biomas brasileiros e abrange um terço das florestas tropicais úmidas do planeta e detém um quinto da disponibilidade mundial de água potável.

    cardeal Claudio Hummes"Vocês representam mais da metade do território nacional", disse dom Cláudio Hummes aos participantes do encontro. "Hoje como estamos respondendo aos desafios da Amazônia?", questionou.

    Ao lembrar as palavras do papa Francisco, dom Cláudio disse que a Amazônia é um banco de prova, um teste decisivo para o futuro da Igreja. "Nós Igreja temos de saber ouvir e resolver. O papa nos disse para termos coragem. É preciso arriscar, ir para frente, porque se não arriscarmos já estamos errando", acrescentou.

    O 1º Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal prossegue até quinta-feira, 31 de outubro. Informações no sites da CNBB e 
    www.igrejacatolicanaamazonialegal.com

    (Fonte:CNBB)


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    CELAM publica memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena 
    Abrangidos relatos criacionistas dos povos antigos, bíblia, tradição e perspectivas pastorais


    ROMA, 28 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Neste último dia 23 de outubro, na sede do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) em Bogotá, o Departamento de Cultura e Educação lançou o quarto volume da coleção de teologia indígena "O sonho de Deus na criação humana e no cosmos", que reúne as memórias do IV Simpósio Latino-Americano de Teologia Indígena, realizado em Lima, no Peru, de 28 de março a 2 de abril de 2011. A informação foi veiculada em comunicado de imprensa assinado por Óscar Elizalde Prada.

    A apresentação do livro, que contou com a presença do presidente do departamento de Cultura e Educação, dom Pablo Varela, do secretário executivo do departamento, pe. Vitor Hugo Mendes, do secretário geral adjunto do CELAM, pe. Leonidas Ortiz, de dom Felipe Arismendi, bispo de San Cristóbal de las Casas, no México, e de dom Víctor Corral, bispo de Riobamba, no Equador, foi transmitida pela internet na plataforma Episcopo.net. 

    Também participaram, como membros da equipe de assessoria em teologia indígena do CELAM, os padres Eleazar López Hernández (México), Paulo Suess (Brasil) e Roberto Tomichá (Bolívia), a irmã Margot Bremer (Paraguai) e a senhora Ernestina López (Guatemala), que foram convocados para colaborar na preparação do V Simpósio Latino-Americano, agendado para 2015 na Bolívia.

    Durante o lançamento, o pe. Vitor Hugo explicou que "esta publicação se organiza em quatro partes: (1) os relatos cosmogônicos; (2) bíblia e tradição; (3) perspectiva pastoral; e (4) elementos de conclusão". Na primeira parte, que ocupa quase a metade das 279 páginas, são apresentados diversos relatos criacionistas que fazem parte da cultura dos povos originários das zonas mesoamericana, andina, austral e do chaco. A segunda parte oferece perspectivas sobre a criação e o cosmos, a partir de diversas considerações hermenêuticas, bíblicas e doutrinais. Mais brevemente, na terceira parte, são propostas algumas pistas pastorais à luz de Aparecida e, na parte final, sugerem-se perspectivas de conclusão.

    Sobre o conteúdo do livro, dom Felipe Arismendi destacou que, no tocante à criação, "Deus se manifestou de muitas maneiras. Neste sentido, queremos ser católicos encarnados nos povos originários". Por sua vez, dom Pablo Varela manifestou que "a tarefa da Igreja sempre está em andamento, inconclusa (…), no serviço dos povos originários que reconhecemos como interlocutores".

    Estas reflexões, assim como os três volumes que a precedem, oferecem uma visão ampla e diversificada dos processos de diálogo e discernimento que a teologia indígena tem amadurecido ao longo da última década, reconhecendo as "sementes do verbo presentes nas tradições e nas culturas dos povos indígenas da América Latina" (DA 529).


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    Movimento dos Focolares:Lançada rede de 40 obras sociais da América Latina e Caribe 
    Seminário reuniu representantes de mais de 40 organizações sociais nascidas a partir do carisma da unidade do Movimento dos Focolares

    Por Carla Cotignoli


    BRASíLIA, 28 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - "Periferias existenciais", as duas palavras que mais ressoaram durante o seminário que, de 21 a 24 de outubro, reuniu na Mariápolis Ginetta (SP), representantes de mais de 40 organizações sociais nascidas a partir do carisma da unidade do Movimento dos Focolares, provenientes do Brasil e outros 12 países latino-americanos e carabenhos. Da troca de experiências se via que o encontro com as periferias incentivado pelo Papa Francisco, já vinha acontecendo há anos nos subúrbios latino-americanos, onde o tráfico de drogas semeia a morte, especialmente entre os jovens; onde as crianças desde pequenas, vivem nas ruas; onde os agricultores não têm nenhuma fonte de sustento e migram para as cidades, multiplicando as favelas. São muitas as histórias de pessoas que se envolveram nas mais diversas obras de resgate social, mesmo que passando por enormes dificuldades, começando pela escassez de recursos materiais e humanos.

    Daí a necessidade comum de criar uma rede, para uma troca permanente de experiências, dificuldades, recursos. As organizações sociais dos países de língua espanhola disponibilizaram um instrumento digital - o site www.sumafraternidad.org - para colocar em ação uma rede que tende a se estender envolvendo também outras expressões do Movimento dos Focolares nascidas no âmbito da economia, da política, da educação, do direito, da família, da juventude, com o objetivo de uma maior incidência na transformação social.

    O seminário, que teve como tema "Fraternidade em ação: fundamento para a coesão social no século XXI", confrontou-se com o cenário sócio-político do continente, ainda hoje atormentado pela falta de coesão social, causa da exclusão, das profundas desigualdades, como alegado por o cientista politico Juan Esteban Belderrain. Com Susana Nuin, da Comissão de Comunicação do CELAM, foram examinados os aspectos da doutrina social da Igreja associados à problemática latino-americana. Muito eficaz o exemplo de palavras e ações do Papa Francisco sobre a questão da Síria, a partir do qual se destacam quatro fases do compromisso dos cristãos: a conversão pessoal, comunitária, a ação social, o impacto político.

    O confronto com os potenciais transformadores do carisma da unidade, radicado no patrimônio espiritual de Chiara Lubich, focalizou alguns pontos fundamentais: o ágape, definido pela socióloga Vera Araújo como "pedra fundamental" e "fonte constante de criatividade"; o "tornar-se o outro", método evangélico indispensável para construir relacionamentos; o horizonte da fraternidade, que exige a eliminação das desigualdades em todos os níveis; Jesus crucificado, que com o seu grito de abandono "se identificou com todos os crucificados da terra" e "sempre abre novos espaços de ressurreição". "É este grito que nos faz entrar em comunhão com os excluídos e não nos permite abituarnos às injustiças sociais", disse padre Vilson Groh, de Florianópolis (SC). Um amplo confronto, que deu nova força e impulso ao compromisso assumido.

    Além disso, do coro de vozes desses dias emergiram questões inquietantes dirigidas a todos: "Será que estamos achando normal o fato de continuarem a subsistir graves desequilíbrios sociais no continente? Talvez estamos 'aburguesados'? Será que silenciamos a nossa consciência porque já existem outros pessoalmente empenhados em buscar soluções para estes dramas?" É o convite a assumir a responsabilidade coletiva.


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    Discernimento sobre as crenças, ritos e mitos indígenas 
    Conferência Episcopal Mexicana debaterá a Teologia Indígena


    BRASíLIA, 28 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Com o objetivo de avaliar, discernir e refletir quais aspectos da cultura indígena podem ser incorporadas à prática da religião católica, será realizado em Bogotá, na Colômbia, o 5º Simpósio sobre a Teologia Indígena. Promovido pelo (CELAM) Conselho Episcopal Latino-americano o encontro que acontecerá em maio de 2014.

    O bispo de San Cristóbal de Las Casas (Chiapas, México) e responsável pela pastoral indígena da Conferência Episcopal Mexicana, dom Felipe Arizmendi Esquivel, afirma que o encontro tem "a finalidade de aprofundar os conteúdos doutrinas daquela teologia, para poder esclarecer melhor vários aspectos, à luz da Palavra de Deus".

    Dom Esquivel destaca que "nesses encontros se busca discernimento sobre as crenças, os ritos e os mitos indígenas", reconhecendo no entanto "a necessidade da Igreja Católica de ser mais presente nas várias culturas indígenas, mestiças e pós-modernas, como expressão de uma nova evangelização, e a constante urgência de assistir os povos indígenas".

    (Fonte:CNBB)


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    Mundo
    Religiosa salvadorenha é condenada à prisão por acobertar um caso de abuso sexual 
    Sentenciada a quatro anos por encobrir delito de um italiano que cumpre pena de oito


    ROMA, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - De acordo com a sentença determinada hoje pelo Tribunal Penal de Sacatepéquez, em El Salvador, a irmã Imelda Solano Torres acobertou os maus tratos e o abuso sexual cometidos contra uma menina de 7 anos, em junho de 2012, quando a religiosa era diretora de um colégio católico.

    A freira, junto com o italiano Samuelle Corbetta, voluntário no centro educativo, foi presa pouco depois dos fatos, a pedido do Ministério Público. Segundo as investigações, a religiosa salvadorenha acobertou os crimes de Corbetta, que foi condenado a oito anos de prisão por abuso sexual.

    De acordo com os jornais locais, o italiano ameaçou de morte os pais da menor caso o acusassem perante a justiça.


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    Espiritualidade
    O lado de lá e o lado de cá 
    Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará, reflete sobre o Dia de todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis falecidos

    Por Dom Alberto Taveira Corrêa


    BELéM DO PARá, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - O calendário da Igreja nos oferece, neste final de semana, duas faces da magnífica medalha cunhada por Deus, que é a nossa vida, o Dia de todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis falecidos; Olhamos primeiro para o ponto de chegada, que corresponde ao magnífico destino para o qual fomos criados, a plenitude da vida e da felicidade junto de Deus, "uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar" (Ap 7, 9). Temos a certeza de que Ele não fez ninguém para a perdição, mas todos têm em si a vocação para a plena realização de todas as suas potencialidades. Tanto é verdade que o Pai do Céu enviou seu próprio Filho, como nosso Salvador e Redentor, para que todos tenham vida, e vida em abundância (Jo 10,10).

    Vida plenamente humana é aquela que enxerga o horizonte aberto pelo próprio Deus. A Solenidade de todos os Santos indica a perspectiva da existência marcada por uma realidade descoberta pela fé: "Desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é" (1 Jo 3,2). Santidade é para todos! Se nos alegramos com a iminente canonização de dois papas do nosso tempo, os Beatos João XXIII e João Paulo II, é para que sejam reconhecidos como referência e como possibilidade. São duas personalidades carregadas de humanidade, cujo percurso histórico nesta terra teve muito de parecido conosco. São homens que vieram de famílias muito simples, lutaram e amadureceram em tempos de grandes desafios, com a provocação das ideologias do século XX. Souberam dialogar com a cultura de nossa época, alegraram-se e sofreram com as mesmas realidades que até hoje nos envolvem. Percorreram o caminho dos bem aventurados, de olhos fixos naquele que é "o bem-aventurado", Jesus Cristo: os pobres em espírito, dos quais é Reino dos Céus; os aflitos, que serão consolados; os mansos, porque possuirão a terra; os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados; os misericordiosos, que alcançarão misericórdia; os puros de coração, porque verão a Deus; os que promovem a paz, chamados filhos de Deus; os que são perseguidos por causa da justiça, de quem é o Reino dos Céus! Homens e mulheres que se descobriram felizes quando injuriados e perseguidos por causa de Cristo. Pessoas portadoras de uma alegria invencível, certos da recompensa nos céus (Cf. Mt 5, 1-12).

    A santidade, vocação universal dos cristãos, começa com coisas simples. João XXIII registrou em seu Diário íntimo um caminho bom para todos, adequado para uma festa de Todos os Santos bem vivida, chamado "Decálogo da serenidade: 1. Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje, exclusivamente neste dia, sem querer resolver todos os problemas da minha vida de uma só vez; 2. Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cuidado na minha convivência, cortês nas minhas maneiras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo; 3. Hoje, apenas hoje, serei feliz. Na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mundo, mas também já neste; 4. Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstâncias, sem pretender que sejam todas as circunstâncias a se adaptarem aos meus desejos; 5. Hoje, apenas hoje, dedicarei dez minutos do meu tempo à uma boa leitura, recordando que assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, a boa leitura é necessária para a vida da alma; 6. Hoje, apenas hoje, farei uma boa ação, e não direi a ninguém; 7. Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba; 8. Hoje, apenas hoje, executarei um programa pormenorizado. Talvez não o cumpra perfeitamente, mas ao menos o escreverei, e fugirei de dois males, a pressa e a indecisão; 9. Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente, embora as circunstâncias mostrem ao contrário, que a Providência de Deus se ocupa de mim, como se não existisse mais ninguém no mundo; 10. Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor, de modo especial não terei medo de gozar o que é belo, e de crer na bondade.

    A santidade que começa com muita simplicidade, é destinada a fazer o bem aos outros. Não é feita para aparecer, não se incha de orgulho. Sua motivação de fundo é a caridade, sem a qual nada vale neste mundo. Até porque é apenas a caridade que será levada para o encontro definitivo com Deus, "o lado de lá", quando veremos face a face o Senhor. Ela é uma aventura feliz e bem sucedida, construída no dia a dia e unificada pelo fio de ouro do amor de Deus, que nos faz ver o sentido de tudo o que vivemos. De fato, tudo concorrerá para o bem dos que amam a Deus (Cf. Rm 8, 29)! O Livro do Apocalipse vê uma imensa multidão, de toda língua, raça, povo e nação, "os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro" (Cf. Ap 7, 2-14).

    O "lado de lá" é preparado pelo "lado de cá" bem vivido, com o qual os homens e as mulheres se preparam para a páscoa pessoal, enfrentando todas as dificuldades e ultrapassando o misterioso e também magnífico umbral da morte. Como ninguém ficará para semente nesta terra, ocorre meditar sobre esta realidade, tomar consciência de sua seriedade e preparar-se bem. Morremos do jeito que vivemos. Nossa morte e nosso Céu se constroem no dia a dia, para que o dia do Senhor não nos surpreenda, mas nos encontre vigilantes e preparados!

    Ninguém precisa ficar preocupado com a morte, mas viver bem, amando a Deus e ao próximo, semeando o bem e a bem-aventurança. E quando a morte chegar, será a oportunidade de virar o jogo! O segredo está, também aqui, em nosso Salvador: "Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente" (Jo 10,18). Vale a pena antecipar a morte! Sim, morrendo cada dia para o egoísmo e para a maldade, transformando em dom a Deus e aos outros cada ato de nossa existência. Quem viver assim poderá dizer com São Paulo: "Para mim, de fato, o viver é Cristo e o morrer, lucro. Ora, se, continuando na vida corporal, eu posso produzir um trabalho fecundo, então já não sei o que escolher. Estou num grande dilema: por um lado, desejo ardentemente partir para estar com Cristo – o que para mim é muito melhor; por outro lado, parece mais necessário para o vosso bem que eu continue a viver neste mundo" (Fl 1,21-24). Que cheguemos a tais alturas: "Sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá outra moradia no céu, que não é obra de mãos humanas e que é eterna. Aliás, é por isso que gememos, suspirando por ser sobrevestidos com a nossa habitação celeste; sobrevestidos digo, se é que seremos encontrados vestidos e não nus. Sim, nós que moramos na tenda do corpo estamos oprimidos e gememos, porque, na verdade, não queremos ser despojados, mas sim sobrevestidos, de modo que o que é mortal em nós seja absorvido pela vida, quem nos preparou para isto é Deus, que nos deu seu Espírito em garantia. Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos, longe do Senhor; pois caminhamos pela fé e não pela visão. Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor" (2 Cor 5, 1-8).


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    Angelus
    Angelus: Não há pecado que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho 
    Papa Francisco recorda que Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar


    CIDADE DO VATICANO, 03 de Novembro de 2013 (Zenit.org) - Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    O Evangelho de Lucas deste domingo nos mostra Jesus que, em seu caminho rumo a Jerusalém, entra na cidade de Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada a procurar e salvar as ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais no caminho aproxima-se da meta, mais em torno de Jesus forma-se um círculo de hostilidade.

    No entanto, em Jericó, acontece um dos eventos mais alegres narrados por São Lucas: a conversão de Zaqueu. Este homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um "excomungado", porque é um publicano, antes, é o chefe dos cobradores de impostos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador. Bela figura, não é? É assim.

    Impedido de aproximar-se de Jesus, provavelmente por motivo de sua má fama, e sendo baixo de estatura, Zaqueu sobe em uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime, porém, o ato interior do homem que procura colocar-se sobre a multidão para ter um contato com Jesus. O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo de seu gesto; não sabe por que faz isto, mas o faz; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; conforma-se em vê-Lo somente de passagem. Mas Jesus, quando chega próximo àquela árvore, chama-o pelo nome: "Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa" (Lc 19, 5). Aquele homem baixo de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus é como perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome Zaqueu, naquelas línguas daquele tempo, tem um belo significado cheio de alusões: "Zaqueu" de fato quer dizer "Deus recorda". É belo: "Deus recorda".

    E Jesus vai àquela casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todo o povo de Jericó. Porque também naquele tempo se fofoca muito, né? E o povo dizia: "Mas como? Com todas as bravas pessoas que há na cidade, vai hospedar-se justamente na casa de um publicano?" Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: "Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão" (Lc 19, 9). Na casa de Zaqueu, a partir daquele dia, entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.

    Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer gênero que possa cancelar da memória e do coração de Deus um filho sequer. "Deus recorda", sempre, não esquece nenhum daqueles que criou; Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de retornar à casa. E quando reconhece este desejo, mesmo que simplesmente manifestado, e tantas vezes quase inconsciente, imediatamente põe-se a seu lado, e com o seu perdão lhe torna mais leve o caminho da conversão e do retorno. Mas olhemos para Zaqueu hoje na árvore: é ridículo, mas é um gesto de salvação. E eu digo a você: se você tem um peso na consciência, se você tem vergonha de tantas coisas que cometeu, pare um pouco, não se desespere, pense que Um te espera, porque nunca deixou de se lembrar de você, de pensar em você. E este é o teu Pai, é Deus, é Jesus que te espera! Suba, como fez Zaqueu; sai sobre a árvore da vontade de ser perdoado. Eu te asseguro que não te decepcionarás. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar. Lembre-se bem, sim? Assim é Jesus.

    Irmãos e irmãs, deixemo-nos também nós sermos chamados pelo nome por Jesus! No fundo do coração, escutemos a sua voz que nos diz: "Hoje devo parar na tua casa; eu quero parar na tua casa e no teu coração", isso é, na tua vida. E vamos acolhê-Lo com alegria: Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode livrar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor. Jesus pode fazê-lo. Deixe-se olhar por Jesus.

    (Trad.: Jéssica Marçal/CN noticias)


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    Mensagem aos leitores
    Augúrio de ZENIT pela Festa de Todos os Santos 
    Jesus Cristo nos mostrou que o bem vence o mal

    Por Redacao


    ROMA, 31 de Outubro de 2013 (Zenit.org) - Caros leitores,

    Sexta-feira, 1 de novembro, celebramos a Festa de Todos os Santos.

    Sabemos que não é fácil viver como santos, mas é certo que há um pouco de santidade em todos.

    O mal faz vítimas todos os dias, mas Jesus Cristo nos mostrou que o bem vence o mal.

    Diante de tantas desgraças, mortes e sofrimentos, existem milhares de mulheres e homens que realizam gestos de amor gratuito, fraternalmente se ajudam e alimentam a esperança de um mundo melhor.

    E essa é a Boa Nova que se renova a cada dia. São essas as histórias de muitos heróis anônimos que nós de ZENIT tentamos contar.

    Essa é a santidade espalhada pelo mundo.

    Na esperança de que a Misericórdia de Deus esteja sempre conosco, desejamos a todos boa Festa de Todos os Santos!

    Família ZENIT


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    'A Lógica da Criação'


    Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim




    “Se não fosse a Santa Comunhão, eu estaria caindo continuamente. A única coisa que me sustenta é a Santa Comunhão. Dela tiro forças, nela está o meu vigor. Tenho medo da vida, nos dias em que não recebo a Santa Comunhão. Tenho medo de mim mesma. Jesus, oculto na Hóstia, é tudo para mim. Do Sacrário tiro força, vigor, coragem e luz. Aí busco alívio nos momentos de aflição. Eu não saberia dar glória a Deus, se não tivesse a Eucaristia no meu coração.”



    (Diário de Santa Faustina, n. 1037)

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